Coleção pessoal de Eliot

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⁠Brado -

A Sabedoria na verdade
vem da voz do coração
nunca deixes que a saudade
te traga dor e solidão.

Porque é dura esta estrada
desde a hora em que se nasce
e quem à vida não dá nada
do destino nada sabe.

Cada ciclo que germina
é um grito que se faz brado
o que começa e não termina
é p'ra nós pesado fardo.

E já bem basta o que se sofre
até ao dia em que morremos
dar à vida o que se pode
é somente o que devemos.

⁠Quando um dia baterem à minha porta
e eu não responder
saibam que apenas me evadi,
mergulhei na Luz e no silêncio!
Não chorem ...

⁠Faz parte da vida ter que acolher a tristeza ...

⁠Na verdade é impossivel adiar a hora em que se nasce,
impossivel também mudar a da partida ...
Mas é-nos dada a força e a vontade
de separar o certo do errado
durante a vida ...

⁠Pensar Obsoleto -

A melancolia dos dias desviados
cheios de nostalgia,
cheios de amargura e de silêncio,
enchem-me a Alma de Poesia e
resiliência ...
Nem consigo respirar ...
Vejo-me sufocado ...
Sinto-me vazio...
Caminho indiferente - nem sei onde!
Ora vivo ora morto em meu pensar
obsoleto.
E sou tão pouco, eu que julgava ser
tanto ... debalde ... não sou nada!
Cheira-me a incenso ...
Óh Senhor ... envolve-me o corpo ...
veste-me a Alma ... purifica-me o
Espirito ... salva-me de mim mesmo
que me vejo morto e abandonado,
cheio de poesia e desenganos,
num leito glacial de moribundo!

⁠Guardar quem nos guardou
- o tempo passa -

Leva-me a passear, filho, que ainda tenho umas pernas mais ou menos. Se caminhar contigo não me vou sentir desamparada..

Leva-me para a tua casa, leva-me para onde tu fores, para me sentir mais acompanhada...

Fala com carinho, nós somos como crianças, gostamos que nos mimem, que nos sorriam sem desconforto...

Comemora os meus aniversários, não critiques as minhas faltas de memória. Vou tentar ser lucida, mesmo que seja complicado ...

Não me afastes do teu lado, não fales comigo com raiva; a minha mente ainda está clara com memórias do passado...
Bem sei que às vezes me esqueço de ti, é chato, eu sei, mas a culpa não é minha, as coisas são assim ... mas se eu me esquecer de ti não te esqueças tu de mim!

Só quero a tua presença e contemplar o teu rosto ...
Às vezes não me lembro do teu nome mas no fundo sei bem quem és. Estás guardado no meu coração.

Não me deixes nunca triste e sozinha porque a dor está no abandono e na alma...

E É ISTO - UM NETO APAIXONADO POR UMA AVÓ APAIXONANTE...

Beijinho querida Avó Clarisse.

⁠Flores numa Jarra -

Quando entrei na tua casa
no teu quarto junto à cama
havia flores numa jarra
e uma voz em mim gritava
acabou, já não te ama
e rompeu-se aquela amarra.

Foi-se o tempo, foi-se a esperança
tantas horas de paixão
que nasceram dentro em mim;
nos teus braços fui criança
mas agora em solidão
nos teus olhos vejo um fim.

Mas se o tempo fosse atrás
seria tudo tão diferente
da agonia destas dores;
talvez fosse enfim capaz
de dizer-te frente a frente
que eram minhas essas flores.

Dei-lhe um beijo, disse adeus
foi mais um desses amores
que o destino não agarra;
e uma lágrima correu
frente àquelas tristes flores
junto à cama numa jarra.

Insignias das Damas de Nossa Senhora da Saúde de Évora -

⁠São insignias das Damas de Nossa Senhora da Saúde de Évora a braçadeira azul celeste com brasão "M" de Maria coroado e laço de lapela azul celeste encimado por coroa da Casa Real Portuguesa com medalha de Nossa Senhora da Saúde. O Título é vitalicio.

⁠São Damas de Nossa Senhora da Saúde de Évora da Real Irmandade de Nossa Senhora da Saúde as seguintes Cristãs:

- D. Maria Anália Ribeiro, presidente das Damas de Nossa Senhora da Saúde de Évora.
- D. Cláudia Correia Alves Rodrigues, Vogal da Mesa Administrativa.
- D. Cristina Cabral Fialho, Vogal do Conselho Fiscal.
- D. Maria José Prazeres, Coordenadora da Acção Social da Irmandade.
- D. Silvia Branca Alves Soares, Dama Emérita de Nossa Senhora da Saúde e Vogal da Assembleia Geral.
- D. Beatriz Rosado, uma das primeiras Orgãos Sociais da Irmandade.
- D. Joana Benedita Fernandes Pereira Lopes Aleixo Dama Benemérita da Irmandade.
- D. Maria da Conceição de Sousa Ramalho Dama Benemérita da Irmandade.
- D. Sandra Perdigão Neves Dama honorífica de Nossa Senhora da Saúde e Dama da Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém.
- Sua Alteza Real D. Isabel de Herédia de Bragança, Duquesa de Bragança, Dama de honra de Nossa Senhora da Saúde e Grã-Mestre da Real Ordem das Damas da Rainha Santa Isabel de Portugal.

O significado da palavra Aia, Dama, mordoma ou Camareira é "serva de uma Nobre Senhora". E é exatamente isso que são as Damas de Nossa Senhora da Saúde de Évora . Senhoras dedicadas aos cuidados das coisas que cercam a Mãe de Deus, Maria, a mais nobre de todas a Damas.
As Damas de Nossa Senhora da Saúde têm como atribuições a organização e o bom andamento das novenas, preces e terços a Nossa Senhora, ocupam-se da tradicional troca das Vestes por ocasião das Festas, por tudo o que envolve a beleza e a nobreza das festividades da Mãe de Deus (as roupas, as flores do altar, o polimento da coroa e do ceptro, a limpeza, a ordem do ambiente, as jóias, etc.).
Cuidam do andor de Nossa Senhora, das procissões, das obras de caridade, quermesses, animações litúrgicas das festas Marianas e das recitações dos terços durante as festividades.
São responsáveis por angariar fundos para prover às necessidades dos doentes, em especial, para a organização das festas Marianas. Embelezam e cuidam da Igreja como um todo sempre que necessário.
As Damas de Nossa Senhora da Saúde são submissas às orientações dos Estatutos que governam a Real Irmandade à qual pertencem e atendem às solicitações dos Órgãos Sociais e do Capelão. Rezam em devoção a Nossa Senhora pela Igreja, pelos seus sacerdotes, pelos irmãos e irmãs da Irmandade.
Para fazer parte do grupo é necessário que a Mesa Administrativa reconheça a Senhora proposta por algum feito ou dedicação especial ou que a sugira a titulo honorifico e que, depois de proposta por outra Dama, numa cerimonia apropriada (Missa), o Capelão da Irmandade a entronize no grupo das Damas, entregando às postulantes as insignias de Dama de Nossa Senhora (braçadeira azul celeste com brasão com M de Maria coroado e laço de lapela azul celeste com medalha de Nossa Senhora da Saúde de Évora coroada).
Todas as Damas devem trajar negro integral nas solenidades, simbolo de anulação da sua identidade diante Daquela a quem servem, Maria, a única que deve ser notada.
Apenas se devem evidenciar sobre o corpo das Aias trajado de negro as insignias das Damas de Nossa Senhora (braçadeira e laço de lapela azul celeste).
Devem igualmente apresentar-se de véu preto e luvas brancas nas solenidades e luvas pretas caso tenham que se apresentar em eventos com natureza de pesar.
As Damas da Ordem de Nossa Senhora da Saúde de Évora ssumem a divisa: "Servarum Mariae!"

Nossa Senhora da Saúde de Évora
Rogai por nós!

- ORAÇÃO DAS DAMAS DE NOSSA SENHORA DA SAÚDE DE ÉVORA -

A Teus pés, Senhora Nossa, nos prostramos! Aqui estamos, débeis, simples mulheres.
Senhora, Rainha dos Céus, recebe de nós,
fiéis devotas, a verdade dos nossos corações. Recebe e guarda sempre as nossas Almas.
Recebe os nossos pais, os nossos esposos,
os nossos filhos, os nossos netos.
Os nossos vivos, os nossos mortos.
Guarda-os junto ao Coração.
Aninha-os em Teu regaço como a teu Filho.
Somos pobres pecadoras, tantas vezes, incapazes de te ouvir segredar-nos ao ouvido, aquele "SIM" que deste um dia a Deus
e que foi o Principio da nossa salvação.
Ensina-nos o dom da humildade,
a alegria do amor, a sabedoria do Perdão.
Aqui estamos! Aias, vassalas, escravas, subditas,
prontas a dar a vida pela Sua Senhora,
servas do Seu Santo Nome!
Recebe, Senhora, a humildade dos nossos préstimos, te-los entregamos
para o Bem de toda a humanidade.

Nossa Senhora da Saúde de Évora,
Rogai por nós!
Amen.

⁠Para o Sul -

Está tudo em vão perdido!
Porque afinal te foste embora ...
Que fizeste por orgulho?
Nada mais me faz sentido
um vazio p'la vida fora
enche-me a casa de barulho.

Nuvens negras em céu azul
são ondas de naufrágio
de quem sofre por amar;
tudo ruma por o Sul
ao som dum imenso adágio
frágeis sonhos sobre o mar.

⁠Jornada Mundial da Juventude 2023
- Portugal -

O mundo está de olhos postos em Portugal. O banho de jovens, e não só, que invadiu o nosso pais testemunha a presença de Cristo entre os homens. Os Povos manifestam-se Cristãos. A Igreja Católica não é uma Igreja que perece. Não é uma Igreja sem renovação. Não é uma Igreja sem futuro. Francisco, o Papa, veio pisar a nossa Pátria para mostrar que Cristo caminha entre nós, sem medos nem ausências. São passos de paz anunciadores de uma mensagem importante, transversal à História do mundo, mas tão actual nos nossos dias. Portugal sabe organizar, Portugal sabe receber, com magia, com arte, com encanto. Esta Jornada vem calar vozes indiferentes, ocas, vazias, ausentes de verdade que tudo fazem e dão para renegar Deus e a Sua Mensagem. Afinal os jovens não estão perdidos, afinal os jovens são Católicos, são seguidores de Cristo com Fé, com amor e com verdade. Há tanta gente feliz por seguir a Maior de todas as Mensagens que algum dia alguém trouxe ao mundo - a Mensagem do amor. Na boca e no punho de uma grande poetisa, "Cristo trouxe ao mundo a ultima e maior de todas as mensagens, a mensagem do amor, depois Dele, ninguém acrescentou mais nada à Evolução da Humanidade." Tão profundo. Tão inteiro. Tão verdade.
Maria, a Mãe da Humanidade é o rosto abençoador desta Jornada. Tão a propósito para a Fé de um Povo que se sustenta na Mãe de Deus. Afonso Henriques o nosso El-Rei Fundador naquele sonho à boca da Batalha de Ourique recebeu a mensagem de Cristo de que venceria a Batalha e fundaria uma Nação para difundir a Fé Cristã. É aqui que se sustentam as Quinas da nossa Nação. É esta a raiz da nossa Pátria. A Terra da Lusitânia, a terra da Luz, Portugal, o Porto do Graal, sede de Cavaleiros Templários, Cristãos destemidos, capazes de erguer a Cruz de Cristo e morrer por Ela, continua a ser e será sempre uma Pátria Cristã. Portugal é um Pais Católico. Obrigado Papa Francisco. Obrigado Igreja Católica. Obrigado Jesus Cristo por teres morrido por todos nós.

A Direcção da Real Irmandade de Nossa Senhora da Saúde de Évora.

⁠Vagas Madrugadas -

As vagas e oblíquas madrugadas
trazem obscuros sonhos por
desvendar ...
Horas meticulosas cheias de dor e
espanto:
flores por abrir, vontades por definir!
Horas de insónia - pasmo em vivê-las!
São minhas, plenas de abismos e
silêncios, horas ocultas, mas presentes,
de outros tempos por viver!
Não me apetece dormir ...
Não quero fechar meus olhos ...
Vou fitar o infinito ...
O tempo vai passando e eu, passando,
vou com ele.
Resta-me adormecer nos braços das vagas
e oblíquas madrugadas que trazem obscuros
sonhos por desvendar ... adeus ... minha breve
consciência de poeta!

⁠Deixa me só -

Deixa-me só no silêncio do meu quarto
ao abandono das horas, dos instantes,
se fico só porque chegas quando parto
deixa-me só neste frio que é constante.

Deixa-me só nesta cama de vento
onde os sonhos são gelados como a água
e se durmo em lençois de sofrimento
deixa-me só na noite desta mágoa.

Deixa-me só cheio de cal e solidão
mártir do tempo, calçado de pó,
deixa-me só, nada devo ao coração,
ausente e triste, já disse, deixa-me só.

E desce um vazio aberto sobre mim
mar profundo hermético e fechado
nas frias madrugadas que por fim
me deixam ao abandono do Passado.

⁠Sem Destino -

A vida vai passando mais depressa
o tempo diminui
o silêncio veste-me a voz
vejo vultos à luz do dia ...
Tudo passa ...
Fujo de mim - quero ficar! - é confuso ...
Entre o Passado e o Presente só há
mágoa e o futuro é enfim uma miragem!
Mas vou ... sem olhar para trás ...
fujo do meu próprio pensamento ... do que
não quero e sou.
Sigo caminhos que me levam a lugar
nenhum ... e tudo passa ainda mais depressa:
... passam vozes, vontades, sonhos, rostos,
restos de mim (fechados por dentro),
ausências por definir, vontades por decifrar ...
Sinto um vazio profundo, um espaço oblíquo
entre mim e a vida, entre a vida e o destino.
E vou ... mesmo sem saber se um dia vou voltar ...
Vou ... sem saber para onde ir ou se irei parar ...
E vou porque o Mundo se esqueceu de mim.

⁠Para Ti Meu Amor -

Para ti meu amor
são todas as palavras ardentes
todas as vontades da vida
todos os sonhos do mundo ...

Para ti meu amor
são todas as flores do campo
todas as nuvens do céu
todas as rochas do mar ...

Para ti meu amor
todas as lágrimas que choro
todos os desejos que tenho
todos os versos que escrevo ...

Tudo é para ti sem excepção
porque nada me faz sentido
se te não tenho a meu lado
bem juntinho ao coração!

Para ti meu amor ...
... tudo é para ti ...

⁠Fuga Vã -

Amanhã talvez já seja tarde
porque hoje é cedo p'ra ficar
e sem bulício nem alarde
arrasto o meu destino ao passar!

E passo ... vou passando ...
Meus dias breves p'los dedos vão
tudo está na mesma, secando,
entre vales e colinas de solidão.

Tudo vago sem tempo nem memória
talvez minh' Alma já nem guarde
a saudade que trago da minha História ...

Em mim a chama já não arde
nunca encontrei um momento de vitória
mas amanhã talvez já seja tarde!

⁠Rio de Medo -

E eis que d'um tempo recuado
p'las margens d'um rio de medo
vai boiando o meu passado
em silêncio ... em segredo ...

Vem de longe, nocturno e vago,
passa, acusador, galgando, sem parar ...
Cheio de angustia sigo a nado
mas só me resta suplicar!

A culpa é minha! As mãos caídas,
calosas, doídas, cheias de sonhos
encheram-me o passado de feridas!

Mas amanhã, se o dia for risonho,
não tornarei a definir a vida
porque o passado é áspero e medonho!

⁠Vives tu -

Na pobreza dos meus sentidos
nas vagas ondas dos meus pobres
pensamentos
no vazio dos meus desejos
na dolência dos meus sonhos
na agonia do que faço e sou
no peso do meu braço
no andar que me atrapalha
na falta de vontade que me habita
na solidão que me trespassa
na angústia que me atravessa ...
... apenas vives tu! ...
E aí onde tu estas é onde nada sou ...

⁠Ao Sonhar -

Há sonhos incompletos nas madrugadas
que trazemos no coração ...
Verdades singulares que nos invadem
o pensamento,
oblíquas solidões cheias de palavras
ao acaso.
E a noite é vã ... e é vão adormecer
porque dormindo despertamos ilusões ...
... e há cansaços!
Mas por vezes, acordados,
é-nos mais pesado o destino do que dormindo, porque dormindo, fora a morte, sempre despertamos!

⁠- Complexidades -

Num passo de silêncio
sem misérias nem vaidade
acreditei que a vida
me podia dar futuro ...
Mas ao contrário, deu vazio,
deu-me lânguidas noites
carregadas de demónios
do passado!

E escrevo:

De manhã anoiteço
à noite tardo,
da morte cativo
a vida é um fardo ...
Aqui a vida,
de frente a Norte,
passo a passo, coisa vã,
dirijo-me à morte ...

Morro hoje ... nasço amanhã!