François La Rochefoucauld

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Se não tivéssemos tantos defeitos, não nos agradaria tanto notá-los nos outros.

A duração das nossas paixões depende tão pouco de nós quanto a duração da nossa vida.

Falta muito para que a inocência tenha tanta proteção como o crime.

As virtudes perdem-se no interesse, tal como os rios no mar.

A vaidade dos outros nos é insuportável, pois ofende a nossa!!

É mais necessário estudar os homens do que os livros.

É por ter o que amamos que somos felízes e não por ter o que os outros acham amável!"

A paixão transforma, muitas vezes, o mais hábil dos homens num louco e torna muitas vezes mais hábeis os mais tolos.

O grande prazer que nos dá falarmos de nós próprios deve fazer-nos recear não darmos nenhum aos que nos ouvem.

O ciúme, o receio de deixar, e o medo de ser deixado, são as dores inseparáveis do declínio do amor.

Arrependimento é mais o medo das consequências do que remorso pelo que nós fizemos.

Nem o sol nem a morte podem ser encarados frente a frente.

Os amantes apenas vêem os defeitos das amadas quando o seu encantamento acaba.

A ausência diminui as paixões medíocres e aumenta as grandes, como o vento apaga as velas e atiça as fogueiras.

Julgar-se mais esperto que os outros, é a melhor maneira de enganar-se

“O que o homem superior procura está dentro dele mesmo; o que o homem medíocre procura está nos outros.”

Não somos ridículos pelas qualidades que não temos, mas, por aquelas que fingimos ter...

A violência que nos fazemos para permanecer fiéis àquilo que amamos, não é melhor que uma infidelidade.

Inserida por Papagena

Antes de colocarmos nossos corações demasiadamente sobre algo, examinemos quão felizes são aqueles que já o possuem.

A calma dos sábios nada mais é do que a arte de guardar a agitação que vai nos seus corações.

Nada é mais insuportável para o nosso orgulho do que a constatação do facto de reprovarmos algo que aprovámos anteriormente.

Não existe tal coisa como um infortúnio tão mau que as pessoas hábeis não saibam dele tirar proveito, como também não existe uma felicidade tal que os mais volúveis não transformem em prejuízo próprio.

À força de nos disfarçarmos perante os outros acabamos por nos mascarar perante nós mesmos.

Há uma infinidade de comportamentos que parecem ridículos e cujas razões ocultas são muito sábias e muito sólidas.

Vale mais aplicar o nosso espírito a suportar os infortúnios que nos tocam, que a prever os que nos podem acontecer.

Inserida por gtrevisol