Textos de Férias

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Dar um tempo. Férias. Tomar fôlego. Reorganizar as ideias. Era tudo o que eu precisava para continuar. Sabe o que é isso? Eu, minhas amigas, biquínis e um caderninho. No apartamento em que nós estávamos, sempre alguma delas gritava da porta: Pegou o boné? Alguém achou meu óculos? Vai fazer frio? Fê, pegou seu caderninho? E assim eu saía. Com cangas, blusas de frio, protetor solar e o tal caderninho. (Tenho sempre um caderninho na bolsa, aonde quer que eu vá). Hoje - já em casa e de volta ao trabalho - meu caderninho está assim: cheio de areia e palavras. Meu coração está leve, mesmo sabendo que a realidade está na ponta do meu nariz e - amigas! - é chegada a hora de ira à luta! De novo. O lado não tão bom disso tudo é o desassossego de descobrir coisas sobre nós mesmas que a gente insiste em não enxergar. A parte boa é que - sei lá - existe parte boa? Brincadeira! Sempre existe. E eu não posso me dar por vencida com um bronzeado desses. Não agora. Não hoje. Mesmo tendo lido aquela frase do livro da Maitê Proença que me fez chorar. Não de tristeza. Chorei porque sou burra mesmo. Se tivesse lido esta frase antes (Aonde você estava, Maitê??), talvez eu tivesse sofrido menos. Por ele. Aquele que foi o amor da minha vida. Que talvez ainda seja. Que sempre será. Mas a tal frase que me puxou o tapete foi simples como tudo o que eu gosto: "não quero o amor da minha vida ocupando o lugar de amor da minha vida". Entendeu? Decorou? Lindo isso. Lindo e triste. Maitê sabia. Soube antes de mim. Bem antes. Esperta essa garota. Tão linda, atriz e sublime com seu olhar verde-esmeralda - Maitê Proença - nossa Dona Beja, também teve seu coração machucado. Dilacerado, imagino. Normal. Desse mal, meu bem, ninguém escapa. Mas o bom disso tudo é que consigo agora abrir meu coração sem rodeios. Sim, amei sem limites. Dei meu coração de bandeja. Sim, sonhei com casinhas, jardins e filhos lindos correndo atrás de mim. Mas tudo está bem agora. Eu digo: agora. Houve uma mudança de planos. E eu me sinto incrivelmente leve e feliz. Descobri tantas coisas. Tantas. Tantas. Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor. Que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto. Vejo minha lista - anotada com um coração bic no meu caderninho-de-bolsa: coisas que preciso fazer antes dos 35 anos. Sinto uma alegria infantil. Está tudo ali. Meus desejos. Meus maiores sonhos. Minha obsessão por um laptop. Minha vontade de escrever um livro. Ter um filho. Fazer mil cursos. Aprender coisas novas. Conhecer lugares. Pessoas. Me conhecer mais. Me descobri um pouquinho e parece que foi tanto! Porque agora muitas coisas fazem sentido. Minhas palavras. Tudo o que quero ser e criar. Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa. Descobri. Ou melhor, aceitei: eu nunca vou esquecer o amor da minha vida. Nunca. Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama!

Uma Festa Dentro de Mim

Resolvi dar férias para as dores, tristezas e decepções.
Cansei de ficar reclamando, de achar culpados para a minha angústia. Resolvi mandar tudo plantar batatas e decidi: vou fazer uma festa dentro de mim!

Prá começar eu vou para o espelho ensaiar o meu melhor sorriso, vou retirar essas marcas da minha testa, vou jogar fora essa máscara de dor que me acompanha há tantos dias, e preparem-se: eu quero é ser feliz, quero conhecer pessoas como você que é alegre, prá cima, alto astral, prá falar a verdade, eu também era assim, até que uma decepção me jogou para baixo.

Mas, hoje eu não quero falar de tristeza, quero saber é de coisas boas, quero ir ao cinema, sabe há quanto tempo eu não vou ao cinema ?
..E tem mais, eu vou escolher o filme, chega de "gente" ficar escolhendo o que eu quero.
Hum ! Acho que vou passar no cabeleireiro antes, vou pintar os cabelos, cortar umas pontas, vou me agradar, só para o meu prazer.

Engraçado, agora que eu falei nisso, sabe que eu estava em um relacionamento onde eu fazia tudo para agradar a pessoa que estava comigo, fazia isso, não fazia aquilo para não magoar, não usava aquela roupa, usava aquele perfume, tudo para acertar, para manter o "clima", para fazer o gosto da pessoa e resolveu o quê?

Ganhei um pé no traseiro, e perdi a vontade de viver.
Você sabe onde eu errei ? Hoje eu sei ! Eu errei na hora de anular os meus desejos, em transferir a minha vida para as mãos de outra pessoa, e é lógico, quando eu percebi que era o fim, fiquei sem chão, sem mundo, sem vida.

Mas, hoje é dia de festa e só para o meu prazer vou tomar um banho demorado, e vou fazer de conta que a água do chuveiro é água de batismo e vou "renascer para a vida".
Sai da minha frente que eu quero viver !!! Quem quiser que me acompanhe.

Eu não me poupo

Minha avó sempre disse que quem poupa, tem. Lembro das férias de verão lá na praia, o meu irmão economizava a mesada e eu comprava picolés para a família inteira. É por minha conta, minha conta. Duas semanas se passavam e eu estava pelada, sem um centavo, mas com a barriga cheia de picolés de chocolate.

Meu pai coloca água no shampoo, pois ele diz que todos são concentrados; a água dilui um pouco e parece que deixa o cabelo mais soltinho, não sei se é lenda. Nos próprios salões de beleza eles colocam um pouco do produto na sua cabeça e, ali mesmo, misturam com um pouco de água. Esfregam, esfregam e pronto, que lindo.

Animais em extinção. Água. Energia elétrica. Telefone. Reciclagem de lixo. Natureza. Amizades. Família. Amores. Precisamos cuidar, poupar, tomar conta. Um dia tudo acaba. Lá vem a vovó de novo com o seu quem poupa, tem.

Eu lavo o cabelo todos os dias, semana passada meu pai perguntou se eu comia shampoo. Não, não como. Lavo duas vezes, todos os dias e meu cabelo é médio. Médio, para quem não sabe, fica entre o curto e o comprido. Não é nem um, nem outro. É médio. Mas eu não misturo com água, deixo juntar uma espuma gigante, pois adoro espumas. Lavo até fazer aquele barulho de limpo. O barulho de limpo, para quem não sabe, é aquele som irreproduzível que a mão emite ao entrar em contato com o seu cabelo encharcado de água. Depois de passar o condicionador, lógico. Tem gente que consegue lavar a louça com pouquíssima água, eu não. Preciso de muita. E uso muito detergente, você sabe que preciso de espumas para viver. Sou a maior consumidora de água do planeta, tenho que diminuir, eu sei. Juro que vou me esforçar. Vou tentar ser econômica. Só não me peçam para economizar sentimentos.

Quem poupa, tem? Não sei me economizar. Eu não me poupo. Nunca soube fingir. Acho uma espécie de traição fechar os olhos para as vontades. Se você sente, sinta. Não maquine ou arquitete qualquer coisa mirabolante, apenas sinta. Não vou negar que já fugi, já sim. Inúmeras vezes. Eu teria que pedir dedos emprestados para conseguir contar. Nem acho o fugir ruim, às vezes se faz necessário. Não é errado, o sentimento vai dentro da sua roupa, o problema gruda nas suas costas, mas na fuga você se encontra. Ou então você larga o que já está usado e quase caindo aos pedaços lá no meio do caminho. É uma espécie alternativa de exorcismo. Sai daqui, sai daqui. Adeus, demônios. A fuga te liberta do diabo. Ou então faz com que você perca o medo de voltar. Porque nós sempre precisamos voltar para algum lugar. O que foge e o que volta. O que vai e o que retorna. É você. Um você diferente. Um você modificado.

Se tudo vem da infância, vou voltar lá para o início, no tempo em que eu era mão aberta com a mesada e distribuía picolés. Não é o dinheiro, é o gesto. Sempre gostei de fazer mimos e agrados. Quando eu quero, que fique claro. Com quem merece, que fique evidente. Continuo a mesma, hoje em dia não tenho mais atração por sorvetes, meu negócio é outro.

Prefiro esbanjar emoções. Mesmo que doa. Mesmo que, um dia, eu possa me arrepender. Meus arrependimentos duram pouco, alguma coisa me cutuca e diz olha, que bom que você fez. Que bom que você teve coragem. Que bom que você sente. Que bom que você tenta. Tentar é se arriscar. E tudo na vida tem metade de chance de dar certo. E a outra metade? De dar errado. Mas não é poupando que você saberá.

Quem é mão de vaca com os próprios sentimentos acaba por não viver. Não seja econômico. Mas use menos água para lavar a louça.

Dias de chuva

O sol, assim como eu, parece ter tirado umas férias.
A rua parece pedir socorro, se afogando em tanta água.
As crianças não correm na rua, os cachorros não cheiram os postes
e os passarinhos não entram pela janela para roubar comida.
Pela janela só tem entrado o vento que em mim provoca calafrios.
Do sofá para a cama, da cama para o computador.
Isso sem contar as compulsivas visitas a geladeira.

Já fiz e desfiz minhas unhas milhões de vezes,
Já arrumei meu quarto, fotografei as nuvens e dormi sem sono.
Já escutei meu Cd's antigos, e foliei as revistas.
Já acabei com os doces da geladeira,
Já tentei estudar, já consegui enrolar.
Já beijei meu espelho, já cortei o meu cabelo.

Aqui dentro as coisas parecem não acontecer.
A parede ainda não mudou de cor e a porta não consegue se abrir sozinha.
Esperei uma visita inesperada, mas não aconteceu.
Os dias foram passando, e eu fui agonizando.

E assim foram meus dias de chuva.

Ter ou não ter namorado

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.
Namorado é a mais difícil das conquistas.
Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado é quem não tem amor é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira - d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar.
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA.

Artur da Távola
Amor A Sim Mesmo

Nota: A autoria tem vindo a ser atribuída erroneamente a Carlos Drummond de Andrade.

...Mais

Bill me deu um livro para ler durante as férias. O apanhador no campo de centeio. Era o livro favorito de Bill quando ele tinha a minha idade. Ele disse que era o tipo de livro feito para nós.
Li as primeiras vinte páginas. Não sei como me senti em relação a ele, mas parecia apropriado naquele momento.

Mesmo assim, é possível que você pergunte: por que é mesmo que ela precisa de férias? De que precisa se distrair?
O que traz à minha coleção o seguinte:
São os humanos que sobram.
Os sobreviventes.
É para eles que não suporto olhar, embora ainda falhe em muitas ocasiões. Procuro deliberadamente as cores para tirá-los da cabeça, mas, vez por outra, sou testemunha dos que ficam para trás, desintegrando-se nos quebra-cabeça do reconhecimento, do desespero e da surpresa. Eles tem corações vazados. Tem pulmões esgotados.

Lá estava eu com minha família, em férias, num acampamento isolado e com carro enguiçado. Isso aconteceu há 5 anos, mas lembro-me como se fosse ontem.
Tentei dar a partida no carro. Nada.
Caminhei para fora do acampamento e felizmente meus palavrões foram abafados pelo barulho do riacho.
Minha mulher e eu, concluímos que éramos vítimas de uma bateria arriada.
Sem alternativa, decidi voltar á pé até a vila mais próxima e procurar ajuda.
Depois de uma hora e um tornozelo torcido, cheguei finalmente a um posto de gasolina. Ao me aproximar do posto, lembrei que era domingo e é claro, o lugar estava fechado.
Por sorte havia um telefone público e uma lista telefônica já com as folhas em frangalhos. Consegui ligar para a única companhia de auto-socorro que encontrei na lista, localizada a cerca de 30km dali.
Não tem problema, disse a pessoa do outro lado da linha, normalmente estou fechado aos domingos, mas posso chegar aí em mais ou menos meia hora.
Fiquei aliviado, mas ao mesmo tempo consciente das implicações financeiras que essa oferta de ajuda me causaria.
Logo seguíamos, eu e o Zé, no seu reluzente caminhão- guincho em direção ao acampamento.
Quando saí do caminhão, observei com espanto o Zé descer com aparelhos a perna e a ajuda de muletas para se locomover.
Santo Deus! Ele era paraplégico!
Enquanto se movimentava, comecei novamente minha ginástica mental em calcular o preço da sua ajuda.
É só uma bateria descarregada, uma pequena carga elétrica e vocês poderão seguir viagem, disse-me ele.
O homem era impressionante, enquanto a bateria carregava, distraiu meu filho com truques de mágica, e chegou a tirar uma moeda da orelha, presenteando-a ao garoto.
Enquanto colocava os cabos de volta no caminhão, perguntei quanto lhe devia.
Oh! Nada - respondeu, para minha surpresa.
Tenho que lhe pagar alguma coisa, insisti.
Não, reiterou ele. Há muitos anos, alguém me ajudou a sair de uma situação muito pior, quando perdi as minhas pernas, e o sujeito que me socorreu, simplesmente me disse: "Quando tiver uma oportunidade, passe isso adiante."
Eis minha chance... Você não me deve nada! Apenas se lembre:
Quando tiver uma oportunidade semelhante, faça o mesmo.
"Somos todos anjos de uma asa só, precisamos nos abraçar para alçar voo".

EU, POR VOCÊ, SERIA CAPAZ DE DAR A MINHA VIDA!

Meu anjo, bom dia!
Espero que suas ferias tenham sido povoadas de muita paz, alegria e diversão. Que você tenha beijado e abraçado muito seus heróis e todos da sua familia; e que todos vocês tenham experimentado dias de grande felicidade. Se tudo ocorreu dessa forma, e eu espero sinceramente que sim, tenho certeza que você retornou para Americana muito mais iluminada do que quando partiu.

Eu não sei bem a quanto tempo nos conhecemos, mas confesso que ter te conhecido foi algo maravilhoso. Muito aprendi com você e nada te apagará do meu coração. Você se tornou uma das páginas mais importantes da minha história. Uma página que eu faço questão de ler todos os dias da minha vida, para que você esteja sempre presente nos meus pensamentos.

Minha amiga, como vocé já sabe, o que eu sinto por você não é só amizade. Eu até gostaria que fosse, assim não estaria sofrendo tanto desejando algo que eu não posso ter.

Te peço desculpas por está te abrindo novamente meu coração. Da última vez que resolvi fazer isso, quase te perdi pra sempre. Você havia sido pega de surpresa. Mas acho que agora é um pouco diferente. Acho que nesse meio tempo aprendemos o bastante para não cometermos os mesmos erros bobos do passado.

Da mesma formar que estou escolhendo as palavras com mais responsabilidade, tenho certeza que você é inteligente o suficiente para dar a elas a atenção que elas merecem e interpretá-las da forma mais adequada possível.

Enfim, preciso me afastar um pouco para não sofrer tanto quando finalmente aparecer a pessoa que terá o privilégio de acordar todos os dias ao teu lado. Eu não sei quem será o sortudo, mas confesso que já estou morrendo de inveja dele. Ele vai ter na sua vida a mulher que eu peço a Deus todo os dia que fisesse parte da minha. Só em pensar nisso meu coração se enche de tristeza.

Espero que ele possa te dar pelo menos metade do carinho e do amor que eu sinto por você. Porque eu, por você, seria capaz de dar a minha vida. TE AMO.

São Paulo, 21 de junho de 2015, às 14:28

Tudo um dia tem um fim. As férias viram só recordação. Será que ainda é hora de te abraçar bem forte? O que eu quero? Eu lembro que estava só quando você chegou e me alegrou, lembrei daquela velha canção que fala de nós dois. Como é que pode? Você chegou mais sua presença não resolve. "Não se preocupe rapaz! Você se preocupa demais!". Será? Sabe aquela linha do horizonte? Que flutua evitando que o céu se desmonte. Eu a segui e agora sei que o mar na verdade é uma ponte. Te leva pra qualquer lugar. Mais estou fraco pra ir tão longe então penduro minhas idéias em um balão e o solto, sobe balão e leva minhas idéias para alguém que consiga entende-las, eu já não entendo mais. Agora já estou bem mais calmo. De onde vem essa calma? Eu não sei. Eu sonhei novamente, um sonho antigo, com um cavalo que tinha asas (como pode um cavalo ter asas? não sei, só sei que foi assim). Eu não queria ir embora daqui, eu sou igual a vocês. Por favor me deixem ficar. Não solta minha mão. Eu tenho medo. Olhe tudo o que eu escrevi. Ahhh! Quer saber de uma coisa? Deixe que digam, que pensem, que falem! Mais bem que eu queria voltar... E ter de volta tudo que eu perdi sem querer. Pelo menos uma vez queria esquecer-se de lembrar dos meus acertos idiotas. Queria ver o mais simples como o mais importante e dar-te o valor merecido. Eu sangro sozinho na solidão da noite, mais não estou triste, pelo contrario, meu sangue me lava a alma e liberta minha dor. Mais sei que por trás das sombras eu ainda sou feliz, meus dentes brilham de alegria então olho pro céu e procuro aquela estrela... Não a achei hoje. Onde você está?

Câmbio, desligo.

Passamos por aquilo que tínhamos que passar.
É assim quando você vai tirar férias.
Você planeja tudo direitinho,
Mas aí um dia você faz uma curva errada ou pega um atalho
E acaba saindo em um lugar estranho que nem consegue achar no mapa.
E começa a fazer coisas que nem imaginava.
Talvez se sinta um pouco perdido durante o trajeto,
Mas depois percebe que foi a melhor parte de toda a viagem.

PENSANDO...
Acho que vou-me embora de mim por uns tempos...
Preciso de férias desse jeito intenso de sentir as coisas, dessa mania de querer carregar o mundo nas costas e sentir culpa pelo que não posso dar conta...
Vou olhar tudo de sobrevoo...
Ficando acho eu...estar ausente dos meus próprios pensamentos...
Será que consigo????
Tenho certeza que não...

Viagens, festas, amigos, diversão palavras assim lembram apenas uma : FÉRIAS !
Ah, férias ! Seja de inverno ou verão, todo estudante adora. Afinal, não é sempre que nao se tem aula por um tempo, nao é sempre que nós vemos pessoas distantes. Férias! Podiam existir a cada 15 dias !
Férias, tempo de descanso e ao mesmo tempo diversão. Tempo de encontrar quem não vemos, viajar, sair e curtir ! Tempo de namorar, de rir e chorar. Tempo que não dura pra sempre.
Histórias ? A cada tempo de férias, novas histórias aparecem. Umas engraçadas, outras nem tanto. Umas romanticas, outras desastradas. Umas com muitas festas, baladas e tal, outas em casa. Umas com os amigos , outras com a família.
Férias no inverno cheias de brigadeiros, filmes, abraços. Férias no verão cheias de praias, piscinas, sorvete, baladas.
Férias, não importa o tempo ou a data o importante é que elas existam !

Tire férias de você. Isso mesmo descanse-se das suas crises, chatices, problemas, dilemas.
Faça uma mala com tudo o que te retém, te atrasa e te maltrata, jogue dentro dela as sensações ruins, as culpas demasiadas, as críticas infundadas, os medos absolutos e as incertezas tão duvidosas que te faz recuar.
Antes de fechar a porta certifique-se que a tal mala ficou em casa, pra trás, distante. Vá vazio, livre, e não tenha medo de ficar longe de você, refaça-se inteiro se for preciso. Aprenda a sentir a vida novamente, enfrente seus medos, a vida é tão obvia que o pior que pode nos acontecer é morrer, então de que adianta temer? Jogue-se fora, esqueça esse você cheio de manias angustiantes, de vícios degradantes e de pensamentos conflitantes.
Seja um novo ser pensante!
Novo!
Você se fez assim, aprendeu com cada segundo da vida, você conseguiu, mal ou bem, você é aquilo que se permitiu ser. Se acordares vivo amanhã é um sinal que ainda há tempo de reinventar-se, aproveite, mude, comece... e viva, e dessa vez de verdade!
Se não sentires saudades de ti nessas férias de você, não volte, seja outro. Se voltares seja novo tudo de novo.

As sete verdades do bambu

Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou: Vovô, corre aqui!

Me explica como esta figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para abraçar seu tronco se quebrou, caiu com vento e com chuva, e…

…este bambu tão fraco continua de pé ? Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento. O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.

A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.

Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus na oração.

Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sòzinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasça outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.

A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.

A quinta verdade é que o bambu é cheio de “nós” ( e não de eu’s ). Como ele é ôco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.

A sexta verdade é que o bambu é ôco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser ôco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.

Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é : ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do Alto. Essa é a sua meta.

"É preciso voltar. E a gente sempre volta. Volta das férias, volta das batalhas, volta no tempo ao sentir um perfume, volta a ser criança com as crianças, volta a ser racional quando a loucura pensa que é dona da casa... A gente volta, porque voltar não é retroceder, é se reencontrar nas partidas para se descobrir em novos caminhos."

Na vida, todos temos problemas; viver não é uma viagem de férias numa praia de ilusões. Sonhe, mas seja realista, mesmo que na estrada da existência você observe as ondas apagando suas pegadas na areia. Olhe para frente, não desanime e veja o quanto você ainda tem para caminhar.
Prof Lourdes Duarte

tantas lagrimas que derramei tudo,
são parte das ferias do meu coração,
tantas marcas no coração são fetiches
na tua alma apenas fantoches.
horrores em tantos frascos de amor...
deixei o coração para chorar,
tantos sentimentos perdidos,
num futuro sem um passado.
desespero num profundo abismo.
por celso roberto nadilo

(...)Cace o afeto, procure quem vc gosta de verdade, tire férias de rancores e mágoas, abrace forte, sorria, permita que lhe cacem também.
Cace a liberdade que anda tão rara, liberdade de pensamento, de atitudes, vá ao encontro de tudo que não tem regras, patrulha, horários. Cace o amanhã, o novo, o que ainda não foi contaminado por críticas, modismos, conceitos, vá atrás do que é surpreendente, o que se expande na sua frente, o que lhe provoca prazer de olhar,sentir,sorver(...)

Lá se foram as férias, aventuras de verão? Acabaram-se todas.

Em um piscar de olhos o Carnaval já havia passado também.
E uma data geralmente esquecida, saltou diante de nossas faces: VOLTA AS AULAS!

Obviamente, não se pode dizer, que esta pitoresca data é de tão 'mal agouro' assim, existem pessoas que até gostam de voltar a rotina escolar. Poucas, é claro.

Mais um ano se inicia, e com ele as promessas também, separei umas clássicas, que eu mesmo pronuncio e escuto por aí:

- Esse ano, prometo estudar.
- Nada de bagunças, estou amadurecido.
- Nada de festas, ano de vestibular é puro estudo, do começo ao fim.
- Neste trimestre, meu nome estará no mural de melhores notas.

Contudo, depois do 3° mês na rotina escolar, muitas dessas 'promessas' ficam pelo caminho, e como todo discurso politico que se preze, a maioria das metas e barreiras a serem vencidas são simplesmente, apagadas, esquecidas.

Ao andar pela escola, três tipos de rostos são claramente identificados ..
Novatos: Estudantes recentes, recém chegados. Tudo é motivo para 'bocas abertas, e gargalhadas '

Bagaços: Alunos já de casa, que possuem ainda alguma expectativa com relação a novidades, e muito animados com o NOVO ano.

Veteranos: Chegamos em um ponto crítico, são sempre os mais velhos, mais experientes, maduros, e legais é claro (haha). Já viram de tudo um pouco, sabem todas as táticas para furar a fila na hora do recreio, roubar balas na sala dos professores e tapiar a coordenadora.

3 grupos indiscritivelmente diferentes, e juntos, numa mesma entidade de ensino médio.

E que comecem as lutas, digo ... AULAS!