Poetas Franceses

O homem é absurdo por aquilo que busca, grande por aquilo que encontra.

O que há de melhor numa coisa nova é aquilo que satisfaz um desejo antigo.

Nada há como começar para ver como é árduo concluir.

A definição de belo é fácil: é aquilo que desespera.

Quanto a lisonjear a multidão, juro que não posso! O povo está no alto, a multidão está no fosso.

O homem feliz é aquele que ao despertar se reencontra com prazer e se reconhece como aquele que gosta de ser.

O que caracteriza as pessoas que exibem exageradamente a sua virtude é que, quanto menos ameaçada está a fortaleza, mais guardas lhe põem.

Ninguém alguma vez escreveu ou pintou, esculpiu, modelou, construiu ou inventou senão para sair do inferno.

Chanson

Disse a meu peito, a meu pobre peito:
- Não te contentas com um só amante?
Pois tu não vês que este mudar constante
Gasta em desejos o prazer do amor?

Ele respondeu: - Não! não me contento;
Não me contento com um só amante.
Pois tu não vês que este mudar constante
Empresta aos gozos um melhor sabor?

Disse a meu peito, a meu pobre peito:
- Não te contentas desta dor errante?
Pois tu não vês que este mudar constante
A cada passo só nos traz a dor?

Ele respondeu: - Não! não me contento,
Não me contento desta dor errante...
Pois tu não vês que este mudar constante
Empresta às mágoas um melhor sabor?

Os grandes erros são muitas vezes feitos, como as cordas, de uma quantidade de fios.

A morte rouba toda a seriedade à vida.

A ignorância oscila entre a extrema ousadia e a extrema timidez.

A arte é uma ferramenta; os espíritos são os operários.

Meditar, em filosofia, é encaminharmo-nos do conhecido para o desconhecido, e aqui defrontar o real.

Em literatura, o meio mais seguro de ter razão é estar morto.

A música está em tudo. Do mundo sai um hino.

A alma humana é uma vaga que pensa.

O homem é uma prisão em que a alma permanece livre.

Um poeta é um mundo encerrado num homem.

A riqueza e a pobreza são convenções.