Coleção pessoal de wikney

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⁠"Deixei de precisar, no momento em que mais precisei.
Deixei de me importar, quando eu mais me importei.
Como Sócrates, quanto mais sei, nada sei.
Tornei-me seu escravo, pensando ser um rei.
Deixei de chorar, quando eu mais chorei.
Minha loucura, rouba o espaço, da minha sensatez.
Deixei de beija-la, quando eu mais beijei.
Por suas tempestades, eu velejei.
Nas suas idas e vindas, eu aguardei.
Uma vida sem ti, eu não suportei.
Você indo embora de mim, eu não superei.
Deveria ter lhe odiado, mas não odiei.
Não deveria ter te olhado, pois, me apaixonei.
Quisera eu, ter deixado de te amar, naquela tarde, onde eu mais te amei..."

⁠"Ás vezes, o melhor presente que alguém pode nos dar, é a saudade..."

⁠"É preferível a realidade da decepção, que uma ilusória felicidade..."

⁠"Mulheres, aprendam, não existe homem cafajeste, existe homem enganado, todo cafajeste já amou alguém e foi decepcionado..."

⁠"Talvez, não deveria ter sido.
Deixe-a ir embora, como as ondas do mar, como as águas de um rio.
O que mais eu poderia ter oferecido?
Amor e paixão, foi tudo o que me restara e dei-lhe tudo o que sobrou comigo.
Se em seu peito, ousar me matar, peço-lhe que me enterre, na curva do seu sorriso.
Que minh'alma, pela eternidade, faça do seu abraço, um abrigo.
As vezes, me pego rogando aos céus, implorando pra que tudo seja apenas um delírio.
Amar-te é meu martírio.
Essa solidão é o meu calvário e não sou capaz de suportá-lo, invejo o próprio Cristo.
Hoje, já não existe mais eu, não existe mais nós, o que farei com os apelidos?
Onde jogarei tudo o que fora vivido?
Dai-me pai, um alívio.
Dessa profundidade, um respiro.
Fito as estrelas, lembro o seu nome e faço um pedido.
Duvido muito que o céu atenderá meu pedido.
Mas tudo bem, estou tranquilo.
Talvez, não deveria ter sido..."

⁠"O jogo da indiferença , é uma guerra em que se perde ambos os lados.
Mas é melhor ser destruído, do que vencer, sendo humilhado.
Prefiro ter o seu sincero ódio, do que ser um falso amado.
Meu orgulho já foi pisoteado.
Abro mão dele, por qualquer minuto, ao seu lado.
Não têm adiantado.
Você, mulher, é um estranho mel, que quando quer, és me de um todo doce, mas também, tem um gosto amargo.
Cansei de rogar a Deus, talvez, por um beijo seu, eu barganhe a minha alma com o diabo.
Abro mão do paraíso divino, pra morar em um único segundo, do paraíso de seus lábios.
Eu sou um poeta de alma, um leitor de entrelinhas, um curador de lágrimas, o Famigerado.
Dizer-me-iam: '- És um louco, insano, desvairado!'.
Um trouxa, um tolo, um parvo.
Mas não sou; meu coração sim, a este falta ofensas, em nosso vocabulário.
Ele se resume a um lacaio.
As palavras vêm, me perco nessa insanidade, não sei mais onde essa insanidade, ou tolo poema, deveria ter parado.
Eu devia era nunca ter lhe desejado.
Ter lhe admirado.
O que faz um homem tolo, não são as palavras desprovidas de sabedoria, mas sim, os sonhos infundados.
Existe um jogo, o qual, eu sou viciado.
É o jogo da indiferença, que também é uma guerra, em que se perde ambos os lados..."

⁠D'oje em diante, eu te amo.
É a verdade, sou eu, o que posso fazer? Eu te amo.
Bate meu coração, e a cada batida, ele exclama, 'Eu te amo!'.
Ora, o que posso fazer? Se é a ti que amo?
Raia o Sol, brilha a Lua, e é você que eu amo.
Agora, já não sei mais meu nome, a minha idade, meu signo, o que sou; o que sei? Eu te amo.
Hoje? Sou seu. Ontem? Fui. Amanhã? Serei. E por toda eternidade, gritarei na face do próprio Deus 'Eu te amo!'

⁠"As lembranças que eu tenho de nós, é aquele tipo de prisão, onde eu morreria somente para nunca mais, pensar em liberdade..."

⁠"As folhas dos ipês já esvaneciam, naquela manhã fria de inverno, as folhas, com suas cores num tom acinzentado, pareciam tentar dizer-me algo que, em meu peito, eu já predizia.
Aquele amor, em mim, morria; estava morrendo a cada minuto, a cada mês, a cada dia.
Aquela alameda, a rua dos ipês, muitas vezes era a nossa saída, era onde bailávamos ébrios pelo cheiro das flores, crentes que nossa paixão era infinita.
Hoje, meu amor, estou eu aqui, parado, naquela esquina, sob aquele ipê rosa, cujo as folhas e a cor, despertavam aquele seu jeito de menina.
Mesmo que eu velejasse por mil anos, em mares revoltosos, ainda faltar-me-ia a experiência para domar a mulher, que narro nessas linhas.
Estou indo pro cais, quem sabe eu não me afogue na marina, talvez eu consiga matar o resto de amor ou ódio que em mim germina.
Vou ir ver o velho pescador, talvez ele me convença a não ceifar a minha própria vida, talvez ele até me mostre como reconquistá-la, ensine-me como fazê-la minha.
Mas minhas esperanças esvanecem, como as folhas dos ipês, na nossa alameda, naquela manhã fria, naquela esquina..." - EDSON, Wikney - Memórias de Um Pescador, A Alameda dos Ipês.

⁠“Cômico, anos atrás, ela me indagou.
- Por que, ultimamente, tens sido um todo de ódio e rancor?
Respondi-a aos risos, com um certo torpor.
- Ora, como não odiar o mundo, quando cada batida de meu coração, lhe presta uma serenata de amor?
- Como posso amar o mundo, quando quem fiz de meu mundo, me negou amor?
- Não sou capaz de amar a todos, não sou Cristo, nosso Senhor.
Naquele momento, ela corou.
Vi em sua face, aquele belo e inconfundível rubor.
O que me assola, minha amiga, é que ela sabe que o mundo é só terror.
Ela parece ter medo da felicidade, tenta a todo custo, apagar a chama da minha paixão, tem menos medo da infelicidade, que do meu amor.
Recordo-me, minha amiga, que naquele dia, ela chorou.
De súbito, me abraçou.
Embalou-se em meus braços, nossos olhos digladiaram-se, o corpo dela tremia, até mesmo o Vesúvio, invejaria o nosso calor.
Ela fitou-me os lábios, mas não me beijou.
Foi-se embora, sumiu por dias, não me ligou.
Hoje ela retornou.
Cômico, minha amiga, novamente ela me indagou.
- Naquela noite eu fui feliz, não sei o que me aconteceu, o que foi aquele fervor?
Respondi-a aos risos, com um certo torpor.
- Naquela noite fora amada, aquilo foi amor…” - EDSON, Wikney – Cartas à Minha Amiga

⁠“Eu escreverei, mesmo depois de você.
Você é o motivo da minha existência, mas não a existência do meu ser.
Eu escreverei, mesmo depois de você.
Eu escrevo para mim, escrevo para o mundo, quanto a ti, só lhe restou o meu amor por você.
Eu escreverei, mesmo depois de você.
Escreverei uma história com um outro alguém, e em cada face, tentarei te esquecer.
Eu escreverei, mesmo depois de você.
Talvez eu escreva até depois de mim, pois antes, só existe você.
Eu escreverei, mesmo depois de você.
Narrarei a aurora da eternidade, e descobrirei que nada nesse universo, goza de tamanha beleza, quanto você.
Eu escreverei, mesmo depois de você.
Quando eu vislumbrar a face do próprio Deus, e nem mesmo ele for capaz de conceder-me a devida inspiração, eu me recordarei de você.
E então escreverei, mesmo depois de mim, de nós, de você…”

⁠“Todo dia, morre um romântico na cidade.
A sua grande maioria, morre pela indiferença, uns de amor, outros de saudade.
Sinto, que aos poucos estou morrendo, morro pelas mãos da ausência, daquela beldade.
Rogo aos céus, para que ela não me mate.
Já não existe em mim, o pujar de outrora, aquele sentimento da puberdade.
O amor é como fogo, e quem não o alimenta, vai perdendo seu calor, a sua claridade.
Talvez, já não exista mais o brilho no olhar, talvez nossos corpos, já não mais baile ao som da valsa, da intensidade.
Sei que sangro, e ao coração que ama, fazer sofrê-lo, é maldade.
Aquele beijo, que a tempos me ressuscitaria, hoje, parece-me, rouba a minha vivacidade.
Hoje, encontraram meu corpo, frio, sem alma, sem ela, normalidade.
Hoje, estou morto, pois todo dia, morre um romântico na cidade…”

⁠"Toda vez que eu vejo a sua face, eu fico tentando encontrar ao menos um único centímetro de defeito, mas eu sempre acabo me perdendo na infinidade da sua perfeição.
Até hoje, tudo o que me causas, não tem noção.
Eu sou seu curador, curo tristeza, ausências, até mesmo, depressão.
Às vezes, eu queria ter até três, mas às vezes, me dá vontade de não ter coração.
Companhia é boa, ótimo é solitude, melhor? A solidão.
Eu tento lhe revestir, com o manto do perdão.
Mas só me existe o ódio, rancor, perdição.
Sua face, meu amor, cada centímetro do seu corpo, eu sei, é perfeição.
Eu tento, rogo, imploro, por um único beijo, um momento contigo, mas tudo é em vão.
Entre viver uma vida vazia, meu amor, eu prefiro viver, cada centímetro, da sua perfeição..."

⁠“Uma hora, a bebida acaba e a saudade aperta.
Uma hora, a mesa lotada, vai te deixar vazia e o que te fazia livre, se tornará sua cela.
Cada gole que dá, ao tentar afogar-me, só faz transbordar, a sua mazela.
Qualé o sentimento, que em seu peito impera?
Ódio, rancor, de amor, uma quirela?
Uma hora, a bebida acaba e a saudade aperta.
O seu abraço, por tantas vezes fora a minha paz, mas agora, parece-me, que o afeto é uma guerra.
Mas tudo bem, deixe estar, no fim são só palavras vazias, que o vento carrega.
A lágrima é fria e quando ela banha a minha face, não só o corpo, mas minh’alma gela.
O coração esfria, o tratamento muda, o carinho some e a indiferença impera.
E aquele amor, que um dia fora uma chama intensa, será somente cinzas, na fogueira dessa nossa novela.
O que tínhamos esfriou, nosso ardor era de causar inveja.
Eu sei que sente falta do abraço, diferente da bebida, a saudade não acaba, aquele abraço não existe, e o peito aperta…”

⁠"Sonhe comigo esta noite.
Cada lembrança de um dia, cada desejo de um beijo, um açoite.
Amada minha, sonhe comigo esta noite.
Não posso vislumbrar a sua ida, prefiro vislumbrar a morte, com sua foice.
Amada minha, sonhe comigo esta noite.
Tento narrar uma vida contigo, tento explicar tudo que sua paixão me trouxe.
Amada minha, sonhe comigo esta noite.
Queria que o nosso ontem, se tornasse o nosso hoje.
Rogo aos céus, para sonhar contigo, imploro ao Cristo, amada minha, que sonhe comigo esta noite..."

⁠"Eu realmente não me recordo, se estava quente ou frio.
Só me recordo daquela praça, nosso encontro, suspiro.
Lembro-me meu amor, de esquecer até o meu nome, quando vislumbrei a arcaica igreja e imaginei você saindo dali, de véu, comigo.
O pouco que me recordo, as vezes acho que é delírio.
Lembro-me do aconchego do abraço e da paz que me trazia, aquele seu sorriso.
Eu já me esqueci de viver, amada minha, e o fiz, pois, é só por você, que eu vivo.
Meu Sol, meu ar, meu girassol, meu lírio.
Quando a madruga vem, e me recordo de ti, percebo que, as nossas lembranças, poderiam ser tema de poemas, canções, mil livros.
Rogo, imploro, ao Logos, ao Cristo.
Um dia, um segundo, mil anos, você, comigo.
Lembro-me de tudo, dos nossos momentos, a ternura, os abraços pareciam-me abrigo.
As memórias são prisões, e os sentimentos, castigo.
Levou-me o calor da alma, e sua ausência só me deixou, o frio..."

⁠"São cartas.
Promessas vazias, conto de fadas.
São cartas.
Na noite fria, sem sua companhia, com suas falácias.
São cartas.
Palavras escritas, vida mal resolvida, no fim, só palavras.
São cartas.
Cartas escritas, tudo as escondidas, no seu jogo de cartas.
São cartas.
Loucuras vividas, os olhos transpiram, enquanto lhe escrevo, minha amada.
São cartas.
Cartas cartográficas, enquanto eu velejo, pelo turbilhão de suas águas.
São cartas.
Quando lancei-lhe minhas fantasias, eu as aprisionei, como cartas em garrafas.
São cartas.
No seu jogo, tens toda a minha alma, porquê pra você, as emoções, no fim das contas.
São cartas..."

⁠A política é um jogo de mentiras, onde o vencedor é aquele que melhor esconde as suas verdades...

Às vezes, o nosso melhor sonho é a nossa pior cela.
Amada minha, eu já abri mão do crucifixo e das preces na capela.
Abri mão da esperança, sei que a vida é só mazela.
Tentei enjaular meu coração, que às vezes é a própria besta; outras, fera.
Meus sentimentos, pensamentos, madrugadas, são dela.
Solitária vida, fria cela.
Amada minha, eu já abri mão dos orixás e da oferenda.
A razão e a emoção travam uma batalha e é minh'alma que se fere na contenda.
Você é meu destino, meu desejo; de outras vidas, minha senda.
Ela não sabe o que é amor, não sabe o que é amar, e meu eu, parvo, quer que ela entenda.
Rebusquei os rincões do coração e percebi que amor e ódio não tem diferença.
O problema é todo dela.
O problema todo é ela.
O problema são os olhos, o sorriso, que parecem terem sido pintados por Deus, como em tela.
Talvez tenha sido meus pecados que me afastaram dela.
Perdão, Pai, mas só consigo adorar a ela.
Amada minha, a única coisa que me fizera mais crente naquele crucifixo fora a esperança da grinalda e da chuva de arroz, enquanto tu desfilavas de branco, ao sair da capela.
Por isso hoje o meu melhor sonho é a minha pior cela...

⁠Ela se estremecia a cada toque.
Lembro-me do ébano da pele, que a cada beijo parecia dar choque.
A boca, que bosquejava meu corpo, parecia-me que ao deslizar pelo meu eu, fazia-me mais forte.
Sou Deus, demônio; sou pecado, sou bênção; do seu amor, escravo; da solidão, consorte.
Azar meu amar você, queria odiar-lhe, mas não tenho sorte.
Fiz o que podia, o que posso e você, fazer algo por nós, nunca pode.
Eu até tentei esquecê-la, mas ao aceirar minha labuta, recordo-me que ela se estremecia a cada beijo, a cada palavra, a cada toque...