Coleção pessoal de fannycrm

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Sempre tem alguém com quem tu se sente bem conversando, não importa o assunto, não importa a hora, não importa nada, só a pessoa com quem tá conversando contigo. Às vezes, essa pessoa não precisa nem exatamente conversar contigo, só te ouvir. O fato é que, com ela, tu se sente melhor.

Clarissa: Ninguém enche a cara na segunda-feira se não tiver um motivo.
Thom: Eu tenho: vontade de ficar bêbado.

Thom: Porque tu é a minha namorada.
E aí ela me disse o que eu, no fundo, já sabia. Só não queria acreditar.
Bruna: Eu não sou tua namorada.
Ela não disse de um jeito seco, nem grosseiro. Pelo contrário, disse em tom de tristeza. Minha garganta deu um nó, que me impediu de dizer qualquer coisa que eu quisesse.
Bruna: Eu não sou há muito tempo.
Ela gesticulava tentando me explicar como se eu fosse um moleque de 5 anos cujo cachorro morreu, e a mãe não sabe como explicar o que aconteceu com ele.
Bruna: Tempo suficiente pra eu começar a gostar de outra pessoa.

Não ia mais faze-la chorar, não ia mais precisar ficar me segurando pra dizer certas coisas perto dela, não ia me arrepender de fazer nada que a magoasse. Tudo aquilo tinha passado, de repente. Ela seria só mais uma guria bonita que eu peguei, e que por ventura me deu dor de cabeça. Uma guria bacana, mas só mais uma guria, como todas se tornaram com o passar do tempo.

Ela parou de tentar me deixar mais preto que a parede, e voltou a rir. Era uma risada muito boa, cara. Tipo ela ria quando a gente ficava sozinhos antes. Definitivamente aquela tarde já tinha alcançado o seu propósito, que era de fazer tudo voltar ao que era antes, com a gente se sentindo a vontade um do lado do outro. Melhor que isso até: se sentindo bem. Ela tinha os dentes pequenos e bem certos, e o olho muito azul. A marca de tinta ficava perdida no rosto branquinho dela. Acho que ela percebeu que eu brisei olhando pra ela, e parou de dar risada aos poucos. Encostei a mão no rosto dela pra limpar, e deixa-la ainda mais bonita. Ela olhou pra minha boca enquanto eu fazia isso. Não pensei duas vezes, não pensei em nada, só beijei ela o mais rápido que eu pude, antes que acontecesse algo que a fizesse me odiar de novo.

A Alícia merecia mesmo que eu a tratasse de um jeito melhor. Não era culpa dela se ela tava a fim de um escroto feito eu, e o mínimo que eu podia fazer era trata-la bem. Não entrava na minha cabeça como uma guria que há pouco tempo nem falava comigo já tinha chorado por mim duas vezes. E nós nem nunca ficamos. Engraçado que a Alícia é toda espertinha, até bate nos caras em festa se for preciso, responde de um jeito atravessado, e tal, mas chora quando o assunto sou eu. Acho que a gente tava na mesma. No meu caso, sempre tenho resposta pra tudo, e tenho noção que desbanco quem eu quiser com as palavras, mas ficava sem fala do lado dela às vezes.

Vai ficar me tratando mal, eu trato mal de volta, e bem pior.

Por que as pessoas queriam tanto saber da minha vida? Principalmente de quem eu gosto ou já gostei. Ou todo mundo era romântico demais ou eu era algum tipo de psicopata, sem sentimentos. Eu não precisava ter ninguém comigo, e nem por isso eu era infeliz. Não tenho ninguém no momento sem ser os meus amigos, e tê bem assim. Tô muito bem assim.

Voltei pra casa e fiquei no meu quarto, deitado do mesmo jeito de sempre, olhando pros mesmos pôsteres de sempre. Não tinha fome, nem sono, nem nada. Mesmo as dores no corpo de antes, já tinham passado. Minha casa tava vazia, tipo eu. Tive a sensação de que se o teto caísse sobre a minha cabeça, as coisas melhorariam.

Alícia: Aceita um chocolate, Thommy?
Aceito que tu suma, se for possível.
Thomaz: Não, valeu.

Quase sempre me frustro com as minhas expectativas, por isso prefiro não ser tão otimista na maior parte do tempo.