Tag verde
Poemeto
Ondas cantam no mar
em acordes de sal e sol
para a todos encantar
Acordes de sal e sol - metáfora criada pela autora
O vento canta um mantra
tão forte como um alarme
mas o vento não é pilantra
ele gosta de fazer charme
PABLO PICASSO
Na tela vasta do mundo, Picasso moldou sua visão,
Um cosmos de formas e cores, uma nova dimensão.
Em linhas e cubos, ele desvendou segredos profundos,
Revelando a alma humana em seus contornos fecundos.
Sua arte é um espelho, refletindo a diversidade,
Capturando a essência da nossa própria verdade.
Cada pincelada, um eco do caos e da harmonia,
Numa dança de luz e sombra, em perpétua sinfonia.
Do azul melancólico ao rosa tão vibrante,
Picasso explorou os matizes do ser, num instante.
Na guerra e na paz, sua tela era o palco,
Onde a vida se desdobrava em cada traço, em cada facho.
Entre minotauros e mulheres em chamas,
Ele desafiou convenções, rompeu com as tramas.
No abismo da mente, ele mergulhou sem temer,
Revelando os mistérios que só um gênio poderia entender.
Picasso, visionário, mestre do olhar novo,
Em suas telas, o universo encontra o seu renovo.
Sua cosmovisão, um convite à reflexão,
Sobre a beleza e a dor, sobre a vida em expansão.
EDVARD MUNCH
No crepúsculo sombrio da alma, Munch mergulhou,
Em um oceano de angústia, onde o tormento fluiu.
Entre gritos silenciosos e rostos distorcidos,
Ele pintou a agonia de um mundo dos reprimidos.
Em cores vibrantes ou em tons de sepultura,
Munch retratou a fragilidade da nossa ternura.
Em cada tela, um eco da dor existencial,
Um reflexo da alma em busca do transcendental.
Nas noites em claro, entre sonhos e pesadelos,
Ele desvendou os mistérios mais belos.
Onde a morte dança com a vida num eterno abraço,
E a melancolia se mistura ao viço do espaço.
Entre o amor e o medo, ele traçou seu caminho,
Explorando os abismos do humano sozinho.
Em cada pincelada, uma viagem ao desconhecido,
Onde o destino se revela no olhar mais perdido.
Munch, poeta do desespero, da solidão,
Em suas telas, encontramos nossa própria aflição.
Sua cosmovisão, um espelho da condição humana,
Num mundo onde a beleza e a dor giram numa dança insana.
A arte é o espelho que reflete a alma de uma sociedade, revelando suas verdades, dilemas
e aspirações.
Pensei eu,
Não ser doido,
Como vocês,
Logo, bem logo,
Fiquei mais doido,
Que todos os doidos,
Salve-me,
Dr Simão Bacamarte,
Recolhe-me
À casa verde,
Uma folha pode ser só maís uma na imensa floresta, mas acredite, são todas as folhas unidas em um propósito verde que formam a imensidão de vida e formas que nossos olhos contemplam.
Só quem ouve o som da cachoeira e sente o balançar das árvores ao vento. Só quem pisa a mansa relva e caminha na mata verde. Só quem vive a natureza com a alma, corpo e coração. Só quem sabe o que é o mato vai entender minha saudade, mesmo quando fico só algumas horas longe disso aqui...
Caminhava à esmo, catando conchas na praia. Gastava sua tarde manhosa, colorindo as rotineiras retinas de instigantes tons de verde e azul .
A arte mentalista retrata o destino, pintando nuances ocultas da vida humana, revelando verdades escondidas e mistérios que ecoam na alma de cada indivíduo.
CANÇÃO DO AGRESTE
Meu agreste tem beleza
que eu posso admirar.
Tem ar puro, natureza,
que eu só encontro lá.
Tem o verde, cachoeiras,
e também tem as palmeiras
onde canta o Sabiá.
Eu recebo o dom da vida, todo dia o sol se anima: então eu tenho que seguir; eu ergo a mão pro céu, vou cumprir meu papel, tenho na mão tudo o que eu aprendi. Eu não ligo pra tribulação, "Jah" conhece o coração, sabe que eu tô pronto pra agir; e aqui dentro do meu peito a vóz que eu ouço com jeito - me dizendo que é pra eu não desistir...
Eu sei que o dia que começa vai ser melhor do que ontem; e olhando bem, eu já tenho oque muitos não tem. Eu penso em tudo que "Jah Jah" me concedeu, vejo tudo o que eu vivi, ele nunca me esqueceu; e a gratidão: sinal de sabedoria, mas eu não vou ficar parado nem um dia; eu quero é mais do que Deus tem pra me dar; o inimigo da vitória nunca vai me ver chorar!
MANGUEZAL
Natureza na cidade,
onde posso respirar,
longe de toda fumaça,
com qualidade do ar.
O verde do manguezal
é o pulmão da capital,
onde sempre vou estar.
Rosa Verde 💚
A rosa verde é o segredo guardado pela natureza,
Uma metáfora viva do renascimento e da transformação,
Suas pétalas, em tons esmeraldas, expressam sutileza,
Um convite à contemplação e à conexão com a emoção.
Seu verde resplandece em meio às rosas convencionais,
Um lembrete de que a beleza pode assumir diferentes formas,
Ela nos convida a enxergar além do óbvio, em detalhes especiais,
A descobrir o extraordinário em meio às normas.
Uma rosa verde é o abraço da natureza à singularidade,
Uma mensagem de equilíbrio, harmonia e serenidade,
Uma declaração de que, mesmo em meio à diversidade,
A beleza floresce em toda sua intensidade.
Assim, a rosa verde nos convida a apreciar o incomum,
A aceitar a singularidade e valorizar a diferença,
Ela é a prova de que, no reino das flores, há espaço para o incomum,
E que a verdadeira beleza se encontra na autenticidade da existência.
.
Vem a leve chuvinha,
cai devagar em doce prece,
a natureza se esbalda
e verdejando agradece...
Pingos, pingos, pinguinhos,
chuva calma e persistente,
que devagar, bem de mansinho,
é para todos um grande presente
𝙄 𝘿𝙤𝙣'𝙩 𝘾𝙖𝙧𝙚!
𝙄𝙛 𝙔𝙤𝙪 𝘿𝙖𝙧𝙚!
Quanto aquele dia de sol...
Quanto aquele si bemol...
Quanto à razão de viver...
Quanto ao doer por saber,
Se serei o que sou contigo.
Uma trégua pro castigo,
Outrora meninice,
De um tal e qual quanto sei,
Se é que alguma vez pensei no que te disse...
Ou se na verdade precisarei,
Do gramado verde e da tolice.
Tal e qual como preciso agora,
Do teu olhar de meninice.
Ver naquilo que pensei
Não sabendo se me lembro no que algum dia eu te disse!
Enquanto penso se a verdade é ser só dois,
Rogo ao senhor da poltrona lá sentado,
Que me devolva a puerícia.
Com a magia do bater do seu cajado,
Rogo um indulto à razão de ser tolice
E dou por ser verdade,
Dou por ser castigo.
Dou a vida à humanidade,
Dou comigo a ser contigo,
Dou comigo a ser julgado.
Luto por ti com um martelo,
Contra a percussão
Do bater de um cajado!
De fronte para o ver:
Quantos de nós crescemos,
De costas viradas para o espelho?
Quantos de nós nos tememos,
Ao querer vermo-nos livres de vãos concelhos?
Sem vísceras que sobrassem,
Nem cargas que suportassem o arriar dos joelhos.
Enquanto no reduto forte de um chão,
Se esparramava um diamante em bruto...
Enquanto nas lezírias solitárias de um colchão,
Se esparramava a esperança em luto...
Enquanto no taciturno da solidão,
Se esparramava um pranto enxuto...
Enquanto outro bater de um outro coração,
Se dava ao luxo de subjugar estatuto!
Uma outra razão,
Sem razões pra dissabor,
Desconhecendo seu amor,
Recruto de pulsões,
Com medo e vergonha...
De ser chão,
De ser forte,
De ser reduto.
Absurdo!
Absoluto!
E nisto...
A flor de laranjeira,
Dá seu fruto.
Dá seu grito ao tempo!
Dá seu tronco,
Ao calor de uma lareira
E lugar...
À Romãzeira!
A Romãzeira cresce ser saber,
Que aquele lugar,
Já deu fruto.
Que naquele lugar,
Já teve luto
E que também ela um dia dará flor,
Cor de laranja!
O tempo,
Lugar ao fruto
E enquanto a gente que passa esquece,
O fruto aquece.
Fende
E revela-se por dentro ao espelho.
Seu escarlate vermelho,
Pende... sobre o gramado verde
E parece tudo uma tolice,
Daquelas que eu um dia disse
E aparecem risos e sorrisos,
Das lezírias caudais
E alegrias causais
Daqueles sentimentos,
Tamanhos tais!
And i don't care,
I won't care,
Fruto, flor e laranjeira,
É tudo arguto da mesma mulher!
If you dare!
I will care!
A lei do retorno é algo que Sara ou Fere. Que saibamos fazer um bom plantio, para que nossa a ceifa seja abundante.
Precisamos sempre acreditar em algo e nisto confiar. Que tal crer em um ser superior a nós e notá-lo quando nosso olhar de alma enxergar o azul do céu, o verde das montanhas ou o colorido das flores? Tudo isto é muito lindo e grátis para a nossa visão. São presentes de Deus para acalmar nosso coração.
Fotossíntese
Assim que a vida floresce, dissipa-se a névoa,
Sentimento de raiz, movimento de folha.
Aprofunda-se na terra, água e sais. Embriaga-se e se perde em si.
No tocar dos raios, folha e fruto,
A luz que amadurece o verde,
Alimenta a distância. Clorofila.
As folhas umedecem as margens.
Deixe-as,
Em silêncio, crescendo.
A luz não carrega limites. Transcende e vira sentido. Sacralidade.
Para a savana de herbívoros pastando,
Alimento. Para um rio sem correnteza, Continuidade.
Serve de abrigo nas copas,
Sombra em seus meios.
Em feixes e cores, no desabrigo de Imagens encontra-se o manto verde.
O meu amor é verde!
Uma bela flor em negro vaso...
É em todas as cores ver só uma;
É ser salvo, por quem nos afunda;
É o tanto, que sabe a tão pouco;
É o demónio em paz e o anjo louco;
É a angustia em protesto;
É o doce ser amargo e indegesto;
É o perto que fica demorado;
É ser maquinista desgovernado;
É o riso tremido;
É gritar sem ser ouvido;
É não ter asas e voar;
É ver mas também é cegar;
É ficar tolo e ajoelhado,
Não saber o que é certo ou errado;
É o coração que fica refém
Da rosa que vai e do beijo que vem;
É por vontade ser acorrentado;
É ser verde e aprisionado
Ao universo que quer juntar,
Até quem já tinha deixado...
De acreditar!
Nesta calçada da prosa aqui digo,
Sentindo frio, sede e dor constante,
Que verde é o meu castigo...
E é por tudo isto que doravante,
No meu universo profano,
O meu amor é marciano...
Talvez verde e com antenas...
... como eu...