Tag sertão

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Retrato de uma flor

Tão delicada era, que muitos julgavam ser feita de porcelana. Finos traços faziam dela única. Exoticamente bela simples era ela. Parecia pintada a mão, feita por um hábil artesão. Se dela fosse tirada uma fotografia, muitos diriam que aquela pequena rosa, era frágil, e só podia ter brotado na mais bem cuidada estufa. Mas só bastava, que o fotógrafo desse uns passos para traz, e capturasse o cenário no qual crescera a ternura. E todos se espantariam. Como é possível tão bela flor no sertão?

Inserida por Rnb

O sertão queima. Como se fosse coração apaixonado, como dor ainda não cicatrizada, como amor que por medo em segredo foi mantido, sempre tido mas nunca correspondido.

Inserida por CristianDeFreitas

NO SERTÃO.

Meu pedaço de herança
nossa terra, nosso chão
da semente que se lança
pela porta do sertão
nasce o fruto da esperança
que alimenta a plantação.

Inserida por GVM

Segue o sonho...

Desistir, no dicionário nordestino
é uma palavra que está em extinção
no sertão o cabra aprende de menino
que vem da terra a base da sustentação
e a esperança sempre foi um dom divino
que segue o sonho em cada palmo desse chão.

Inserida por GVM

A CAATINGA AMANHECEU EM FLOR

Você falou que iria voltar, para mim.
Você saiu e levou o sol.
Você guardou as estrelas, para se lembrar.
Quando eu fui tua mulher


Aqui nunca mais há luz
Aqui nunca mais foi dia
Ninguém veio terminar
O que na noite enfureceu

Você sumiu
E, a lua foi visitar o sol.
E deste amor veio o arrepio

Você me amou na cama
no nosso altar
E levou a menina, que vivia em mim.

Você brincou com meu coração
Me aprisionou na sua história
Cansada de esperar:
Morri para mim.

E de tanto chorar dissolvi em lágrimas o meu sofrer
Umedeci rio, alimentei a dor.
Transformei a caatinga em flor

Matei a sede
Da minha alma
E, a caatinga amanheceu em flor.

Meu mar invadiu o sertão
Deu cheia no rio
Meu mar invadiu o sertão


Umedeci rio, extravasei a dor.
Transformei a caatinga em flor

Inserida por AngelicaRizzipoeta

Vida Nordestina

Sou movido pela vida nordestina
Combustível inesgotável do meu ser,
Tenho a fé que um dia vai chover
Pra nascer de novo à plantação,
E colocar toda a fé no coração
Desse povo sofrido e humilhado.
Já escuto o vaqueiro apaixonado
Aboiando a canção do meu sofrer.

Minhas forças já estão quase esgotadas,
Foi embora minha saga e minha sina,
Sempre espero uma ave de rapina
Pra levar pra longe meu penar.
Um pouquinho de água pra tomar
É o fim da vida nordestina.

Inserida por Blogdomarcioalves

DEIXE-A CAIR!

– Mamãe, você está chorando?

Mesmo disfarçando ela percebeu. De mãos dadas na porta de saída do restaurante, observávamos a chuva que havia iniciado e nos impedia de seguir.

– Sim, meu amor, mamãe está ficando velha e boba e se emocionou com a chuva. – Reparei então, pelo seu semblante, que não havia entendido bem a minha resposta. Continuei: – Chuva é riqueza para nosso povo tão pobre de água.

– Mamãe, mas estamos sem guarda chuva. Como chegaremos até o carro? Está bem forte. – Alertou a minha pequena, sempre tão prática e racional, e naquele momento também preocupada com o horário do prometido cinema.

– Não se preocupe, filhinha. Para a chuva, temos todo o tempo do mundo. Deixe-a cair! O Sertão está com tanta sede… E vê-la assim, tão densa, é bem melhor do que qualquer filme, tenha certeza.

Nesse momento, ajoelhei para ficar da sua altura. Eu poderia ter só me abaixado, é verdade, mas era de joelhos que todo o meu Ser queria estar naquela hora.

Na perspectiva visual da minha menina, pude observar ao longe um grupo de jovens em algazarra tomando banho na chuvarada, gritando, cantando, dançando e pulando poças. Nos edifícios, várias pessoas debruçadas nas janelas, sorrindo e observando a água cair. Os carros passando, vagarosamente, vidros entreabertos e os “caronas” com as mãos para fora (pelo jeito buscando sentir as grossas gotas ao encontro da própria pele).

Um senhor que passava ali portava um guarda chuva fechado (e não parecia ter a intenção de abri-lo), e o vi pedir muito sorridente um “saquinho plástico” ao garçom do restaurante que estávamos, decerto para proteger o celular enquanto enfrentasse o aguaceiro. Cada um demonstrando a sua emoção de um jeito diferente.

Continuamos ali paradas por mais alguns minutos, abraçadas, nos deliciando com o cheiro, o som e a visão daquele precioso evento, que alegrou sobremaneira o nosso domingo.

Inserida por nivea_almeida

Sou filha de "pobre" com muito orgulho, a maior pobreza é a interior.

Inserida por Nobregiara

Com a beleza de uma flor
Que cresce nesse chão
Sertania é a princesa
E o seu trono é o sertão

Cidadezinha pacata, onde o comércio fecha para o dono ir almoçar
E sempre quando morre alguém, o carro passa na rua pro velório anunciar

Refrão

Quando se anda pelas ruas, não se vê ninguém com pressa
E o povo ainda se encontra, em praças, velório, nas novenas e nas rezas

Refrão

Se você não acreditou, que venha logo ver
No coração de Sertânia cabe a mim e a você
No coração de Sertânia cabe a mim e a você

Refrão

No coração de Sertânia cabe a mim e a você
No coração de Sertânia cabe a mim e a você

Inserida por heldercruzh

A seca no sertão.
A vida do sertanejo
É um misto de sonho e desejo em cada coração
Do berço ao túmulo, a ferida que amargura é a sua vida dura a cada passo do dia no sertão.
No Nordeste brasileiro, a vida do sertanejo é embalada pelo enredo de viver uma vida sem medo diante da seca do sertão.
Sua fé em nosso Senhor o faz suportar a seca e o calor que lhe trazem morte e dor, devido à falta de água que lhe angustia a alma em uma vida de horror.

Inserida por fernando_sylon_roy

"Serra seca,
Serra molhada,
Serra avistada, pelo coração do cangaço.
Serra trabalhada, no suor do mormaço.
Serra inquieta, com suas terras pulsantes.
Aguardando a chegada da água da vida.
Oh serra querida, calmamente espera.
Seu ciclo de vida!" - Adriana Assali

💜💙💜

Inserida por raiodeluzsp

Como não ser grato a Deus por toda chuva derramada em meu sertão.

Inserida por Nobregiara

Eu sabia que seria assim. Como o sol que se põe e dá lugar a noite sem lua. Seria frio como o inverno. Triste como o canto da acauã trazendo a seca para o sertão. Eu sabia, eu sabia...

Inserida por tainacrz

NORDESTINO

Já fugi da terra batida e seca, como meu parceiro, o alasão;
Fui para outros campos pra buscar melhor condição;
Era triste a miséria naquele tempo de aflição, só pedia a DEUS todo dia " Óh! Senhor tem compaixão".

Hoje aqui não deixo mais, EU voltei ao meu SER-TÃO,

Inserida por Paulenriq

Ser eu é ser tão ressecado.

Inserida por jacm

Luzes de um Ser Tão imerso


As luzes brincam de sertão
A saudade brinca de gangorra
Às vezes dói, vez em quando vêm alívio
A saudade é a flâmula do desejo de estar

O pai a léguas de distância então
Exalta a resignação forçada
a estar em uma feliz solitude
Tresloucada mordaça em contos de fada

Um vão suspiro - de alívio ou solidão
Enternece o pai distante não por querer
A causa vence efeitos, júbilos, grãos

Assim as luzes podem - e devem
Brilhar mais na seca paisagem
Brincar por raras folhagens
E brincar como seres fortes que são

Tão ser...

Luciano Calazans. São Paulo - SP, 13/09/2015

Inserida por Maestroazul

Tenho um lugar,onde me lembro bem,lá só se chega de trem,lá tem cercado de madeira e casa de barro,para se locomover tem carro de boi e cavalo,tem rios com peixes demais da conta,histórias e personagens que até se perde a conta,tem amigos,parentes,pessoas humildes,mas felizes e contentes,há aquele lugar.
Deixei de lembrar e peguei o trem cheguei no lugar,quase não vi ninguém,os carros de bois e os cavalos foram trocados,por veículos motorizados,as historias perderam seu personagens,por culpa da tal tecnologia,os rios secaram,peixes já não tem mais,os filhos se foram só ficaram os pais,mas quando olhei de longe,bem longe avistei uma casinha,feita de barro,e por cima saia uma fumacinha,cheguei mais perto e vi em uma cadeira,enrolando um cigarro e sua senhora por companheira,cheguei mais perto e pedi a bença,e perguntei o senhor lembra de mim? ele olhou em meus olhos e me disse assim,o tempo passou aqui tudo mudou,mas nunca esqueci do meu filho que saiu daqui dizendo virar doutor,meu filho amado não quero saber sua profissão,mas abrace seu velho,que junto da sua mãe fizemos oração,todos os dia para que o senhor lhe desce proteção.

Inserida por Helderbrandao

Tarsila
Toda mulher nordestina
é desde menina
um pouco da Maria Bonita
cabelo com laço de fita
linda, delicada, guerreira
uma princesa do sertão
no jogo da capoeira
supera qualquer lampião.

Eu queria ser artesão
Esculpindo bonecos de barro
Como aqueles que um dia vi
No museu do cais do sertão

Mas essa vontade passou
Foi-se com a praticidade
E depois já não muito tarde
Pensei em tocar violão

Mas não me atentei a canção
Nas cifras perdia a noção
Das notas esquecia o refrão
Nas cordas me via sem mãos

Só me restou pensar novamente
Talvez eu praticasse repente
No mais eu pensei brevemente
E logo encontrei um caminhão

Agora me resta somente
Um terno dentro de um caixão
Preso debaixo da terra
A sete palmos do chão.

Inserida por alvaro_de_azevedo

IN CANTOS

Canto nu, uirapuru
Canto lá , sabiá
Canto não, azulão
Canto, embaraço, sanhaço
Canto sim, papa capim
Canto mal, ó cardeal
Galo da campina
Minas, esquinas
Passarinho em sua sina
Canto só, sem voar mocó
Sai do peito, Assum preto
Canto otário, me salva o canário
Belga ou da terra
Do céu e das nuvens
Bel canto em esperanto
Canto nu, urubu
Versos emplumados
D’alma inquieta
Espinha não ereta
Que jaz em uma cama
Um quarto
Assobio sem sucesso
O espólio do das penas
Pena.

Luciano Calazans. Serrinha, Bahia. 22/12/2017

Inserida por Maestroazul

Bendito seja o sertanejo esperançoso, esgotado, ainda que de tanto trabalho.
Não desanima da labuta na terra, na alegria de plantar pra comemorar seus frutos como dádiva divina.
Satisfeito do seu cansativo dia, o sertanejo retorna pra casa com seus cestos fartos de frutos de um abençoado trabalho de um humilde sertanejo que aprendeu com a terra a dignidade do trabalho.

Inserida por marcio_henrique_melo

SERTANEJO

Nunca escrevi sobre gado
Boiadeiros ou canhões
Plantadores de feijão
Pisadores de arroz
Só escrevo
O que as folhas pedem
Lembro que chorei ontem
Debaixo do jenipapeiro
Sentada sobre as folhas
Usando fraldas de pano
Eu cabia na palma da mão
Hoje ainda caibo
Mas me recuso
Estar nas mãos
De quem quer que seja.

Inserida por adyla_maciel_emediato

Sou do Nordeste
Nordestino sim sinhô
Nascido nas bandas do sertão
Mas tome cuidado e preste atenção
Que eu posso ser matuto,
Mas besta eu num sou não!
Ser do interior, nunca me fez inferior,
Muito pelo contrário...
Eu sou de uma terra arretada
Que bem pertinho de mim nasceu Lampião e Luiz Gonzaga. é...
Berço cultural, terra de gente criativa
Foi daqui que saiu Castro Alves, Ariano, Patativa, e muitos outros que nesses versos nem iriam caber!
Eu sou de uma terra riquíssima
De coisas que o dinheiro não pode comprar
De lindas paisagens, vasta cultura, de um sotaque gostoso e da culinária que é apreciada em todo lugar!
Pra num ser tão demorado
Ligeirinho vou te explicar
Deus caprichou, fez tão caprichado
Que o Nordeste é tão bom, que consegue ser tudo de bom, e ainda sobrar um bocado!

Inserida por CarlosFilho

Eita saudade estranha, que fere, que arranha, mas que desaparece como se nenhuma saudade tivesse.
Eita desejo sem rumo a procura de um norte, mas indo pro leste tentando encontrar o sertão do Nordeste.
Eita confusão danada, ora malvada que a mente enlouquece e em minutos desaparece.
Eita sabor do seu beijo que ainda imploro se saudade tivesse no sertão do Nordeste que confusão danada.
Eita!

Inserida por JEMillanez

Para quem não acredita em milagre, é só vir para o nosso sertão e presenciarem em loco os milagres da natureza.
Só basta cair algumas poucas gotas de chuva para o cinza se tornar verde e a vegetação aparentemente morta revitalizar-se, colocando sorrisos nos cantos dos pássaros e nos rostos dos sertanejos.

Inserida por DiogoMaiaAlencar