Tag sertão

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⁠Quero sair da cidade
Pro sertão vou viajar
O botão do paletó
Quero desabotoar
Calçar a minha chinela
Ver o campo da janela
No roçado descansar

Inserida por RomuloBourbon

⁠A vida é muito boa
Para deixar de ser vivida 
Não deixe que uma ferida
Te tire do rumo da proa
Não deixe que uma pessoa
Venha seduzir demais  
Não autorize jamais 
Que uma coisa negativa
Impeça a perspectiva
E atrapalhe seus ideais.

Inserida por fabioalves63

⁠Deus concedeu ao homem
A proeza que ele tem
Deixando que nos diplomem
Para sermos pai também 
E esse foi o maior bem
Não tendo outros iguais 
Deus permitiu aos casais 
Dispor do pujante brilho 
Que é conceber um filho 
Logo, "Feliz Dia dos Pais"

Inserida por fabioalves63

⁠O destino pôs a gente
Para cruzar o olhar
E igual a adolescente
Faltou coragem pra falar 
A timidez atrapalhou 
Quando o olhar paquerou
O meu olhar o olhar dela
E a vergonha não deu trela
Para uma conversação 
Porém a imaginação
Só me faz pensar nela.

Inserida por fabioalves63

⁠⁠Tu tens a boca tão linda
Mas, seu olhar fala poesia
Cada olho tem a magia
Que a tonalidade brinda
E te digo mais ainda
Teu olhar tem a sedução
Que na mira da visão
O cabra perde o sentido
Pois a flecha do cupido
Acerta o coração.

O seu rosto é perfeição
Seguida da pele macia
Quantos beijos eu daria
Se em uma ocasião
Com o desejo e paixão
E todo esse frisson
Debaixo d'um edredom
E a língua na sua orelha
Chegasse à boca vermelha
Para arrancar seu batom.

Inserida por fabioalves63

⁠Tua boca encantadora 
Provoca água na minha 
E você nem adivinha 
Que és a inspiradora 
Como também detentora 
Desse meu verso singelo 
O seu nome eu não revelo 
Para causar impressão 
Porém no meu coração 
Você já bateu o martelo.

Nossa amizade é o elo 
Que faz uma conexão 
De um dia essa paixão 
Rabiscar um paralelo 
Daí o relato mais belo 
Despontará com primor 
Pois eu darei o valor 
Todo que você merece 
E o meu peito de alicerce 
Para edificar o amor.

Inserida por fabioalves63

⁠Sou nordestino da gema
Que a faceta traduz 
Sou nordestino de força 
E acredito na cruz 
Sou nordestino de fé 
Sou tomador de café 
Idem comedor de cuscuz.

Eu peço sempre a Jesus
Que nunca venha faltar
Comida na minha mesa
Ou em qualquer outro lar
Eu oro e peço pelo irmão
Que nunca falte no coração
A tal vontade de amar.

Inserida por fabioalves63

⁠Muita expectativa
Acarreta frustrações
No mundo das emoções 
Esta forma negativa 
Atrapalha e desmotiva
Inúmeras convivências
Então tenha paciência
Vá devagar com as pessoas
Não se estresse á toa 
Pra não perder sua decência.

Inserida por fabioalves63

⁠A lágrima te ensina
O valor de um sorriso
Aonde o tempo é preciso
Ao alcance da retina 
Mas um dia ele termina
Ligeiro igual trovão 
E o efeito da tua ação
É o que faz você colher 
Felicidade ou sofrer 
Para o seu coração.

Inserida por fabioalves63

A vida é simples
De uma ternura requintada
No brilhantismo da estrela d'alva
Serenando o horizonte da madrugada.

A vida é requintada 
Pelo sabor das iguarias da dona de casa
Na poesia do boiador que invade
Os campos poetizados de saudades

A vida é abençoada 
No terço desbulhado de piedade
No "Deus me livre" do pecador inocentado
Nos benditos das beatas do rosário

A vida é uma fascinação 
No melaço das abelhas sem ferrão
Dá água gelada em alumínio ariado
No beijo acerteiro dos enamorados.

A vida não é ilusão 
Nas mãos que arrancam legumes do chão
Na bravura de Maria queimando o carvão
No suor de meio dia esperançando o trovão.

A vida seu caba é o hoje de um agora mais não. 

Geraldo Neto

Inserida por gnpoesia

⁠↠ Catopês ↞
.
Dança, ritmo, até mesmo um batuque,
Conto um folclore de Minas Gerais, antes que eu caduque.
Há 170 anos, Marujos, Cabloquinhos e Catopês
Os festeiros cantam em frente a minha casa de sapê.
.
Em Montes Claros, no mês de agosto
O povo humilde toma o seu posto,
De reis e rainhas, príncipes e princesas, imperador e imperatrizes
E em uma mesma folia, a origem das suas raízes.
.
Homenageiam o Divino, São Benedito e Nossa Senhora
Os Santos atendem as preces, sem demora,
Cada fiel com sua roupa: bonitos, alegres, porém pobres
Com chinelas ou descalços, porque não tem cobre.
.
Carregam na voz a suas maiores riquezas:  a sua tradição,
A crença na religião, o sacrossanto de devoção,
Ser escola e ter a história como convicção,
E manter esta cerimônia sem fim, no coração.
Que seja ad aeternum a cultura deste sertão!

Inserida por clickinview

⁠Se Jesus voltar pra terra
É melhor tomar cuidado,
Pois Tenho visto Cristãos
Em partido coligado.
Desesperado por grana
Confunde fé com a gana,
Que é comum nos marginais.
Pregando a devacidão
O Deus do seu coração,
É as redes sociais.

Inserida por LeoPoeta

No centro do sertão, o que é doideira às vezes pode ser a razão mais certa e de mais juízo!

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
Inserida por pensador

Sertão é isto: o senhor empurra para trás, mas de repente ele volta a rodear o senhor dos lados. Sertão é quando menos se espera.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
Inserida por pensador

Sertão é o sozinho.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
Inserida por pensador

O sertão é sem lugar.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
Inserida por pensador

O sertão é do tamanho do mundo.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
Inserida por pensador

⁠Cada vez que retorno e passo nela
O passado revivo na lembrança,
Tantas coisas do tempo de criança
Mãe botando no fogo uma panela.
Sobre a mesa com fruta uma tigela
Eu cresci sem saber o que é ganancia,
Violência, bandido e intolerância.
Mas cresci e a idade me deu asa
TEM LEMBRANÇA VAGANDO PELA A CASA 
ONDE UM DIA VIVI MINHA INFÂNCIA. 
(Léo Poet)
*
Mote:Belchior

Inserida por LeoPoeta

⁠O sertão é um lugar de grandes guerreiros, onde a resiliência e a coragem já vem no ventre da mãe.

Inserida por Claudinhocastrope

⁠Simplicidade 


Simplicidade é uma virtude
Que não se vê facilmente
Mas ela é um atributo
Que deveria estar presente
Na vida de todos nós
Dentro do coração da gente

No ser humano que é simples
Não lhe falta maturidade
Para enxergar toda a grandeza
Com muita facilidade
Que existe no que é pequeno
Pois tem sensibilidade

Quem carrega a pureza
E conhece a humildade
Tem um grande coração
Que é cheio de bondade
Certamente em sua essência
Existe simplicidade

Por conhecer a nobreza
Que a simplicidade oferece
E também toda beleza
De alguém que nunca esquece
De ter um coração grato
Pois isso lhe enriquece

Não de bens materiais
Que um dia irão perecer
Mas de valores reais
Que irão fortalecer
O carácter e a essência
Que existe em você

Por isso quer um conselho?
Cultive a simplicidade
Como um valioso tesouro
Sem data de validade
Por que isso com certeza
É riqueza de verdade.

Inserida por NeliFrutuoso

⁠Me chamaram de poeta

Me chamaram de poeta
Mas poeta eu não sou
Em outras ocasiões
Me chamaram de cantor
Que gosta de poesia
E canta versos de amor

Eu cantei a primavera
O outono e o verão
O inverno ficou frio
Eu fiquei sem opção
Mas pra completar a rima
Eu vou cantar o sertão

Canto o galo de campina
A coruja e o bem-te-vi
Admiro a seriema
O cancão e a juriti
Que canta na capoeira
Lá na Serra do Oiti

O canário gorjeando
No pé de jacarandá
Tem a graúna que canta
Lá no pé de jatobá
Fazendo a sua homenagem
À majestade o sabiá

A abelha italiana
O inxu e o inxuí
Capuxu, abelha branca
A Cupira e o jati
Maribondo e jandaíra
O breu e o munduri

Tem o peba de carrasco
O preá e o tatu
O veado que desfila
Lá na Serra do Ipu
Tem o gato macambira
E o porco caititu

O sertanejo que brilha
Vivendo nesse lugar
Colhendo os frutos da terra
Curtindo o raio solar
Admirando a riqueza
E a cultura popular

O vaqueiro nordestino
Que vive a se destacar
Tocando a sua boiada
Nem tem tempo pra sonhar
E um violeiro cantando
Num galope à beira mar

Na sombra do juazeiro
Eu paro pra descansar
Apreciando a beleza
Que mora nesse lugar
Se aqui eu tenho tudo
Para que me aventurar?

Vivo de agricultura
Meu amigo, o que qui há?
Já estou aposentado
Para que me preocupar?
Vou armar a minha rede
Depois vou me balançar

A cidade é muito boa
Eu aqui e ela lá
Não quero a proximidade
"Pra mode" não me estressar
Daqui para o fim do ano
Eu irei lhe visitar

Sou sertanejo "de vera"
Já dá pra você notar
Moro aqui no sertão
Nem preciso explicar
Por isso eu digo e repito
Esse aqui é meu lugar

Inserida por AntonioFerreira

⁠Do leite como coalhada
Do porco, sarapatel 
Cachaça, tomo um tonel
Do coco, uma cocada
Do bode, como buchada 
Da mandioca, a farinha
Panelada de galinha
Não dispenso um pirão 
Tapioca e um baião
Com a carne bem sequinha.

Inserida por fabioalves63

No sertão 

⁠O céu sem nuvens, e lá no alto o sol quente escaldante.

Depois de muitas e várias pequenas jornadas,o caboclo sem embargo da fome e sede que
sofreram, caminhando de pés inchados, sobre um solo ardente, até chegar no terreno, que seria sua futura plantação 
A cavadeira caiu de novo, cavando fundo, enquanto pela face do sertanejo duas
lágrimas desciam vagarosamente, lembrando Maria.
Houve novo silêncio.
Caía a noite. 
O caboclo tomou o mourão
depositou na cova com o mesmo cuidado como se o fizesse numa cama.
No fim da tarde já quase noitezinha.
Caboclo
dirigindo-se para o rancho, pensava em Maria.
Não era, entretanto, só o sentimento de compaixão que agora oprimia a alma
generosa do caboclo.
 No seu entender, parecia estar estonteado por uma coisa feita.
O lindo semblante da Maria e o seu olhar de uma doçura infinita exaltavam a
imaginação do serrano com tal intensidade que o obrigavam a evocar a lembrança
do olhar da Nossa Senhora mãe de Jesus.
Se visse de novo a Maria, pensava ele, perderia de todo a cabeça e
casar-se-ia com ela.
 Como devia ser amorosa e boa! No mais, a miséria é que não a
deixava parecer mais bonita.
Quando assim meditava o caboclo, ouviu um dos seus camaradas, que voltava
da arrumação, cantar de voz solta, na toada dolente, uma canção triste que vinha do fundo do coração, eu cá fiquei a imagina, será que esse sertanejo ama igual a meu amor por Maria, ah eu duvido meu senho!!!
Amor igual o meu ninguém amara não meu senho.

Chegado ao rancho, o caboclo José não pôde cear. 
Tomou apenas um golezinho de
café, acendeu um cigarro de palha, que o amigo lhe deu, e estendeu-se na velha rede. 
Apesar de toda a energia
empregada para calcular os negócios, e pensar nas riquezas sertão, ali só tinha miséria, mas sonhava com um parreiral , e de repente só uma
idéia sobrenadava, a obsidiar-lhe a mente. 
Maria surgia-lhe do fundo da memória,
cada vez mais formosa.
Levanta e segue, senta num banco, à beira do fogo, ralhava na violão.
Ao longe ouviam-se rezas de velório em um rancho de retirantes.
Somente pela madrugada o caboclo adormeceu.
Ao alvorecer, caboclo estava de pé. 
Em tempo de verão, é a hora mais
aprazível do dia, na região das videiras. 
O ar fresco e puro, o aroma silvestre e
indefinível, que se respira, restituem ao organismo combalido as energias precisas
Ao levantar-se vai ao banheiro, e sua mão trouxe-lhe água para o rosto, lavar e, após, o
Bule de café, que ele, como paulistano de gema, sorveu vagarosamente, aos
goles poupados, como pratica o experimentador de vinhos. Após o último gole,
levantou-se do banco, deixou , puxou da bainha faca,
picou fumo, que esfarinhou entre as palmas, prendendo a faca, de ponta para cima,
entre o polegar e o indicador; depois do que, apertando o fumo picado na mão
esquerda, cortou uma palha de milho e pôs-se a alisá-la, demoradamente, como que
absorvido num pensamento profundo. Não era acostumado a isso na cidade, mas fazia com fosse um cortejo religioso, para esquecer Maria que era de outro na capital.
Dominava o silêncio do ermo. Os vizinhos meio distante dali, tinham partido a campear,
desde as primeiras horas do dia.
Para caboclo e o esse silêncio era apenas interrompido pela
fervura do caldeirão da feijoada com toucinho e pernil que ali preparava p o dia de sábado.
 O caboclo continuava a
meditar.
 Depois de sorver algumas fumaças do cigarro, sentiu certa lassidão, que o
obrigou a sentar-se.
Quando os primeiros raios do sol iluminavam as cristas das serras do poente,
ouviu-se o som de um pássaro o inhambu e as conhecidas vibrações do solo, indicando um novo dia.
Em poucos momentos ouviram-se assobios e gritos longes, dos
camaradas, tangendo a tropa.
Depois continuo a narrativa de um homem da cidade que virou um caboclo, perdido no sertão.
Autor desconhecido 

Inserida por josemaurorm

Carcará é malvado, é valentão
É a águia de lá do meu sertão

João do Vale

Nota: Trecho da canção Carcará.

Inserida por pensador

Lá no sertão, quase ninguém tem estudo
Um ou outro que lá aprendeu ler
Mas tem homem capaz de fazer tudo, doutor
E antecipa o que vai acontecer

João do Vale

Nota: Trecho da canção Oricuri (O Segredo do Sertanejo).

Inserida por pensador