Reagir

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Responder é positivo, reagir é negativo.

Uma obra de arte deve levar um homem a reagir, sentir sua força, começar a criar também, mesmo que só na imaginação.
Ele tem de ser agarrado pelo pescoço e sacudido; é preciso torná-lo consciente do mundo em que vive, e, para isso, primeiro ele precisa ser arrancado deste mundo.

O desespero acalmou, virou uma tristeza amistosa que me impede de reagir, me impede de fazer planos, me impede até de sofrer - ela simplesmente me entorpece, imobiliza, é uma espécie de anestesia.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Fora de Mim. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2010.

O bom gosto é a capacidade de reagir continuamente contra o exagero.

Ninguém mais pode decidir como você vai reagir...
Cada um deve marchar ao som de seu próprio tambor.

AGIR versus REAGIR

A pessoa inteira é um ator, não um reator.
O colunista Sidney Harris conta uma história em que acompanhava uma amigo à banca de jornais.
O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.
Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo de Harris sorriu polidamente e desejou um bom fim de semana ao jornaleiro.
Quando os dois amigos desceram pela rua, o colunista perguntou:
"Ele sempre te trata com tanta grosseria?"
"Sim, infelizmente é sempre assim".
"E você é sempre tão polido e amigável com ele?"
"Sim, sou".
"Por que você é tão educado, já que ele é tão indelicado com você?"
"Porque não quero que ele decida como eu devo agir".

A implicação desse diálogo é que a pessoa inteira é "seu próprio dono", não se curva diante de qualquer vento que sopra; ela não está à mercê do mau humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiava dos outros.
Não são os ambientes que se transformam, mas ela que transforma os ambientes.

[...]

Olha, evite arrastar um relacionamento moribundo. Sempre é melhor reagir, partir pra outro do que arrastar, arrastar.

O que aprendi com meus relacionamentos anteriores.

Aprendi a reagir e não tolerar um relacionamento quando a impossibilidade do diálogo se instala, quando o medo de dizer algo, qualquer coisa que seja, se imponha, sufocando a liberdade de expressão e de sentimentos.
Aprendi a não deixar a tirania se instalar na minha vida. Aprendi a distinguir dúvidas de certezas, bastando para isso, não dar créditos para as lindas palavras que não se lastreiam em atitudes.
Aprendi que o amor é sentido dentro de nós e valorizado nos atos. Aprendi a diferenciar quando estou sendo amada de quando estou sendo usada e manipulada. Aprendi a superar minha carência. Aprendi a "enxergar" e ter força e coragem para me despedir de situações que tanto mal e tristeza me causam. Aprendi a ficar longe de misóginos.
Aprendi a me amar.
Aprendi mais sobre mim mesma.

O amor no fim é frágil, frágil para reagir, forte para esquecer.

Ser reacionário é reagir da maneira mais intransigente e hostil à ambição diabólica de mandar no mundo.

E quando escutar um samba-canção.
Assim como: "Eu preciso aprender a ser só".
Reagir e ouvir o coração responder:
"Eu preciso aprender a só ser."

De mulher para mulher, aprendi vendo e vivendo.

Aprender, decidir e reagir: temos força, podemos. Podemos e devemos, mas nem sempre conseguimos.

Não ature gente, quem quer que seja, que não lhe retribua o bem que você lhe faz. Esqueça quem não se lembra de você. Lembre-se sempre de você.

Não dê importância a quem não é importante; você vem em primeiro lugar. Lembre-se sempre disso ou aprenda o mais rápido possível antes que alguém a convença do contrário.

Ame-se, valorize-se e respeite-se. Que seu sim seja sim, e que seu não seja não. Não dedique seu tempo a algo ou alguém que não valha a pena; isso é simplesmente perder tempo.

Não tenha medo da solidão. Não existe solidão pior do que a solidão acompanhada ou mal acompanhada de amigos e amores. Sinta-se feliz em ter o suficiente, mesmo que pareça pouco ou quase nada, mesmo que, no final, seja apenas você consigo mesma (talvez o mais difícil).

Mas vale um amigo sincero do que uma lista deles que não serve para nada. Nem eles, nem a lista. Mas vale estar sem um amor do que dar amor a quem não lhe corresponde (dói, mas é a pura verdade). Seja do jeito que for, você não precisa disso, acredite.

Sua felicidade não está fora de você, ela não depende de ninguém. Imponha limites, até a você mesma. Não dê demais esperando retorno, geralmente não vem, e você apenas se esvazia ou se enche de expectativas geralmente frustrantes.

Não caia na armadilha daquelas que acham que, para ter alguém, é preciso dar seja do que for. Aprendi que amar não é dar sem querer nada em troca; não se engane, isso é blá, blá, blá. A gente sempre espera receber de volta; o resultado disso são as cobranças.

Não tenha medo de perder alguém; se você perdeu, é porque não tinha, ou depois vai descobrir que, na verdade, você ganhou. Alguém te perdeu. E por isso, perdeu muito! Acredite nisso, é importante para que você não se perca de você mesma e surja diante de alguém sem saber nem mais quem é você.

Tenha suas próprias ideias, pensamentos e atitudes. Não deixe as do outro sobrepor as suas, não quando isso mais parecer um ato de sequestro cujo único objetivo é lhe tirar os seus direitos ou lhe roubar sua personalidade.

Fora isso, aprenda a respeitar para ser respeitada. Isso deve ser lei em qualquer área da sua vida. Acredite, resolveria a maior parte dos problemas da humanidade.

O amor deve ser uma via de mão dupla; é troca. Saiba dar, mas aprenda a receber, e a receber não o que querem lhe dar, mas o que você realmente precisa.

Não se utilize de joguinhos nem de máscaras. Os joguinhos um dia perdem a graça, e as máscaras um dia caem.

Não se esqueça ou aprenda: para viver um amor, você não recebe um manual de instruções. É pagar para ver! E no final, siga apenas com o que aprendeu... E o mais importante: para fazer alguém feliz, você precisa SER FELIZ TAMBÉM!

Somos mais felizes a agir do que a reagir

Cavardes se unem a fim de criar Coragem e agem contra quem for incapaz de reagir. Assim se defende a causa de quem vive na Covardia.

Estou destrúida. Não tá dando pra reagir. Deu pra entender ou é muito difícil? Não estou mais em pedaços. Eu virei pó. Farelo.

Enquanto você ora para Deus agir
Deus está orando para você reagir!

"Todos, indistintamente passamos por lutas e dificuldades.
O que nos difere, é a maneira como reagimos ante às adversidades."

Inserida por AleFarias777

O "MEDO" de apanhar tira a vontade de "BATER".

Inserida por wellsant

Viver deixando de agir...passar a vida sempre e só reagindo...complicado...você fica sempre e só na expectativa...na dependência...do que o comportamento do outro vai te provocar...para você (re)agir...

Inserida por mafrancisquini

A Previdência e as viúvas

DEBORA DINIZ
Antropóloga, professora da Universidade de Brasília e pesquisadora da Anis - Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero.
Artigo publicado em 6/1/2015 no jornal

Cara presidente Dilma Rousseff, estou indignada: nós, mulheres, não somos as responsáveis pelo “rombo das contas públicas”. O ano suspirava seu final quando o então ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, anunciou medidas provisórias que alteraram as formas de proteção às famílias trabalhadoras. Tempo de conjugalidade, período de contribuição, idade dos beneficiários foram modificados e sem regras de transição. Trabalhadores jovens e velhos serão igualmente afetados por medidas econômicas que ignoram características fundamentais não só do mercado de trabalho, mas do modo como as famílias se reproduzem no Brasil. Tenho vontade de gritar minha surpresa — o tema não foi discutido, sequer anunciado durante a campanha presidencial —, mas guardarei minha indignação para os fatos. Entre as medidas de contenção, está o corte de 50% da aposentadoria para o cônjuge do trabalhador falecido. As medidas provisórias se protegem nesse falso universal neutro da língua portuguesa, pois o correto seria dizer “haverá corte de 50% na aposentadoria das viúvas idosas”.

Sou de uma geração em que as mulheres trabalham na casa e na rua — cuidam dos filhos e recebem salários. Muitas enfrentaram a difícil decisão sobre como cuidar dos filhos e se ordenar no mercado do trabalho, esse ambiente que ignora que as crianças vão à escola, adoecem, reclamam cuidados. Conheço mulheres mais jovens do que eu — e uma multidão de velhas — que optaram por cuidar dos filhos, pois consideraram que o salário de seus companheiros seria uma garantia de aposentadoria integral a ser compartilhada. Algumas delas escolheram empregos com menor remuneração, como forma de ajustes domésticos para os deveres de cuidado.

Uma divisão do trabalho doméstico e da rua foi acordada no passado com projeção para o futuro: cuidariam dos filhos — ela na casa e ele na rua —, mas casa e rua teriam a mesma proteção na velhice. Fizeram escolhas de longa data, pois acreditaram na estabilidade democrática. As medidas provisórias ignoram como as famílias se organizam no Brasil, mas principalmente ignoram a vida das mulheres que nos antecederam. Pergunto-me se essas mulheres não seriam também mães dos senhores que anunciaram as medidas provisórias — talvez uma amnésia os tenha feito esquecer quem os amamentou, limpou suas fraldas ou revisou seu dever de casa de matemática.

Em nome de uma economia que se anuncia como de bilhões, as medidas provisórias dizem a cada uma das senhoras idosas perto da viuvez que, além do luto, experimentarão empobrecimento. O Estado brasileiro passou a entender que o direito à aposentadoria é como patrimônio — a esposa teria direito a 50% dos bens. Por que falo em mulheres velhas? Porque é para elas que as medidas provisórias de “reforma da previdência” apontam o dedo como as responsáveis pelo rombo: elas seriam como sanguessugas do dinheiro público, mulheres que não trabalharam na rua, mas herdaram o direito conquistado pelo suor de seus companheiros. Há muito erro e injustiça nessa análise rasa das formas de conjugalidade e reprodução social. A aposentadoria não é apenas um direito do trabalhador, mas uma forma de proteção às famílias.

Na velhice, senhora presidente, a família se reduz à viúva. As mulheres morrem mais tardiamente do que os homens. Há explicações epidemiológicas e demográficas para a longevidade das mulheres que alcançam a velhice: cuidam melhor da saúde, e são mais jovens que seus velhos maridos. Nem perco tempo com a nova fantasia da previdência social sobre as mulheres — homens velhos que se casam com meninas jovens, eles oferecem segurança, e elas, juventude. Até mesmo para esse roteiro amoroso, as medidas provisórias lançaram a rede: o direito à aposentadoria não é mais vitalício para mulheres com menos de 44 anos e é preciso, ao menos, dois anos de conjugalidade para o direito. Sim, o alvo são as mulheres.

Se minha indignação por cada mulher idosa não for suficiente para fazer este governo envergonhar-se das medidas provisórias, apelo à estabilidade democrática. Essa é uma matéria da mais absoluta centralidade para o justo: não pode ser decidida por medidas provisórias e em período de recesso da atenção pública. Por isso, repito, não estamos falando de reformas, senhora presidente, mas da seguridade social, de desrespeito à boa democracia e, mais ainda, de fragilização da velhice.

Inserida por ADELMANFILHO