Poemas sobre Luar

Cerca de 1450 poemas sobre Luar

Fumo

Longe de ti são ermos os caminhos
Longe de ti não há luar nem rosas
Longe de ti há noites silenciosas
Há dias sem calor, beirais sem ninhos

Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas
Abertos sonham mãos cariciosas
Tuas mãos doces, plenas de carinho

Os dias são outonos: choram, choram
Há crisântemos roxos que descoram
Há murmúrios dolentes de segredo
Invoco o nosso sonho, entendo os braços

e é ele oh meu amor, pelos espaços
fumo leve que foge entre os meus dedos.

O LUAR

O luar,
é a luz do Sol que está sonhando

O tempo não para!
A saudade é que faz as coisas pararem no tempo...

... os verdadeiros versos não são para embalar,
mas para abalar...

A grande tristeza dos rios é não poderem levar a tua imagem...

Mario Quintana

Nota: Trata-se de um "poema-montagem" com adulterações de origem desconhecida. Os versos foram extraídos e adaptados de outros poemas: "Verso Avulso"; "A Saudade"; "O Berço e o Terremoto".

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Meu Bem

Lembro de você amor
Toda a vez que eu passo aqui
Noites de luar, manhãs de sol
A iluminar os nossos destinos
Sei que não há mais ninguém
Que possa me preencher
O amor com você, é mais bonito, é todo azul mar
Vem me fazer feliz, oh meu bem...

Com você tudo é diferente
Eu te quero pra sempre, oh meu bem
Nosso amor é sublime, é nascente
Eu te quero para sempre, oh meu bem...

O teu nome eu gravei
Dentro do meu coração
Tem uma canção, com o vento
Ter o teu olhar, vejo tudo
Que um dia eu quis ver
Nada é igual a você
Com o seu amor
Tudo é mais simples, é todo azul do mar,
Vem me fazer feliz meu bem...

Com você tudo é diferente
Eu te quero para sempre, oh meu bem
Nosso amor é sublime, é nascente
Eu te quero pra sempre, oh meu bem...

Catedral

Nota: Música "Meu Bem" da banda Catedral, que tem vindo a ser erroneamente atribuída a Renato Russo.

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Apavorado acordo, em treva. O luar
É como o espectro do meu sonho em mim
E sem destino, e louco, sou o mar
Patético, sonâmbulo e sem fim.

Vinicius de Moraes
Álbum "Vinicius em Portugal"

Nota: Trecho da música "Quarto soneto de meditação"

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Respiro o vento, e vivo de perfumes
No murmúrio das folhas de mangueira;
Nas noites de luar aqui descanso e a lua enche de amor a minha esteira.

Ao longe, ao luar


Ao longe, ao luar,
No rio uma vela,
Serena a passar,
Que é que me revela ?
Não sei, mas meu ser
Tornou-se-me estranho,
E eu sonho sem ver
Os sonhos que tenho.

Que angústia me enlaça ?
Que amor não se explica ?
É a vela que passa
Na noite que fica.

Ter um sonho, um sonho lindo,
Noite branda de luar,
Que se sonhasse a sorrir…
Que se sonhasse a chorar…

Ter um sonho, que nos fosse
A vida, a luz, o alento,
Que a sonhar beijasse doce
A nossa boca… um lamento…

Ser pra nós o guia, o norte,
Na vida o único trilho;
E depois ver vir a morte

Despedaçar esses laços!…
…É pior que ter um filho
Que nos morresse nos braços

Identidade

Matei a lua e o luar difuso.
Quero os versos de ferro e de cimento.
E em vez de rimas, uso
As consonâncias que há no sofrimento.

Universal e aberto, o meu instinto acode
A todo o coração que se debate aflito.
E luta como sabe e como pode:
Dá beleza e sentido a cada grito.

Mas como as inscrições nas penedias
Têm maior duração,
Gasto as horas e os dias
A endurecer a forma da emoção.

Miguel Torga
TORGA, M., Penas do Purgatório, 1954

Um sonhador é aquele que só ao luar descobre o seu caminho e que, como punição, apercebe a aurora antes dos outros.

Entre o luar e o arvoredo

Entre o luar e o arvoredo,
Entre o desejo e não pensar
Meu ser secreto vai a medo
Entre o arvoredo e o luar.
Tudo é longínquo, tudo é enredo.
Tudo é não ter nem encontrar.
Entre o que a brisa traz e a hora,
Entre o que foi e o que a alma faz,
Meu ser oculto já não chora
Entre a hora e o que a brisa traz.
Tudo não foi, tudo se ignora.
Tudo em silêncio se desfaz.

O AMOR CHEGARÁ

Somos as rimas da canção
Somos o reflexo do luar
Somos mais que coração
Somos almas a navegar

Entre versos de poemas
Entre luzes a cintilar
Venceremos as tormentas
E o amor nos chegará...

TREVAS

Como é triste a noite sem luar,
tudo imerso nas trevas, sem cor
e como é triste também ficar
na vida desiludido do amor

Procurando sempre sem achar
alguém, um só carinho que for.
Sentir na vida um vazio, amar
e só, da solidão sentir horror.

Ainda sigo procurando a minha lua
que posso achar aqui ou talvez na rua,
ou nunca achar e continuar no escuro.

Porque faz tanto tempo que procuro
e nessa busca infeliz eu não me curo
nem consigo esquecer aquela imagem tua

Provo teu gosto em silêncio
Como quem bebe o luar
No proibido da noite
Não tive medo de amar

Provo teu corpo num sonho
Deste que ardem por dentro
Guardo comigo, em silêncio
O próprio gosto do vento...

Quero
Nos teus quartos forrados de luar
Onde nenhum dos meus gestos faz barulho
Voltar.
E sentar-me um instante
Na beira da janela contra os astros
E olhando para dentro contemplar-te,
Tu dormindo antes de jamais teres acordado,
Tu como um rio adormecido e doce
Seguindo a voz do vento e a voz do mar
Subindo as escadas que sobem pelo ar.

No teu Luar
te viro do avesso
e nessa luz me guio
bruxa cigana,
de aroma lavanda.
Enfeitiça a vida
transforma no bem
sentimentos mundanos.
Brilha Lua cigana
bruxa me cura dos danos
entre na minha vida!
E quando
a mágica acontecer,
serei eu e você
nessa estrada a viver!

Muro de lágrimas
Renato Nova– 05/12/2007

Não vejo mais a beleza do luar pela janela
O coração já não bate mais contente
Tudo esta frio, insano, frágil, diferente!
A chuva molha o concreto da parede
Muro de minha prisão, minha única visão.

Momentos belos estão sendo esquecidos
Apenas sombras estão ao meu lado,
Sinto-me só, triste, vazio, abandonado.
Mesmo não havendo mais motivo
Neste quarto escuro, pela janela, só o muro...

Tento ser forte, escondo minha dor.
Uso falsas máscaras de felicidade
Porém este sofrimento não tem piedade...
Olho pela janela, não há luar, apenas um muro!
Molhado pela chuva e por minhas lágrimas.......

Renato Nova

E a luz do sol que envolve a terra,
E o raio de luar que beija o mar,
De que vale tudo ser tão belo,
Se você não pode me beijar?

Eu Quero... Ser...

LUAR....
Para brilhar na noite dos amores incompreendidos

SILÊNCIO...
Para fazer calar as vozes que atordoam o coração

AMANHECER...
Para fazer um dia a mais de felicidade

LUZ...
Para os que vivem na escuridão

NOITE...
Para acalentar os que lutam durante o dia

VIDA...
Para fazer nascer os que estão morrendo

LÁGRIMA...
Para fazer chorar os corações insensíveis

SORRISO...
Para encantar os lábios dos amargurados

AMOR...
Para unir as pessoas...

Não é a casa que faz alguém feliz, um coração infeliz não se sente melhor em nenhuma casa, mas um coração em paz torna qualquer casa feliz...

Tarde de mais...

Quando chegaste enfim, para te ver
Abriu-se a noite em mágico luar;
E para o som de teus passos conhecer
Pôs-se o silêncio, em volta, a escutar...

Chegaste, enfim! Milagre de endoidar!
Viu-se nessa hora o que não pode ser:
Em plena noite, a noite iluminar
E as pedras do caminho florescer!

Beijando a areia de oiro dos desertos
Procurara-te em vão! Braços abertos,
Pés nus, olhos a rir, a boca em flor!

E há cem anos que eu era nova e linda!...
E a minha boca morta grita ainda:
Por que chegaste tarde, ó meu Amor?!.

A noite veio. Ela achou-a tão bela, o luar tão doce, que fez um giro pela galeria que circundava a igreja. Sentiu com isso um grande alívio porque a terra lhe pareceu calma, vista lá de cima da catedral.