Poema do Livro O Pequeno Principe

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Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo. Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.

O que quer dizer cativar? É uma coisa muito esquecida... Significa criar laços.

Claro que eu vou te machucar. Claro que você vai me machucar. É claro que vamos machucar uns aos outros. Mas esta é a própria condição de existência. Para se tornar primavera, significa aceitar o risco de inverno. Para tornar-se presença, significa aceitar o risco de ausência.

Vai ver as rosas. Assim compreenderás que a tua é única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te presentearei com um segredo.

– À noite, tu olharás as estrelas. Aquela onde moro é muito pequena para que eu possa te mostrar. É melhor assim. Minha estrela será para ti qualquer uma das estrelas. Assim, gostaria de olhar todas elas... Serão todas suas amigas. E, também, eu lhe darei um presente...

É preciso exigir de cada um o que ele pode dar. A autoridade repousa sobre a razão.

Eu sempre amei o deserto. A gente senta numa duna de areia. Não se vê nada. Não se sente nada. E no silêncio alguma coisa irradia.

O mais triste era que eles se amavam. Mas eram jovens demais para saber como amar…

Ah! Pequeno príncipe, assim eu comecei a compreender, pouco a pouco, os segredos da tua triste vidinha. Durante muito tempo não tiveste outra distração a não ser a doçura do pôr do sol.

As pessoas crescidas têm sempre necessidade de explicações... Nunca compreendem nada sozinhas e é fatigante para as crianças estarem sempre a dar explicações.

Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.

‎Há vitórias que exaltam, outras que corrompem; derrotas que matam, outras que despertam.

Desenhei então o interior da jiboia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações.

O pequeno príncipe percebeu logo que a flor não era modesta. Mas ela era tão envolvente!

– Sim – respondi-lhe –, quer seja a casa, as estrelas ou o deserto, o que os torna belos é o invisível.

Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

E gosto, à noite, de escutar as estrelas. É como ouvir quinhentos milhões de guizos... Mas eis que acontece uma coisa extraordinária.

Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.

Mas eu não tenho muito tempo… Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.

E eu pensava: o que eu vejo não é mais que uma casca. O mais importante é invisível...