Pensamentos de Sartre

Cerca de 132 pensamentos de Sartre

⁠"Estou sozinho no meio destas vozes alegres e razoáveis (...) passam o seu tempo a explicar-se uns aos outros, a reconhecer com contentamento que são da mesma opinião. Que importância que ligam (...) ao facto de pensarem todos juntos as mesmas coisas"

Inserida por dia_marti

⁠"fiquei profundamente impressionado: pensei que deixara de ser livre (...) procurei libertar-me desta ideia e não consegui (...) Esperava que ela se dissipasse com as luzes. Mas a ideia ficou onde estava, em mim, pesada e dolorosa."

Inserida por dia_marti

⁠Mas, enfim, tenho de reconhecer que sou sujeito a estas transformações súbitas. Sucede que só muito raras vezes penso; assim uma infinidade de pequenas metamorfoses vai-se acumulando em mim sem eu dar por isso, e depois, um belo dia, produz-se uma verdadeira revolução.

Inserida por dia_marti

⁠Que estava eu ali a fazer? Porque estava a falar com aquelas pessoas? (...) Tinha morrido a paixão que me submergia e arrastara durante anos; naquela altura sentia-me vazio?

Inserida por dia_marti

⁠O que vou fazer com o que fizeram de mim.

Jean-Paul Sartre
O Existencionalismo é um Humanismo, 1946.
Inserida por iedamariasilva

⁠Nós, os condenados da terra, temos apenas uns aos outros. E isso bastará.

Inserida por ericfbarros

⁠A vida, em si, não é nada, mas nos cabe dar-lhe sentido, e o valor da vida não é outra coisa senão este sentido que escolhemos.

Jean-Paul Sartre
O existencialismo é um humanismo. Petrópolis: Vozes, 2023.
Inserida por pensador

É então isso…o Bem? Ser-se dócil. Muito dócil. Dizer sempre “perdão” e “obrigado”…É isto? O Bem. O bem deles…

Jean-Paul Sartre
As moscas. Lisboa: Editorial Presença, 1962.
Inserida por GutoMaiaBaptista

⁠A escolha livre que o homem faz de si mesmo se identifica absolutamente com o que se chama o seu destino.

Jean-Paul Sartre
Baudelaire (1947).
Inserida por cdt

A liberdade é seu jardim secreto. Sua pequena conivência para consigo mesmo. Um sujeito preguiçoso e frio, algo quimérico, razoável no fundo, que malandramente construiu para si próprio uma felicidade medíocre e sólida, feita de inércia, e que ele justifica de quando em vez mediante reflexões elevadas. Não é isso que sou?

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., A Idade da Razão, 1945

⁠Se não me engano, se todos os sinais que se vão acumulando são percursores duma nova transformação brutal da minha vida, então tenho medo. Não que a minha vida seja rica, importante, nem preciosa. Mas tenho medo do que vai nascer, apoderar-se de mim - e arrastar-me ... arrastar-me para onde?

⁠Nas ruas há também uma quantidade de ruídos equívocos que perpassa. Produziu-se pois uma mudança durante estas últimas semanas. Mas onde? É uma mudança que não se fixa em sítio nenhum. Fui eu que mudei? Se não fui, então foi este quarto, esta cidade, esta natureza; é preciso escolher?

Inserida por dia_marti