Frases de Rubem Alves
Somos como os moluscos. Frágeis diante de um mundo imenso e assustador. Tratamos, então, de nos defender: construimos conchas duras de palavras.
“Hoje é tudo o que temos: morangos à beira do abismo, alegria sem razões. A possibilidade da esperança”.
(Em “Sobre o otimismo e a esperança” – Concerto para corpo e alma. Página 160 – Editora Papirus – Campinas – São Paulo, 2012).
Otimismo é quando, sendo primavera do lado de fora,nasce a primavera do lado de dentro.
Esperança é quando, sendo inverno do lado de fora, a despeito dele brilha o Sol de verão no lado de dentro.
O olho vê aquilo que o coração
deseja. Quando o desejo é belo, o
mundo fica cheio de luz, mas
quando o desejo é ruim, o mundo
se entristece...
Sábios são aqueles que, da multiplicidade, escolhem o essencial. Simplicidade é isso: escolher o essencial.
Já é mais tarde do que você imagina. Não perca os momentos bons que a vida está lhe oferecendo enquanto você se encontra sobre o abismo.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em lugares onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Os conhecimentos nos dão meios para viver. A sabedoria nos dá razões para viver. Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se torna criança, jamais será sábio.
O que tenho sentido? Beleza. Nostalgia. Tristeza. Cansaço. Urgência. A curteza do tempo. Um enorme desejo de passar uns tempos num mosteiro, longe de cartas, telefones, micros, viagens, e-mails, curtindo a solidão e a ausência de obrigações.
Cada momento de alegria, cada instante efêmero de beleza, cada minuto de amor, são razões suficientes para uma vida inteira. A beleza de um único momento vale a pena de todos os sofrimentos.
“O amor se realiza quando recebemos de volta as coisas que amamos e perdemos”.
(Extraído do livro Pensamentos que Penso Quando não Estou Pensando, Editora Papirus, 3ª Edição, página 64).
“Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado”.
(trecho extraído da seção "Sinapse", jornal "Folha de S.Paulo", versão on line, publicado em 26/10/2004.)
Os animais sobrevivem pela adaptação física ao mundo. Os
homens, ao contrário parece ser constitucionalmente desadaptados ao
mundo, tal como ele lhes é dado.