Coleção pessoal de Vims
Querida Eu,
Você encontrou o amor de novo, mas hoje ele tem outra forma, se comporta e te trata de outra maneira.
Isso me traz uma reflexão, cujo, é relacionado a minha busca pelo amor doce, leve e cristalino como água doce.
A tensão que eu sentia antes, não se compara ao sentimento lindo e ardente que eu sinto agora.
Não posso comparar, o amor, o verdadeiro, é incomparável.
Falar com você me dá dor de barriga
Logo eu, corajosa
Me vejo encolhida
Tua opinião ainda me importa mais que meu próprio reflexo no espelho
Não me faça perguntas, minha garganta estranha
Não chegue muito perto, tremulo
Não cite o meu nome, meu coração arranha
Apesar de ainda sonhar com você,
sei que o amor da minha vida jamais faria isso comigo.
Mais um dia.
Mais um dia flutuando como poeira cósmica em um vasto universo.
Mais um dia na casa de um ceifador de sonhos.
Mais um dia jogando minha casca à carne.
Mais um dia vendendo a alma abaixo da inflação.
Mais um dia entre viver ou morrer.
Mais um dia sem se importar em ser.
Mais um dia sem você.
Mais um dia sem amor.
Mais um dia.
Eu sabia que não iria ter para onde correr, afinal, já havíamos nos conhecido.
Naquela noite, em meio às risadas e as trocas que tivemos, você foi ao banheiro. Imediatamente meu coração apertou e senti um estado de alerta, ali eu sabia que havia perdido.
Quando você retornou do banheiro minha intuição alertava quase como um sussurro dizendo: “levanta e vai, desfaz o match, ainda dá tempo.”
Se está lendo essa nota, eu não ouvi minha intuição e depois disso, aquela que sussurrava em meu ouvido, se perdeu. Até hoje tento encontrá-la, a bela moça antes do trauma.
O luto dessa perda será eterno.
Ninguém vai me curar de você.
Eu realmente pensei que não haveriam mais lágrimas depois do último episódio de crise.
Foi tao esgotante que eu me sinto até ingênua em despencar novamente.
Pode ser que eu seja minha própria âncora. É provável que essa impostora que divide laços e meu intelecto esteja me sabotando de forma que nem nos meus mais profundos pensamentos eu consiga notar. Digo isso pois, acredito que apenas eu tenho esse poder, o poder de matar minha essência, meus sonhos e minha casca.
Antes eu pedia piedade, mas hoje eu peço coragem. Não quero palavras duras e julgamentos ao partir, a coragem me trará paz para o meu feito. Adeus
Fiz minha própria mala para partir.
Todos os dias eu tenho colocado um item diferente, hoje, foi a raiva, ela me pegou no meio da tarde após um momento relaxante. Bebi um suco de laranja e comi um pão ótimo, logo após, meu estômago esquentou e meu coração parecia em estado de ebulição, evaporando.
Lá se vai mais um sentimento para minha simples mala. Nela eu já tenho falta de esperança, desamor, infelicidade, ilusões, tristeza, aflição, desespero e agora, raiva.
Eu amava minha essência, eu realmente amei ter a mim, mas, foi horrível me perder. Esse é o pior sentimento de todos os tempos, na minha filosofia eu o chamo de desamor.
Para os que ficam, me perdoem. A morte nunca é fácil para quem ama. Nunca é suave com quem fica. Mortes sabem ser rascantes. Mas a morte de quem fez a própria mala para partir, essa é de todas a pior. Porque deixa a alma ferida em carne viva.
No ultimo ano eu amei profundamente e morri dentro disso. Não desejo pra ninguém. No último ano eu queria trabalhar incessantemente, mas não o fiz, morri, mais uma vez. No último ano eu tive sonhos e os matei, tive planos e me auto sabotei, tive tudo e ao mesmo tempo nada. Tive câncer na alma, isso também mata. Acabei de descobrir.
Dias atrás eu reclamava sobre não entender o que sentia
Hoje eu sei o que sinto e imploro para não sentir
Apenas não sentir, quero me abster dessa dor.
Universo, meu querido universo, me dê uma carta branca, só essa.
Você cravou a estaca.
Eu sinto ela em meu peito.
Só dói caso for cutucada.
Ao tentar arrancá-la saberá que
Ela leva tudo, eu já não tenho muito.
Não leve o que me resta.
Não apague minha essência.
Lembre de mim, do meu significado.
Eu lembrarei do seu, afinal, está cravado.
É carma? Eu nem sei
Teve um que me largou uma vez
Faltou um registro.
Um sobrenome.
Faltou amor.
Depois,
Veio você.
É outra história, mas,
Meu amor não divide tetos.
Sozinha, de novo.
Dessa vez, não faltou amor
Não faltou você,
Faltounós.
A gente se aproveitou
Nenhum segundo foi desperdiçado
Eu só lembro de querer
Dizem tanto sobre melhores sensações
Eu posso provar que essa é
A breve, mas, incrível
Sensação de querer e poder
Poder ter
Poder estar
Pode sentir
Você.
Eu choro como uma adolescente.
Essas lágrimas sempre voltam e sempre secam sozinhas em meu rosto.
Já devem haver tantas camadas.
Eu me faço chorar sempre que possível, minha mente cria cenários onde eu sempre estarei em estado de decepção.
Por mais que, a situação seja esplêndida, o meu consciente me puxa de volta ao pensamentos melancólicos.
Eu tenho que avisa-lo da minha fragilidade.
Quando me deparo, é tarde demais, as lágrimas voltaram a cair. O que me resta, é espera-las secar e aguardar a próxima decepção.
Eu não posso me apaixonar.
A dor da paixão me consome, isso é demais pra mim.
O certo é ter medo mesmo, minha intensidade pode me comer de dentro para fora.
Eu sinto como se toda decepção arrancasse meu coração do peito e em pouco tempo, é como ele se permitisse florescer, para ser arrancado novamente.
É sempre uma dor diferente, mas essa será irreparável, eu sei que sim.
Mesmo não apostando todas as fichas, assim que eu te vi, o seu rosto dizia que quebraria meu coração.
Eu não me importei se poderia ser em um dia, um mês ou um ano. Eu sabia que quebraria e por isso quis aproveitar cada momento ao seu lado.
Circunstâncias, eu as odeio.
Decisões, as odeio também.
Destino, não me faça te odiar.
You’ve got that face that just says, “Baby, i was made to break your heart”.