Coleção pessoal de pauloafonsobarros57

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Sem lugar, solitários e invisíveis...


Idosos nos ensinam que não merecem ser esquecidos, possuem e nos oferecem generosamente a totalidade de seus saberes, contudo, em sua maioria, perecem silenciosamente em vida.

Nossa sociedade é impiedosa e cruel para com os idosos anônimos, sem imagem, sem cor, sem identidade, sem lugar e sem memória.

Experiências e ensinamentos dos idosos, disponíveis e inaudíveis, nos permitem olhar para o espelho de quem somos e dos nossos medos de como não gostaríamos de terminar esta vida, solitários e invisíveis.

Amar é amar...

Quanto exige de nós o amar?

Quando amamos bloqueamos outros pensamentos que nos fazem mal e entramos numa sintonia que permite acessarmos cantinhos secretos que são nossos, ainda pouco conhecidos e não explorados.

Já nos descobrimos imperfeitos e sensíveis por demais quando não gostamos de ouvir o que precisamos ou quando permitimos ao outro, que não nos faz bem, nos infelicitar.

É saboroso e saudável sentirmo-nos amados e correspondidos, embora o amor verdadeiro não exija trocas.

Amar é uma escolha pelo conhecer-se a cada oportunidade da vida.

Quanto exige de nós o amar?

Não acredito em quantificar o amor, amar é amar, o quanto nos exigimos para amar é livre e sem custos.

Amar é amar.

Recomeçar é uma escolha...

contidas nos calabouços da mente
nossas emoções são como vulcões,
intensas energias forçando uma saída,
assim como as águas a contornar obstáculos
e que não se permitem parar,
nos exprimimos ora de forma suave e saudável
ou de maneira rude e desequilibrada,
desnudando a ignorância de nós mesmos,
nos assemelhamos aos cataclismos da natureza,
que não acontecem de súbito,
pois que vivos e em constante evolução,
razão para o entendimento de quem somos,
tarefa de toda uma vida,
com uma única afirmação possível,
recomeçar traz aprendizado e é uma escolha diária,
a cessar de vez após um último olhar,
findando-se num breve e lento suspirar,
amargo ou de paz...

Luar no Alasca...

ontem,
inquieto,
precisava arejar as ideias batidas,
dar uma fugida,
então dei um pulinho ali,
no Alasca,
lembrei de você e te trouxe uma pequena lembrança,
a lua estava por lá,
e não permanecia apenas bela,
é minha segurança e certeza de,
com ela,
reencontrar um tempo que assegura o ontem,
com o desejo de continuar para sempre...

Apenas mostrar caminhos não basta...

Até aquele dia, já com 58 anos de idade, após negações inconscientes que o acompanharam dia após dia, sabia que apenas vivia, sem rumos, metas e objetivos, nunca ousara nada, estava enclausurado em si mesmo.

Quase sem amigos, de quando em vez, ouvia de uns poucos colegas de trabalho, como ele humildes operários, terem aproveitado os raros dias de descanso em companhia de familiares ou mesmo sozinhos em atividades simples e diferentes, um sorvete, um cinema, passeio na praça, comer pipoca e algodão doce.

Dentre esses companheiros um em especial lhe dedicava mais atenção, era quem mais se aproximava da condição de amigo e, sempre, mas de maneira delicada, respeitando sua introspecção, puxava conversa aparentemente despretensiosa, buscando sem que ele percebesse que estava a lhe mostrar caminhos e escolhas.

Após algum tempo percebia-se mudando, mais atento e interessado no que estava além daquela rotina de viver sem um sentido e, melhor, contava e confiava num desinteressado amigo.

Estava mais seguro, quebrara os muros ao seu redor, conhecera outras pessoas, fora a lugares mais distantes e descobrira que, em menos de duas horas, caminhando, chegara pela primeira vez diante do mar, veio-lhe toda a energia daquela imensidão de água, da beleza das ondas, ilhas no horizonte e um por do sol inesquecível.

Sentira-se senhor de sua vida pela primeira vez em tantos anos passados, nesse instante veio-lhe à mente as palavras do amigo, como se estivesse ao seu lado.

Com paciência e generosidade, além de lhe mostrar caminhos, durante todo o tempo havia, o amigo, sutilmente, com ele caminhado junto.

Sentidos para a vida...


Durante momentos de felicidade e alegria intensas, tristezas, frustrações, decepções consigo mesmo ou para com outros de quem gostamos nos perguntamos, qual o sentido de nossas vidas?

Ao revermos nossa história e o que já vivenciamos revivemos as experiências acumuladas durante os caminhos percorridos, especialmente quando estivemos sozinhos.

Observemos nossas realizações quando fizemos boas escolhas e as menos felizes que nos trouxeram incômodos e a necessidade de repensar onde gostaríamos de chegar.

Olhemos agora à nossa volta, ouçamos, por mais breves instantes que sejam, a voz do coração, se nos aquietarmos saibamos, estamos onde deveríamos estar, ao menos por ora, pois, longe está de ser o fim, mas e, se ao contrário, se inquietos e desconfortáveis estejamos certos, melhor caminhar...

Até breve...

Sabia que era adeus,
preferia até breve,
ausências anunciadas
que não deveriam nunca ser,
mas o olhar confessa,
não tem como esconder,
ficam os dias e as noites
que se foram, mas
estarão sempre por perto,
nunca será passado...

As chaves de todas as portas do mundo...

Num dia qualquer se percebeu contemplando o horizonte, era um final de tarde de um dia nublado, parecia ter perdido a noção do tempo, discretas lágrimas lhes escorriam pela face.

Passado mais algum tempo, percebeu-se não estar só, estranhou, pois não havia ninguém por perto, como se alguém ouvisse seus pensamentos, frutos de uma inquietação antiga:

Quais as razões de tamanhas discrepâncias entre as pessoas?

Doenças graves e incapacitantes em crianças, jovens, adultos e idosos, trabalhos braçais extenuantes, escravidão em pleno século XXI, desemprego, tráfico de drogas, milhares de dependentes químicos, graves transtornos psiquiátricos, fome, miséria e outros muitos dissabores experenciados por tanta gente em redor da vastidão deste planeta, enquanto uns poucos possuem condição totalmente diversa, com enormes recursos financeiros que, aparentemente, lhes permite acessar todas as portas do mundo.

Sem bem entender intuiu um sussurro:

“Se olharmos apenas os breves momentos da rapidez de apenas esta vida, como se não houvesse nada além-túmulo, respeitando-se os que assim pensam, haveria uma lógica em se pensar de como uma única existência, frente a tantos contrastes, seria injusta, não havendo razão para se crer na existência de um Pai soberano e justo”.

Como se recebesse um tempo para recompor-se e se ajeitar, apreende por fim:

“Para quem acredita haver uma razão para tudo e que nada é por acaso, por mais dores que se testemunhe e, que, acima de tudo, há um Deus justo, o tempo de uma vida é efêmero, logo, de que adianta ter as chaves de todas as portas deste mundo?".

Paz e serenidade

Arroz, feijão e ovo...

Um estudante universitário, chegando da universidade de uma cidade vizinha, já tarde, desce no mesmo ponto de ônibus de todas as noites no centro da região de São José dos Campos.

Um menino se aproxima, balançando as mãos, e diz:

- Tio, eu tô com fome.
- O que você está fazendo na rua nessa hora?
- Ah eu tenho que levar comida para meus irmãos.
- Quantos anos você tem?
- Nove anos.
- E irmãos, quantos são?
- Tenho mais cinco irmãos.
- Qual a idade deles?
- Eu sou o maior.
- Sabe que eu te vejo por aqui quase todas as noites?
- Eu também vejo o tio.
- Sua mãe sabe onde você anda?
- Sabe sim, ela pede pra eu só voltar quando tiver comida pra levar.
- Você tá com fome?
- Tô sim.
- O que você quer comer?
- Arroz, feijão e ovo.
- Olha, vai ser difícil achar um lugar aqui nessa hora que tenha o que você tá pedindo, pode ser um lanche? (mostrando-lhe um carrinho de cachorro-quente).
- Não, quero arroz, feijão e ovo.
- Tá bom, vamos procurar.
- Ali tio, ali...
- Onde?

O menino aponta para um restaurante famoso, na Av. Dr. João Guilhermino, ao lado da então Faculdade de Direito, posteriormente UNIVAP.

- Tá bom, vamos ver se eles ainda atendem.
- Eu também quero guaraná.
- Por favor, o menino está comigo, é possível vocês prepararem um prato com arroz, feijão e dois ovos fritos?

Entreolhares, garçons, quase meia-noite de um dia de semana, o gerente faz um discreto movimento, autorizando o pedido.

Escolhida a mesa, toalha e guardanapos branquinhos e lá estava o menino, pés no chão, camiseta e calção surrados, atento a tudo.

Logo chega o prato, arroz, feijão e dois ovos estrelados, acompanhado de guaraná.

- Tio eu quero comer de colher.
- Prontamente o garçom providencia a troca de talheres.

O menino comeu gostoso e rápido, mostrando bons modos à mesa, conversava bem, logo terminou também o guaraná.

Não havia mais clientes no restaurante, toalhas recolhidas, cadeiras de pernas pro ar e já sobre as mesas, garçons varrendo e limpando o salão, portas semi-fechadas.

Conta paga, o cliente mais especial da noite, pelas circunstâncias talvez da história, com um inesquecível sorriso de felicidade no rosto, deixa o restaurante que ainda hoje mantém a aura de seus tempos de referência na região.

Já se passaram cerca de 32 anos, onde andará aquele menino?

Amor universal

Mentalizamos, neste momento, os mensageiros de luz para que possam levar a nossa melhor energia para todos aqueles que mais necessitam, encarnados ou desencarnados.

Vibramos por todos nossos irmãos que se encontram nos umbrais, no vale dos suicidas, na crosta e nos orbies.

Vibramos por todos nossos irmãos que se encontram em tratamentos no plano espiritual, Hospital São Camilo, Nosso Lar, e para os que encontram nas escolas de refazimento.

Vibramos por todos os trabalhadores do plano espiritual e pelos nossos irmãos que hoje desencarnam e pelos que retornam em nova oportunidade da reencarnação.

Pedimos por todos nossos irmãos que passam fome, frio e sede diariamente, em quaisquer lugares desse plano material.

Pedimos por todos nossos irmãos acometidos por doenças graves e que a Medicina humana não possa mais nada fazer, bem como por aqueles que sequer tem acesso a qualquer tipo de apoio ou assistência médica e material.

Rogamos por todas as religiões e pela paz mundial, bem como por todos os líderes políticos, empresariais, espirituais e religiosos do nosso Brasil e de todas as nações deste planeta para que se lembrem do grave compromisso assumido na espiritualidade antes desta encarnação, trabalhar por mais igualdade entre os homens e justiça social.

Rogamos meu Deus pelos nossos irmãos que estão em tratamento dos diversos tipos de câncer, em radioterapia ou quimioterapia.

Mentalizamos o Seu bálsamo consolador para nossos irmãos portadores de necessidades especiais e seus entes queridos que se sentem muitas vezes impotentes e desesperançados.

Rogamos pelos nossos irmãos portadores do Mal de Alzheimer, Parkinson, Demências e doenças auto-imunes graves.

Vibramos pelos nossos irmãos que se encontram nos asilos, nas casas de repouso, orfanatos, creches, muitos deles esquecidos por seus entes queridos.
Rogamos pelos irmãos que estão internados nos hospitais psiquiátricos, obsidiados e obsessores.

Pedimos meu Deus pelos nossos irmãos que se encontram nas prisões e pelos que estão emaranhados pelas drogas.

Pedimos Pai por aqueles que machucamos e ferimos física, moral e espiritualmente, nesta ou em outras encarnações, que possam nos perdoar.

Pedimos por nossos familiares e pelo ambiente profissional e por todos que se encontram desempregados.

Vibramos pelos nossos irmãos que neste momento estão prestes a cometer suicídio ou praticar aborto, que seus mentores estejam ao seu lado, como sempre, e que seus corações possam ser tocados, desviando-os para um caminho de esperança, paz e amor.

Mentalizamos nossos irmãos que sofrem com as catástrofes da natureza e pelos desencarnes coletivos.

Que possamos meu Deus merecer retornar ao plano espiritual melhor do que quando aqui chegamos.

Agradecemos aos nossos mentores e anjo de guarda que estão sempre ao nosso lado, nos oferecendo as boas ideias e torcendo para que façamos as melhores escolhas, mas que respeitam nosso livre-arbítrio e não nos abandonam mesmo que optemos por caminhos obscuros.

Obrigado meu Pai por tudo que recebemos.

Paz e serenidade!

Mantas da vida..

Quando inquietos, o que hoje não é raro, talvez estejamos a buscar sentidos no que ainda se faz oculto, mas está presente em nossa caminhada.

Difícil, mas necessário aprender com o tempo que o melhor é não escolher atalhos afoitamente, embora aparentem encurtar caminhos, apenas ensejam e alimentam a ânsia de chegar mais rápido, onde estão nossas entranhas para lá nos fartarmos de todos nossos segredos.

Apenas engano, necessário jornadear por onde tem que ser, assuntando os sinais, sons e cheiros que, por menores e supostamente desconexos que sejam, na verdade são significativos retalhos das mantas das vidas, estas sim, entrelaçadas com um único fim que ainda desconhecemos...

Caroço de manga...

É um dia de domingo e está a pensar se, quando criança, em tempos difíceis para gente humilde, quando sua família e a de tantos outros passavam por necessidades, havia sido feliz, recua aos poucos no tempo para um lugar bem longe de onde está agora, de lá surgem flashes, parece estar com seus sete, oito anos, bem menino.

Está correndo e brincando, descalço na terra de chão batido, num campinho onde se joga bola, lá estão uns vinte meninos, entre eles seus dois irmãos mais velhos que, após disputa de par ou ímpar, montam dois times, escolhido por um deles, jogam até de noitinha, cada partida tem uma regra, “cinco vira, dez acaba”.

Observa cena viva da mãe, louca de brava, chamando-os várias vezes, mas só depois dela dizer, “já pra casa, vô fala pro seu pai...“, é que correm pra casa, os irmãos pulam a cerca de ripas de madeira, ele passa entre elas, chegam suados e com as roupas encardidas da terra vermelha do Paraná, têm as canelas rochas, verdadeiros troféus desse dia.

O pai, tarde da noite, chega sempre cansado, finge então dormir, o ouve dizer, “Cadê os meninos, muita bagunça?” e a santa mãe responder, “Nada não, os meninos são bons demais”, além de bela, doce e serena é uma mãe que protege bem suas crias.

Ajeita-se no chão da sala, mãos na nuca, olhar no teto, leve riso no canto da boca, continua sua aventura, vê o que parece um pomar, tem abacate, goiaba, pêssego, amora, laranja e limão.

Parece cena de cinema, a imagem nítida, está sozinho, contente, sentado no batente da porta da velha casa de madeira, tem até chuva que já está passando e abaixa toda a poeira, como é gostoso o cheiro da terra molhada, está com as mãos e boca lambuzadas da polpa e fiapos de uma fruta, suga o restinho e chega à melhor parte, rói um caroço de manga que fica branquinho, branquinho.

Findas essas lembranças deseja que, em futuro próximo, possa estar com netos que ainda não tem dos seus três filhos já homens criados e que esses meninos ou meninas aprendam que, para estar feliz, mesmo em dias difíceis da vida, basta se lambuzar e roer um delicioso caroço de manga.

Já não há...

- Por favor, diz-me, agora, quanto você quer de felicidade?
- Ah, assim, do nada, sei lá...
- Por favor, diz-me, agora, quantas pessoas você quer bem?
- Tenho tantos amigos...
- Por favor, diz-me, agora, quando foi que disse amar alguém?
- Hoje mesmo, quando...
- Por favor, diz-me, agora, quando sentiu amor por alguém?
- Gosto de tanta gente...
- Por favor, diz-me, agora, dizer e sentir amor é igual?
- Acho que...
- Por favor, diz-me, agora, aceitaria não pedir nada em troca?
- Não sei...
- Por favor, diz-me, agora, quando foi que chorou de amor?
- Não me lembro...
- Por favor, diz-me, agora, o que te faria renunciar?
- Abrir mão assim, sem...
- Por favor, ouça-me, agora, não tenho dúvidas, amo você desde sempre, não senti-la e ouvi-la, longe ou ao lado, por um minuto, por um dia, por toda uma noite, seria um desafio e nem quero pensar nisso, acredito que nada é por acaso, não podemos tomar posse de pessoas, mais ainda de quem gostamos ou, em especial e de verdade, amamos, quando pedirmos provas de amor ele já não há...
- Por favor, diz-me, quando puder...
- Ah...

Seu rosto, seus olhos...

Seu rosto vive em minha mente,
luto contra o tempo para não esquecê-lo,
espalhei pelos cantos preferidos
cópias em vários tamanhos das
poucas fotos que restaram,
as primeiras mostram seu jeito acanhado,
com suas mãos escondendo parte de sua face corada
e seus cabelos de propósito desarrumados,
gosto de todas, mas há uma especial,
a que registra seus olhos expressivos e delicados
que me diziam tudo que eu precisava...

Centelhas divinas em nova jornada...


Véspera de uma necessária jornada, para uns de há muito ansiada, para outros compulsória, o planeta Terra, para onde serão guiados, possui ainda ambiente pesado e denso, os espíritos lá encarnados carecem de evolução para obterem o desapego de tudo que é material, das reações emocionais desajustadas e exacerbadas, dentre elas o orgulho, vaidade, mágoa, ódio, rancor, inveja e ciúme.

Não chegarão num lugar desconhecido, já estiveram por lá, para aqueles que fizeram por merecer serão colocados à prova obstáculos e recursos solicitados, em parte, por eles mesmos, outros, ainda mais embrutecidos, não terão muitas escolhas, todos, contudo, enfrentarão suas próprias limitações na expectativa de superar o que ainda lhes é difícil e doloroso.

Em decorrência do mérito individual exerceram a liberdade parcial das escolhas das metas a atingir, a começar das condições sociais, mentais, limitações do corpo físico, doenças que lhes infligirá restrições e as dificuldades correspondentes, muitos optam pela escolha do núcleo familiar de que farão parte, normalmente onde residem os ajustes mais necessários e inadiáveis.

Em termos de tempo, como conhecido nesse plano, cada um receberá o que necessita, minutos, horas, dias, anos, décadas, afinal uma encarnação é tempo curto.

Chegada a hora deles se apodera torpor suave e o esquecimento de todo esse processo, a benção do esquecimento do passado, contudo, ainda lhes restará intuições e pensamentos que os fará procurar o seu caminho.

Todos terão a seu lado, o tempo todo, um mentor e protetor que lhes acompanhará e vibrará para que façam as melhores escolhas, não pode ele em nada interferir, o livre arbítrio do espírito encarnado prevalecerá sempre.

Diariamente milhões de espíritos à Terra chegam para vestirem o invólucro limitante, apropriando-se ou não de mais uma oportunidade, nesse momento outros tantos a deixam, muitos antes da hora, sucumbiram diante das suas próprias limitações.

Quais serão as condições da próxima imersão?

Todos, sem exceção, somos centelhas divinas, estamos conectados e fazemos parte do Criador, vibremos para que eles e nós façamos as melhores escolhas e possamos retornar à verdadeira vida melhores do que quando aqui aportamos.

Histórias de amor...

Não tem início no tempo,
apenas já existiam,
afloram sem muitos porquês,
seguem um curso que suporta obstáculos,
não importa quão tortuosos sejam os caminhos,
a força que as move se revigora em
delicados sinais,
quando do sono agitado um único desejo,
um breve momento ameno e tranquilo,
quando da dor intransferível a presença
com o abraço e o colo que aliviam,
quando das crises naturais e humanas,
o recomeço ao amanhecer de um novo dia,
histórias de amor verdadeiro não se explicam,
nem sempre fáceis, são escolhas possíveis.

Confia...

Coração pequenino, apertado e em total descompasso, entre tantas palavras faladas, ouvidas e mal compreendidas, lembra-se de receber a notícia de que um ente frágil e querido está acometido por doença grave e incurável.

Foi-se lhe então todo o chão, os planos, não sabia mais o que pensar, esperava que Ele a ouvisse em suas preces e permitisse uma cura, era sua esperança, sem ela não sabia o que seria.

Desde então só enxergava vultos ao seu redor, tudo e todos estavam em cinza, nada parecia real.

Pedia e repetia a Deus, o que fazer diante dessa tragédia?

Sempre acreditara que nada nessa vida é por acaso, mas e agora?

Só sentia o medo e a dificuldade em aceitar, ciente estava que situações assim ocorrem diariamente para com muitos mais, afinal somos todos iguais, pobres ou ricos, não importam as crenças, certeza apenas de que a presença Dele, em quaisquer circunstâncias, é sempre certa.

Suplicava ajuda e admitia não estar conseguindo praticar os ensinamentos aprendidos, dentre eles o de, em qualquer dificuldade, Nele confiar com a fé inabalável e que esses momentos são oportunidades para praticar o desapego, sabendo ser essa vida apenas um lampejo necessário ante a eternidade que se seguirá.

Passado algum tempo ainda se percebe pensando em como tudo poderia ser diferente, mas um sonho recorrente, ambientado sempre num lugar diferente, a espera em cada adormecer, já estivera num hospital, numa escola, ouvindo palestras e orquestras.

Desta vez, logo após acordar, lembra-se da paz e conforto numa ampla e vistosa planície com brisa suave e o nascer do sol e a palavra que vem e vai, confia!

Paz e serenidade!

Todos os filhos serão recolhidos...

Ambiente de absoluta escuridão parece mais um lugar de nada, há um vento frio e uma garoa incessantes e, ao fundo, ecoam estridentes vozes, algumas poucas a gargalhar, a maioria é de gemidos e prantos convulsivos, há tantos pedindo socorro meu Deus, legiões de seres com as mãos estendidas, vagueiam e tateiam nesse breu uma saída, alguém que os ouça.

Em meio à atmosfera tão densa alguns emitem débeis sinais de luz.

Há uma caravana de socorristas à espera dessas luzes pálidas, vieram em busca de mais uma pequena e significativa leva de seres em maturação.

Agora, com cuidado, delicadamente iniciam feliz colheita, um a um, são envolvidos em mantas aquecidas, recebendo fluídos ainda necessários que aliviam em parte seu intenso desconforto e sofrimento.

Com os acolhidos dessa exitosa missão a caravana parte para o pronto socorro mais próximo onde outros irmãos, em prontidão, estão para sequenciar o amparo designado.

Quantas incursões mais serão necessárias sabendo-se que milhares ainda ficaram?

Não importa, nenhum filho de Deus será esquecido, há, contudo que se respeitar as leis divinas, cada um no seu tempo, o mérito é individual e coletivo.

Paz e serenidade.

Mudanças em curso...

Quando de mais um dia na Faixa de Gaza, um fotógrafo capta numa imagem toda a insensatez humana, uma menina, com cerca de dois anos de idade, cobre os olhos da boneca que traz apertada ao peito, como se pudesse protegê-la da visão do horror que testemunha numa área recém-bombardeada e caótica, em escombros e com dezenas de vítimas. Não se faz necessária legenda ou explicações.

Arenas dos Césares, as Cruzadas, Inquisição, Guerras Napoleônicas, Primeira e Segunda Guerras Mundiais, Guerra Fria, Vietnã, Iraque, Apartheid na África do Sul, tantas outras guerras tribais que persistem, todas tem em comum a opressão do ser humano por seus iguais, é o homem em sua cíclica história de conflitos fratricidas.

Não há justificativas ou atenuantes para essas ações trágicas que sempre trouxeram dor e sofrimento à humanidade, com milhões de desencarnes ou sequelados com limitações físicas e emocionais, mostras inequívocas dos apegos ao fanatismo, à vaidade, orgulho e rudez do grau evolutivo em que nos encontramos.

Em meio a todas essas tragédias da história humana na Terra, há outras tantas mascaradas que persistem e abrigam o mesmo princípio, a do poder econômico e político que retroalimenta a violência, fazendo com que a elevada concentração de renda no globo terrestre seja em si mesma a maior das barbáries.

Conhecimentos científicos já existentes que já poderiam ter resolvido problemas básicos nos países mais pobres são ainda meras moedas de trocas, protelando-se as inúmeras possibilidades de um desenvolvimento sustentável, com reduções drásticas da contaminação do meio ambiente e das populações que desenvolvem mais doenças resultantes dos venenos químicos de tudo o que consumimos em nome da manutenção dos ganhos do capital.

Tecnologias avançadas e disponíveis que já permitem curas ou alívio do sofrimento humano demorarão décadas para serem acessadas pela população em geral prevalecendo os interesses econômicos.

Felizmente, em paralelo, está em curso um processo de sensibilização e mudanças representado por inúmeros grupos que nesse instante, em vários locais da Terra, levam socorro espiritual e material em milhares de frentes de trabalho compostas por pessoas que, independente de credos, são os trabalhadores da última hora, atuando decisivamente num período onde a Terra, plano ainda de expiação e provas, transita para um estágio de regeneração.

Todos os líderes políticos, religiosos, espirituais e empresariais tem um grande compromisso para com Deus, colocar em prática o que muito receberam pelas muitas oportunidades de apreensão de conhecimentos pelos estudos, avanços materiais e científicos, razão pela qual muito se pedirá a quem muito recebeu.

Os alertas recebidos do plano espiritual, e as derradeiras oportunidades estão sendo oferecidas para que espíritos encarnados deem sequência ao seu processo individual e coletivo de reforma interior, praticando o desapego, a humildade, a caridade, a generosidade e o amor ao próximo.

Não há castigo de Deus, há apenas a consumação das leis, ação e reação semeadura livre, colheita obrigatória.

Paz e serenidade!

Virando a página...

Nossas mentes continuam conectadas àqueles que amamos, não há distâncias ou barreiras que impeçam nossa harmonia com entes queridos distantes fisicamente ou que já nos deixaram, mas permanecem vivos além túmulo.

Os vínculos que resistem não se devem necessariamente ao parentesco material ou consanguíneo, há por certo afinidades maiores ou menores e aversões, essas merecem especial atenção para que possamos compreendê-las e saibamos melhor lidar com elas.

Só permanece vivo o que nutrimos.

Um tecido do corpo humano só vive com a oxigenação que alimenta cada célula, basta cortar o fluxo que lhe dá vida e ele perece.

O que estamos nutrindo em nossas vidas?

É possível que uma reflexão diária, desarmadas nossas defesas internas em permanente alerta, nos permita começar a tatear as razões que nos entristecem e impactam nossas vidas ou a de alguém mais que está ao lado.

Olhar para nós mesmos, atentando para determinada ação que estamos adiando é um caminho possível, se não conseguimos fazer esse percurso sozinhos procuremos a força interior para pedirmos ajuda.

Se prestarmos atenção em nossos dias perceberemos que não sabemos quase nada, razão pela qual não conseguimos responder a uma série de dúvidas que nos inquietam, em especial muitas das situações que ocorrem dentro de nossas casas.

Porque se faz tão difícil admitirmos nossos limites?

Orgulho, vaidade, vergonha, medo?

Engano pensar que seja possível sermos instrumento de algum mal que afete somente a nós mesmos, sempre haverá um alguém ao menos que sofrerá conosco.

É difícil virar a página e seguirmos adiante se, ao olharmos para trás, nos depararmos com tantas pendências que nos acompanham e que nos remetem a todas as páginas de uma vida que pensávamos tê-las virado, de nada adianta voltarmos a elas somente para sofrer, vale a pena revisitá-las para nos libertarmos para melhor viver.

Sim, temos limites e, ao admiti-los não seremos menores, descobriremos como é preciso sermos fortes para encararmos nossas limitações, fácil não é, mas é possível.

Quanto a quem se socorrer e pedir amparo, peçamos com fé a Deus, que não faz restrições a nenhuma crença, Ele pode nos sugerir algum caminho, pode vir num sonho, por alguém que nunca vimos ou de uma pessoa com quem convivemos há anos, esse momento será inesquecível.

Paz e serenidade!