Coleção pessoal de PaolaRhoden

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Realizei meu sonho

Nasci, cresci, trabalhei e vivi.
Fiz tudo que sabia
Tenho no coração
a alegria de ter amado muito.
Tenho o conhecimento
que Deus me permitiu ter.
Por isso tenho o saber.
Tenho os amigos que mereço a meu lado.
Tenho a felicidade de saber o que quero.
E os dias foram contados.
Tenho na alma a sensação do dever cumprido.
E acima de tudo,
tenho o poder de decidir por mim mesma,
o que fazer de meu dia.

Rondel

Por muito tempo fomos felizes
Não fosse da vida às adversidades
Que nos conduziu aos deslizes
Destruiu nosso amor deixando apenas saudades

Ente mentiras e verdades
Desculpas perdão e novas diretrizes
Por muito tempo fomos felizes
Não fosse da vida às adversidades

Lembro ainda das suas esquisitices
Dos seus defeitos e qualidades
E de todas as nossas mesmices
Entre dúvidas e realidades
Por muito tempo fomos felizes

Saudade

Estive no mar olhando,
Um por do sol tão divino.
Sua imagem flutuando
Seu doce olhar de menino

Lembro-me de como olhava
Sua imagem refletida,
Nas águas do sol se pondo,
E conversava sobre a vida.

Essa saudade ainda fica
No coração machucado,
Procurando um consolo,
E nunca ter encontrado.

Eu sei que não vai voltar
Mas não deixo de sofrer,
A saudade vai ficar
Junto a mim até eu morrer.

Nem repente, nem embolada

Sem nada que fazer,
Me peguei a olhar o passado.
Com os olhos da mente aguçados
Vi imagens, momentos, lazer.
Vi também quem amei com esmero,
Me deixar no desespero,
Largando como se larga
Algum traste bem usado.
Disse que já estava velha
E que o mundo lá fora se espelha
Na beleza e no prazer.
Fiquei assim, um tanto abalada,
Porque olhando a meninada,
Na juventude e frescor,
Vi que ninguém mais interessa,
De conhecer o Amor.
Vivem o mundo como uma peça
De um teatro singular,
Sem nada muito pensar,
E onde o ser deixou de ser.
E vi também que a de vinte,
Que me substituiu,
Logo, enjoada partiu,
Deixando o vivente sozinho,
Carente por um carinho.
E aquele olhar que dizia:
Como você é feia,
Agora vive na peleia
Para achar outra guria.
Velho, pobre, feio e retro,
Vai ficar só pra vovô.
E verá que sem dinheiro
Nem amigos vão querer
Ser mais seu companheiro,
E vai viver por viver.
Porque o mundo castiga
Mesmo que faça oração,
Quem na vida abriga,
Maldade no coração.

O tempo passou a contar
No momento que lhe vi
Coração parou o pulsar
No dia que lhe perdi.

Cada passo que dou aqui,
Vai de encontro ao meu destino.
Não tem como ser feliz
Se a vida não for um hino.

Quase que chorei pensando,
Que a vida já me esqueceu,
Mas agora estou lembrando
Fui eu mesma quem perdeu!

Não gasto tudo que ganho
Não falo mal de ninguém
Não fico mais com estranhos
Não sonho com nada também.

Saltos, vôos e piruetas
Colorindo meu jardim,
São belas as borboletas
Beijando aqueles jasmins.

Flores nascem, flores morrem
Nos galhos aboletadas,
Sem ter ninguém que as socorre
Fenecem acorrentadas.

Nos lábios nasce um sorriso
Com as cores do perdão,
Acho que mais eu preciso
morar em um coração.

Sonhos abandonados

Depois de tanto tentar,
Cabecear e dar na trave,
Acordei de meu sonhar!

Deixei os sonhos de lado,
Esqueci todos os entraves,
Decepções e enfados.

Olho agora as borboletas!

Sonhos vão para as gavetas.

Como nuvens que se espalham, os sonhos também se vão.

Não temos certeza de nada, até o momento em que os fatos acontecem.

Os que pensam que estão certos, são os que mais erram.

Quantas vezes precisamos errar para achar o verdadeiro acerto? Não sabemos. Apenas não podemos desistir de tentar acertar.

Os ventos levam as folhas
As flores ficam sem pétalas
A vida passa depressa
E nisso não temos escolhas

Quando alguém decide que é menor que os outros, o mundo conspira para que assim seja.

As andorinhas voltaram.
Amanheceu, olhei o céu, e elas vieram. O seu vôo formando uma dança na felicidade infinita do viver. A alegria de vê-las assim eufóricas, no cruzar incessante de asas e bicos, me fizeram lembrar de dar as boas vindas, como elas, ao novo dia e á vida que se inicia a cada acordar. Porque todos os dias é um renascer das esperanças e dos sonhos, como o esvoaçar das andorinhas a cada verão.

Esses sons
Muito longe
não sei onde
Se perderam
No entanto
Ouço vozes
Que velozes
Na distância
Feneceram

E eu fiquei

O silêncio
Cobre o tempo
Que vivi
Nas estradas
Percorridas
Pés cansados
Só feridas
Nem senti
Só o alento

Procurei

Continuo
O caminho
Sou forçada
Pois a hora
Não chegou
Aqui estou
E o vento
Na janela
Me lembrou

Que andei

Então penso
Que essas vozes
E as feridas
Que a saudade
Por maldade
Não me deixa
Esquecer
Fica assim
E mais nada