Observar a cor do luar, que atinge a retina em busca de colchas de lembranças, é fonte de inspiração que vincula toda a humanidade.
Quem tem certezas demais mente.
Tudo pode ser diferente do que se supõe: a certeza é mera chama acesa por combustível incerto.
Uma escolha, para ser boa ou má, dependerá das intenções de quem a fez.
O futuro se deita nas asas de imprecisas e efêmeras decisões.
As cotidianas bifurcações, matizes das escolhas, dão cor à vida.
Sendo toda paixão ventania; a reconstrução sempre vem após eventuais catástrofes.
Orgasmos são sombras que se esvaem se não forem acalentados pela luz da cumplicidade.
Falibilidade é justificativa para cada novo erro, porém, não para falhas repetidas.
Desistir será virtuoso apenas quando a persistência estiver travestida de teimosia.
Compreender e aceitar as próprias limitações não implica em conformismos ou desistências, mas sim em seguir adiante com consciência.
As cobranças que cada sujeito consciente faz a si mesmo são mais cruéis que qualquer taxa imposta pelos outros.
Enquanto um sofrimento resultar em aprendizado, será aconselhável vivê-lo.
Tudo o que não for aprendido se tornará obstáculo e aborrecimento.
A renovação esperada para um ano novo só ocorrerá quando as ações também forem novas.
É preciso enxergar o abismo entre rir de si mesmo e ser subserviente com pretensos e jocosos algozes.
O bom humor é o tônico necessário para que as relações humanas sejam desintoxicadas.
A sepultura de qualquer religião vai sendo sedimentada ao passo que seus pilares são corroídos pelos cupins da desmistificação.
Quando uma doutrina passa a ser inquestionável, indiscutível e cegamente confiável, é preciso que se apure sua essência mitológica.
Para compreender simplicidades, faz-se necessário esquivar-se dos metaforismos e da reverberação de filosofias problematizadoras.