Coleção pessoal de lucia_1977

Encontrados 13 pensamentos na coleção de lucia_1977

Iceberg
As pessoas e suas atitudes me tornam por vezes um iceberg. A única coisa capaz de me aproximar é o que me passa sinceridade. Reconheço uma lágrima fingida, mas só me derreto pela que me passa verdade. Me encanto pelo que é verdadeiro, como amizades, amores. Sim, mexem comigo quando sinto que não é gelo no sol, passageiro.
Por vezes tão calada, não é timidez não. É vontade de sentir e conviver com o que é real, concreto. Necessito, desde que não seja, artificial, em vão.

Quando as lágrimas forem por pessoas, momentos, lembranças e sentimentos tristes, desperdiçaremos pessoas, momentos, lembranças e sentimentos felizes. Façamos cada lágrima nossa que rolar valer a pena.

Apenas Papel e Caneta
(1ª parte)

Quando a voz embarga, quando os olhos ficam bagunçados
Mistura de sentimentos que me deixam em frangalhos
Mas a caneta não para, dança num ritmo acelerado
Como dizia Ca:
" Escrevendo eu falo pra car@%*# "
Há quem se expresse bem falando, gesticulando, cantando
Eu prefiro, caneta e papel,
Através deles vou me revelando.
O coração segura a caneta, que muitas vezes escreve com raiva e com dor
As linhas são coloridas, mas pouco importa a cor
E quando o sentimento é bom, atrás de cada letrinha, tem zelo com carinho, afeto e muito amor
O ruim é quando tudo se cala, quando a caneta silencia, quando coração para...

O dom de sentir e ler pessoas é uma faca de dois gumes. Algumas me fazem querer fazer doutorado nesses quesitos, outras de tão medíocres e mesquinhas, me fazem ter uma vontade enorme de me tornar analfabeta nessa área.

E um dia dormi professora e acordei...
com carimbo de PROFESSORA tatuado em minha alma.
Que nunca se apague. Que nunca se apague.

Professor, Mestre, a
tatuagem aquela, intrínseca, que nunca se apaga por quem o é por emoção e vocação.

Ofuscar?
A luz que vem dela, a luz que vem de dentro dela.
Ela sabe que a luz é forte, que muitas vezes arde os olhos de quem a tem por perto.
Mas ela não entende o porquê arde.
Não era para arder, não era.
Ela não quer ofuscar os olhos de ninguém, Tampouco diminuir a luz de quem está a sua volta.
A luz dela é aquela luz no fim do túnel, aquela luz que chega pra você não bater o dedin do pé naquele móvel no meio do caminho.
A luz dela é para iluminar pensamentos
Ela não quer que sua luz seja luminosidade de comparação. Ela não quer.
Muitos se perguntam:
Que luz é essa que ofusca meus olhos?
Não era para ofuscar, não era.
Tem muita luz dentro dela, tem sim.
A luz dela é para compartilhar.
Ela se sente feliz quando os olhos não ardem. Muito feliz.
Ela entende que quando não arde, é sinal de que a admiração é saudável, e
que sua luz conforta e é absorvida pelo olhar e pela alma de quem a quer por perto.
Quando ela sente que está ardendo, se fecha num casulo.
Estar dentro de um é ruim. Por isso é ruim quando arde.
Não era para arder... Não era.

Travessa
Gosto de gente que se junta.
Só se junta quem quiser.
Mais que tábuas de frios e iscas com fritas, tem calor humano. Só entende quem junto estiver.
Na travessa juntamos mesas, cadeiras, copos e garrafas, mas acima da junção de objetos, a travessa juntou pessoas.
Quem era professora, servente, monitora ou cozinheira? Pouco importa, pois a travessa não faz distinção de classe, ela apenas junta pessoas.
Todas com o mesmo propósito: Não desperdiçar o tempo. Se permitir viver de sorrisos, de conversas que não temos tempo de ter.
A travessa teve música boa, bebida gelada, conversa fiada, gente diferente. Mas acima de tudo, gente que se afina com a gente.
Postamos fotos nas redes sociais para eternizar o momento, momento este que não volta atrás, por ser ele único. Mesmo sabendo que virão outros, mas esse da travessa, igual a esse, não mais.
E foi chegando gente. Gente atrasada, gente que deixou gente e veio curtir com a gente. Cadeiras já não tinha mais. Mas isso pouco importava, pois a música nos desacomodou, levando embora as cadeiras.
A travessa mais uma vez nos mostrou que pouco importa as coisas (objetos), pois o propósito dela é unir pessoas, através da dança, da música boa da bebida gelada, da tábua de frios, da conversa fiada, do abraço apertado, de diversos olhares. Poderia ser em qualquer lugar, mas ontem foi na travessa, Travessa Ismael Soares.

Pedalar, Meu Vício:
Minha bicicleta
é tudo pra mim, me tira da inércia,
é vicio sem fim.
São pernas de aço, é brisa no rosto. Há quem prefira a magrela de academia, eu sou o oposto .
É paixão que me movimenta por dentro e por fora. É aquele prazer sem dia e sem hora, bastando que o fizemos acontecer.
Portanto, dê o start, pedale, seja na leve ou na pesada, isso pouco importa, basta querer de verdade que o mundo se movimente, embaixo das duas rodas e ao seu redor.
O resultado já sei de cor,
satisfação imediata, pois o bem estar físico acontece no corpo e na alma.

BagunçArte
Criança arteira: Criança que faz arte ou criança bagunceira?
Não importa. O importante é que interaja, que goste e que faça parte.
No sobe e desce do rolo o que vai sair ninguém sabe. O que se sabe é que é arte. Rabisco sem intencionalidade,
mas que desenha sabiamente um sorriso de verdade.
Arteiros de chão e de colo, despidos de qualquer vaidade.
Criança arteira... Bem, poderia chamar bagunçarte.

Gostaria de ser um polvo às vezes para poder abraçar todos os meus compromissos

Meu nascimento- Jarro Estilhaçado

O embrião era um jarro em estilhaços. Após o nascimento foi se moldando, colando-se os pedaços. Ao ver a luz do mundo já não era mais perfeito. No seu exterior, marcas de cola em todos os cacos. Mas com o passar do tempo algo estranho acontecia. Alguns ao longe não enxergavam defeitos, outros podiam interpretá-los, principalmente a luz do dia.
Moldado em imperfeições, mas por dentro nem tanto.
O jarro é bem sólido, verdadeiro. Não é qualquer um que pode senti-lo, pois têm nele seus encantos.

Pé Torto.
A unica coisa na vida capaz de frear minha caminhada: O registro de uma fotografia...
Se juntaram do nada, quase sem querer. Nada forçado. Tinha que ser. Pés nada egocêntricos. Muitos caminham em direções diferentes, mas todos com algum propósito, mas sempre ao encontro de gente. Alguns com leveza, outros apressados, alguns muito lentos, parecendo caminhar contra o vento devagar quase parando na fila do super mercado, de uma lotérica ou de um banco.
Nos horários de pico, são apressados, rumo a fazer o almoço da família, atender seus viventinhos, malhar na academia, buscar o filho na escola, pegar o pão quentinho na padaria.
Descansam numa mesa de bar, enquanto as mão seguram um copo, ou num final de tarde no laranjal, tomando um amargo, apreciando o por do sol. Outros bem calejados, ainda têm pique para uma partida de futebol.
Cumprem jornada de estudos, correm pra não perder o ônibus.
Dessa caminhada esperamos colher bons frutos, na qual não existe perdas e ganhos e sim aprendizados presentes e futuros.
Durante a trajetória notaremos algum pé desajeitado, meio torto, caminhando para lado oposto, mas o importante é que nenhum pise no outro, respeitando o espaço e o jeito de ser e cada um.