Coleção pessoal de lagescinthia

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Mas que o afeto afete, e quando se fizer explícito, se faça a tensão, se faça o medo. E acima de tudo, se faça… carinho.

Num retrato-falado eu fichado,
exposto em diagnóstico
Especialistas analisam e sentenciam: oh não!

Mesmo tendo me custado caro, as pessoas são vírus. Ela chega, faz a sua parte, leva a sua parte… e parte. E só resta você. Você não está só. Você tem um sistema imunológico requintado, que por vezes, você se permite esquecer. E aí consiste uma parte sintomática do sofrimento. Mas ele tá lá esperando a hora de você estar pronta, e finalmente, eliminar o ciclo do parasita, mesmo que isso signifique excluir certas células cancerosas. [ E isso é o bom das metáforas. Podemos aplicá-las a um caso, e simplesmente cometer certos erros de verossimilhança, conforme forem convenientes.] Outras pessoas vão chegar, e uma parte sua já nao estará mais lá. Mas você vai estar. Então a troca foi bem favorável. Foi-se um bom… e ficou uma pessoa muito melhor. Uma pessoa já imunizada contra determinados vírus. Um sistema imunológico inteligente, e conhecedor. Desses que daqui a uns dias, estarão dando conselhos a outros sistemas preocupados com o bem-estar dos seus organismos…

Repito: Que seja doce. Sete vezes pra dar mais sorte: Doce, doce, doce, doce, doce, doce, doce…

Me reservarei a desejar a todos que sejam sim felizes para sempre. No entanto, devo incutir também a ideia da não-necessidade do “casaram-se” antes.

A: Você me faz rir. Você faz rir... você ri. Você é uma gargalhada despreocupada, insensata e infinitamente agradável. Que não sabe a hora de parar. Chega e vai sem aviso. Orgástica. Delisgada às consequencias do seu começo e fim, da busca por você. Mesmo que elas demorem 9 meses para aparecer... Não, eu não sei o que pode ser melhor. Mas eu não conto mais comigo. Cansei. E que seja sua a responsabilidade.

Ah, se eu agüento ouvir
outro não
quem sabe um talvez
ou um sim
eu mereça enfim.

É que eu já sei de cor
qual o quê dos quais
e poréns dos afins
pense bem
ou não pense assim!

Eu zanguei numa cisma, eu sei
tanta birra é pirraça e só
que essa teima era eu, não vi
e hesitei, fiz o pior
do amor amuleto o que eu fiz?
deixei por aí…
descuidei, dele quase larguei
quis deixar cair.

Mas não deixei
peguei no ar
e hoje eu sei
sem você sou pá-furada.

Ai, não me deixe aqui
o sereno dói
eu sei, me perdi
mas êi, só me acho em ti.

Que desfeita, intriga, Uó!
um capricho essa rixa; e mal
do imbróglio que quiproquó
e disso, bem, fez-se esse nó.

E desse engodo eu vi luzir
de longe o teu farol
minha ilha perdida é aí
o meu pôr-do-sol.

Era isso — aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania.

Se não há percas e ganhos, então de certo acabaremos juntos. Mesmo que isso signifique, separados. Cruel de entender, não é? Sempre é. Quis dizer que acabará pros dois. Não que acabaremos como um. Matematicamente ficou mais simples. Mas, é. Falar é fácil, só não torna mais fácil. E o mesmo se aplica aos números… Contar é simples. Só não torna mais simples.

Sonho que é sonho finda com sorriso. Sonho que acaba mal nunca foi sonho, já havia caído nas garrinhas da realidade, e para elas perdeu seu brilho. E você arremata o massacre se referindo à ele como um projeto inacabado, um ponto mal-feito. Aquilo que beira a existência nunca foi de todo irreal. Ficou perdido em outras classificações, em outros devaneios…

O nó é o laço esticado até desapegar. É a formação que não quer existir. Certamente é muito mais fácil de enxergar: o laço é muito mais bonito.

Digo aqui que as mãos só perdem para os lábios, pois estes são mais versáteis - se é que sua imaginação me acompanha.

Se você quiser alguém para ser só seu, é só não esquecer que eu estarei aqui.

Aonde está você agora
Além de aqui dentro de mim?

Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo.

No inferno os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise.

O mal só pode ser vencido por outro mal.

Não há necessidade de grelhas, o inferno são os outros.

Até Deus tem um inferno: é o seu amor pelos homens.

Eu te amei muito. Nunca disse, como você também não disse, mas acho que você soube. Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar. Pena também que a gente se envergonhe de dizer, a gente não devia ter vergonha do que é bonito. Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.

Nada tem que dar certo.
Nosso amor é bonito,
Só não disse ao que veio;
Atrasado e aflito,
E paramos no meio.
Sem saber os desejos aonde é que iam dar…
E aquele projeto ainda está no ar.