Coleção pessoal de johnnymotasoares

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⁠Diário de um brinquedo

Hoje moro num baú
Não estou na mídia
Acho que estou ultrapassado
Os brinquedos de hoje
São digitais,
Tecnológicos,
Alguns são apenas memórias.
Creio que apenas seus pais lembram
Como éramos felizes...
Rolávamos na chuva,
Em verdes campos
Nas ruas, fazíamos aquela bagunça
Nos intervalos, éramos estrelas, famosos
E até celebridades
Alguns ganhavam destaque.
Hoje somos relíquias.
Ah! Se nos conhecêssemos.
Mas se bater aquela curiosidade;
Nos procurem
Na Rua da Lembrança
Bairro da Felicidade
Cidade dos sonhos
Ou simplesmente perguntem aos avós e pais
Como éramos felizes...

⁠Opúsculo: Será seu fim?

Para onde vamos?
Perguntou-me o livro amarelado
Não sei caro dicionário
Pois cada dia que passa
Ficamos sem ser folheados
Toda atenção ao Celular é dada
Tenho medo de ficarmos de lado
Permanecer na lembrança,
Ou apenas armazenado
Já presenciei muitos clássicos
Sumindo dos armários
Nem nas estantes estamos mais
Provavelmente iremos
Para as nuvens digitais.

⁠O segredo das flores

Meu jardim, que flores tens?
Rosas, margaridas e girassóis também...
Meu jardim, que cheiro tens?
Doces, cítricos e suave também...
Por que dais tudo de graça?
Se muitos não o valorizam bem?
É porque sou feliz fazendo tudo florescer
Pois esse é o meu destino e devo agradecer.

⁠Aula on-line
O que é aula on-line?
Pergunta o menino pobre
Que não tem celular
E em Home office
Como estudar?
Será que um dia
O pobre menino
Terá acesso ao celular?
Pois dizem
Que a tecnologia é maravilhosa
Tem filme em 3D
Câmera em 360°
Iphone, pen-drive, CD, DVD
Mas para o pobre menino
Será que vai ter?
O menino pobre ou o pobre menino?
Dúvida cruel
Que disfarça o acesso ao mundo digital.

⁠Paródia – E agora José
Professor
E agora, professor?
A aula parou,
o portão fechou,
o aluno sumiu,
a merenda esfriou,
e agora, professor?
e agora, você?
Você que pensa em “nós”
Que ensina aos outros,
Você que faz atividades
Que ama o que faz.
E agora, professor?

⁠Moça faceira
Que o olhar me encanta
Sua pele branca
Que cheiro tem?
Moça tão doce
Que os lábios eu desejo
Que dia terei...
Terei os teus beijos?
Moça bonita
Das curvas tão belas
Será que um dia...
Tu me revelas?
Moça faceira
O que escondes de mim?
O teu mais íntimo segredo
Revelas pra mim?

Amogogia

Queridos acadêmicos
Que há anos acompanho
Quantas lembranças
Sorrisos e danças
Nosso curso é assim...
Não há tristeza ou fim
E as vezes...
É como se voltássemos a ser crianças
Pois nas aulas pedagógicas
Era uma festança.
Pois bem...
A primeira fase acabou
Agora são docentes
É um título maravilhoso
Que sentirão orgulho e amor.
Lembrem-se das nossas aulas
Filosóficas ou Pedagógicas
Pois com elas, segundo Freire
As cortinas do grande teatro da escola se abrirão
Para a “Pedagogia do oprimido”, “do amor” e “da libertação”.
Hoje sinto orgulho
Do que são:
São pais, filhos, esposas, amigos e finalmente “professores”
Honrem à docência com sabedoria, paixão e “sabores”.

⁠(Versão: Minha Terra tem Castanheiras)

Minha terra tem castanheiras
Onde o velho Coelho aportou,
Trouxe consigo a poesia
Que Gonçalves Dias lhe proporcionou
Legado este, que a “lenda” nos deixou
E com o nome de Marabá
A cidade ficou,
Poucos sabem a “história”
Deste nome tão singelo
Por isso, somos filhos
De tantos mistérios...

⁠Eu também sinto prazer
Eu gosto de música
Seja ela qual for,
Da roça,
Da cidade,
Moderna ou de cor.
Preciso sentir essa “vibe”
Pois sou feito de som:
Choro ao nascer,
Risos de alegria e emoção.
Gemidos, ronco ou até um “Pum”
Não sei o que pensam
Da música que ouço
Quero mais é curtir
Esse som bem gostoso.

⁠O cheiro da vida
Não esperava por ti
Sabia que não “vinha”,
Mas veio
Tão belo, sorridente e sério.
Veio dar-me vida
Mas não uma vida qualquer
Uma vida com vontade de viver
De acordar e sentir o quanto és especial
Por isso ainda vivo, mas não uma vida qualquer
Uma vida com cheiro de viver.