Coleção pessoal de jessicajulaia

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Não sou boa com números. Com frases-feitas. E com morais de história. Gosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica. Uma vontade que não passa. Uma palavra que nunca dorme. Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Quase nunca estou pra ninguém. Mudo de humor conforme a lua. Me irrito fácil. Me desinteresso à toa. Tenho o desassossego dentro da bolsa. E um par de asas que nunca deixo. Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo. E - sem saber - busco respostas que não encontro aqui. Ontem, eu perdi um sonho. E acordei chorando, logo eu que adoro sorrir... Mas não tem nada, não. Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem - na verdade - a gente é.

Eu tenho muita preguiça do seu olhar de “já sei o que é sofrer, agora posso viver sem medo porque descobri que eu não morro”. Eu já sofri por aí, mas ainda morro muito, todo dia eu velo meus restos e conto uma piada para ninguém perceber.

Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos.

Ninguém precisa ser feliz todo dia, pelo amor de Deus. Nem se fazer de forte, só para inglês ver. É preciso aceitar a tristeza. É preciso aceitar a fraqueza. É preciso sentar no chão e chorar, se não estiver dando conta. Me desculpem quem chama isso de "se fazer de vítima". Mas se estou TRISTE, ESTOU TRISTE. E não tenho pena de mim, muito pelo contrário. Eu tenho maior orgulho de me aceitar. Feliz ou triste, eu ME ACEITO. E me acho muito foda por isso.

A carência é nossa inimiga número um. Você já parou para pensar nas besteiras que faz por carência? Liga pra relacionamentos falidos, dá bola pra babacas e o pior: se bobear até acaba abrindo as pernas para um deles.

Tá carente? Pega uma amiga sua que também está e passa uma tarde tentando entender por que os homens são tão idiotas e mesmo assim fazem tanta falta. Você não vai chegar a conclusão nenhuma, mas pelo menos passou a tarde com alguém que, assim como você, tem cérebro. E sentimentos.

Essa é uma dica importante, mas a mais importante é a que vem agora. Preste bastante atenção.

E eu, minhas amigas, que vos escrevo textos com pitadas de uma certa experência de vida. Eu que analiso o comportamento humano com paixão e tenho, depois de algumas desilusões, todos os pés atrás com a raça. Eu que gosto de saber aonde estou pisando e apenas me deixo sobrevoar a espécie quando o macho se mostra apaixonante o suficiente para me dar asas. Eu caí no conto do vigário e agora sinto sobras de invasão neste meu território tão sagrado.

Ah, e ele não gosta dos amigos: ele ama os amigos. E ele não comenta que foi com os amigos no futebol ou beber cerveja: ele ama os amigos.

Deixemos clara a putaria minha gente! Pra que gastar dinheiro em jantares românticos, pra que assistir a filmes que vão além da inteligência sufocada num bracinho forte com a tatuagem à mostra? Pra que mostrar fotos da família? Sim, ele é bonito, ele, de boca calada, tem bastante chance de comer uma ou outra mulher mais espertinha que esteja, no momento, sem nada melhor pra fazer e querendo dar uma relaxada.

É simples. Mulher também faz sexo por sexo, não queremos casar e morar numa casa com cerquinha branca o tempo todo. Sejam sinceras. Agora não venha subestimar nossa inteligência com romance barato até levar-nos para a cama. Não nos leve para a cama com promessas e não ligue no dia seguinte. Isso é herança da época em que ficávamos em casa ganhando peso e imaginando nossos maridos com amantes peitudas e não do tempo atual em que somos as amantes peitudas.

Tá dado o recado, tá vomitada a revolta...

Não adianta desperdiçar sofrimento
Por quem não merece
É como escrever poemas no papel higiênico
E limpar o cu
Com os sentimentos mais nobres.

Não sei mais falar, abraçar, dar beijos, dizer coisas aparentemente simples como "Eu gosto de você". Gosto de mim.

Eu não espero que você seja o grande amor da minha vida, parei de acreditar nisso… Não quero que você me faça chorar. Não quero que você seja um motivo ruim na minha vida. Você é motivo de sorrisos, razão pra eu acordar num dia de chuva e tomar banho e mudar de roupa porque eu sei que você vai passar aqui… Não quero te odiar. Não quero falar mal de você pros outros. Pras minhas amigas. Quero falar mal de você como quem ama. Pois é, ele nunca lembra de desligar o celular antes de dormir e sempre alguém do trabalho liga. Sabe, eu quero dizer isso. Que o máximo de irritação que você me provoca é me acordar de manhã cedo falando bobagens que parecem ser importantes no celular. Não quero que você me largue. Não quero te largar. Não quero ter motivos pra ir embora, pra te deixar falando sozinho, pra bater o telefone na sua cara. E eu não tenho medo que isso aconteça (eu nunca tenho), eu fiz isso com todos os outros. É só que dessa vez eu queria muito que fosse diferente. Dessa vez, com você, eu queria que desse certo. Que eu não te largasse no altar. Que eu não te visse com outra. Que eu não tivesse raiva. Que você não passasse a comer de boca aberta. Que você entendesse o meu problema com chãos de banheiro molhados pra sempre. Que você gostasse e cuidasse de mim como disse ontem à noite que cuidará. Eu quero que dê certo, não estraga, por favor. Não estraga, não estraga e não estraga. Posso pôr um post-it na sua carteira? Mesmo que a gente não fique junto pra sempre. Mesmo que acabe semana que vem. Nunca destrua o meu carinho por você. Nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga, sorri ou aparece… Mesmo que você apareça na porta de outras mulheres depois de me deixar. Me deixe um dia, se quiser. Mas me deixe te amando. É só o que eu peço.

Também não sei se o que me prende tanto a você. Deve ser justamente essa impossibilidade de sermos, finalmente, nós.

Sabe, eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre virgulas, aspas, reticências… eu vou gostando… eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou… e continuo indo, assim, desse jeito, sem virar páginas, sem colocar pontos…

Se me perguntarem como estou, eis a resposta: Estou indo. Sem muita bagagem. Pesos desnecessários causam sempre dores desnecessárias. Esvaziei a mala, olhei no fundo dela, limpei, e estou indo… preenchê-la com coisas novas. Sensações novas, situações novas, pessoas novas. Tudo novo.

Confesso que me dá uma saudade irracional de você. E tenho vontade de voltar atrás, de ligar, de te dizer mil coisas, e cair em suas mãos, sem me importar com nada, simplesmente entregar-te meu coração. Mas não, renuncio, me controlo e digo para mim mesmo que não é assim, que não pode ser, que você se foi, e não volta.

Gosto de pessoas que não perguntam porque estou calado. Gosto de pessoas que entendem o meu silêncio e apenas continuam ali.

Aprenda, menina, quem não te procura não sente sua falta.

A Clarice Lispector é meu lado fofo. A Tati Bernardi é a minha revolta. E o Caio Fernando Abreu? Ah, o Caio simplesmente me conhece e sai contando de mim por aí.

Continue andando. Enfrente seus problemas de cara. Reaja. Vai. Está pensando que é só você que sofre? Está enganada. Anda menina. Para de ser infantil. A culpa não é de ninguém... Se apaixonou, agora segura. Anda. Seja forte. Seja feliz. Seja uma mulher.

É hora de fazer tudo o que sempre quis. E é maravilhoso ver que tudo o que sempre quis é simples, belo, acessível, fácil e do bem.

Você está bem onde está, eu estou bem onde estou. Mas, como aconteceu naquele dia na praia, em que eu passei indo com meu novo amor e cruzei você vindo com seu novo amor, não tem como a gente não olhar para trás.

Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha de ser justo amor, meu Deus?

As coisas acontecem do jeito que acontecem e estão certas assim. Não me arrependo de nada. Mas de vez em quando passa pela cabeça um "ah, podia ter sido diferente".