Coleção pessoal de ingridaguiar1

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E sussurrava no meu ouvido: “meu amor”. E por dentro eu gritava: “seu, seu, seu e seu. Não apenas amor, mas o que quiser”.

No meio de toda essa bagunça, no meio de toda a areia movediça de mim mesmo; ainda pergunto baixinho se vem: “vem?”. E é tão urgente que digo. É tão urgente que grito: vem depressa me encontrar; vem me olhar; me sorrir; vem mostrar o sorriso que ainda está escondido, o sorriso calado, o convite para entrar na sua vida. Antes que seja tarde demais.

Eu escolhi você. E ainda que passassem mil anos, de novo eu escolheria você.

E a imagem é tão clara, tem que ser você.

Tantos sorrisos e tantos olhares e tantas vozes e cheiros e nenhum é você… Nenhum é você.

Um dia a gente aprende que as coisas - e pessoas - vêm e vão, e que é bom você se acostumar com isso, principalmente com as idas.

Você vai sentir minha falta?” ela perguntou, olhando de lado, meio que sem jeito. “Cada segundo de cada dia”, respondi com um sorriso e ela também sorriu.

“Você sabia”, ela perguntou com uma voz gentil, “que quando você olha nos olhos de alguém, você pode ver quem eles amam?” — E então, olhei fundo em seus olhos. E no meio de tanta luz e tanto brilho, não pude fazer o menor esboço, Zé. Eu me vi.

“Minha vida é um deserto, Zé. Todos passam, ninguém fica. Já acostumei. Como é mesmo? Ah! lembrei: “primeiro a chegada, depois a partida.” – meu Deus, Zé. Sempre a partida.”

Eu te escrevia com tanto amor. E eu até esperava resposta. Na verdade qualquer coisa servia, até um papelzinho besta, descolorido, com um rabisco pequenininho no fundo escrito: eu li. Porque o que machucava era o silêncio.

Sempre com a esperança de um convite para entrar (outra vez na sua vida).

E ela que achava que era rosa, pra mim, era jardim inteiro.

Tentei tanto caminhar, tanto seguir um novo caminho que não fosse você, que consegui. E que não soe desastroso, meu bem, mas esqueci. De você. De mim. De nós. Esqueci.

E você que sempre precisava de mais, e queria mais – e procurava. Sem se preocupar em olhar para o lado e ver que, talvez, já tivesse tudo.

Mas as raízes que ela plantou são mais profundas do que a tristeza.

Porque apesar do seu jeito durona, você é tão frágil, tão leve, tão solta, tão: tudo que eu sempre quis.

Vi um casal de velhinhos surdos brigando de pertinho. O amor é um casal de velhinhos surdos. Pode brigar, mas não vai embora. Fica perto.

Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer. Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre. E eu soquei meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho.

Estrago a pessoa amada em sete dias

Talvez meu amor tenha aprendido a ser menos amor só para nunca deixar de ser amor.