Coleção pessoal de gibaldi

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Recolhi-me no mais cruel dos pensamentos, o fato de não saber onde ir, me faz crer que muitos vão pela pressão, isso é inegável meu contexto favorece o tempo de inestimáveis formas, inclusive, a de sofrer com ele. Quando isso é um problema? Na medida que o reflexo incomoda, a manutenção do ser nessas circunstâncias se dá pela manutenção do poder que se faz presente na forma, quando in forma, penso nas características básicas que compõem a coerência da dita realidade, o que muitas vezes, como no dia do cavalo que em linha reta percorria e como num piscar de olhos seu corpo todo vira a esquerda, e sem precisão nenhuma seu rosto alcança o limite, não julgo que isso não possa vir a ter inúmeras explicações ciêntificas, mas dentro das minhas limitações de ser, nada disso fez sentido, o correr, o parar, me pergunto então por mias que tudo tenha uma explicação, a explicação é alcançável por todos? E se não é, por que recorremos as explicações para definir um acontecimento? é claro né, todo ser está contido em um contexto, mas será nossa psique possível para definir tudo isso? Mas então nessas perspectivas, será possível conviver com a desordem e capacidade que um único caminhante tem de matar outros? Como conviver com isso? Mas se não é possível conviver, então que caminhos tomar? Se sentir na obrigação de levar as explicações a mais pessoas? Ou isso é se tornar o que se luta? Qual em qual postura se comportar? Como na poesia, em que o poeta submerge no intimo de si, para buscar seus versos, por que não, submergir em si para buscar o seu inverso? Porque não sua conduta não poderia responder e ser um síntese do que se apresenta em muitos, os tiques se repetem, a mina de lavar a mão, de limpeza, o dinheiro chave dos mistérios a lanterna de Horus.
Es então que o celular vibra, e tudo acabou, tremeu o sustento de todas as ideias, e conteúdos, lá se vai uma incrível oportunidade, mas como dizem os psicólogos “você precisa parar de se analisar, você tem uma resposta pronta pra tudo em sua vida, você se analisa muito, vai lá viva o momento.” e nós vamos, vamos juntos a algum lugar que não se tem muito mais que uma forma nova de usar a mesma calça que outros já usaram, vamos nós descobrindo que na velhice o importante é ter companhia, caminhar pela manhã no sol das 10h, igual aquele sol ideal para o bebe, Há mas desculpa, falar essa vida é so pra quem tem rubro card, aquele cartão que tingem com teu sangue, ou sangue de alguém que por ventura do destino você virá a amar. Não se preocupe um dia você também chega lá, tua história de vencedor vai tá encerrado nas comemorações de família, nos churrascos, no boteco, o antro dos aposentados, onde toda a vivência se reduz a memórias, essas que são, epopeicas, hercúleas, os campeões de salário mínimo, se é pra fazer alusão aos gregos, muita gente aqui fora leva o emblema da Nike, todos como campeões que são, todos criados para se idealizarem soberanos, na solidão da casca de nós se fazendo o rei do infinito umbigo, que fede sem banho, sem água , sem se renovar na medida que cresce os fungos da árvore centenária isolada da morte.

Teu sobrenome não lhe prende a nada amigo, teu nome é vida, teu nome é teu, "nome" a linguagem tem dessas, tem uma um nome para o "nome" e é dele, vê? não, acho que não né, nem eu vejo... como beiro o rio sem nunca mergulhar, como bebo sem nunca ver a fonte, sou do mundo pouco mundo, como está tu quando se depara nu, já viu? já viu sim, ainda acredita que é, faz dengo e charme, come na palma da mão... passarinho esperto bateu o pescoço na gaiola até morrer, sem nome, sem canto, vazio! tudo vazio! sem nome vazio, sem vazio tendo nome...
Olhar pro canto escuro do teu quarto e nada vê, sem voz sem nada, você caído, paredes, desolação, signos, vacina, cartão, chão, sonho, luz, ta vendo? tem nome pra tudo e tudo é de tudo.

Tua alma está talhada na tela
Tua simbologia é ingrata
Tua peregrinação é a goela
Tua raiva é enlatada
Teu sorriso é quimica
Teu peito arde de rancor
Teu corpo se perde e gela
Teu mundo comprimido treme
Tu é um simples animal
Tu é divino até no hino
Tu que vejo é relance quando revejo
Tu que vai e vem com cheiro, é percevejo

Nenhum lugar é meu
Nada que condiz está escrito eu
paredes lamentosas, majestão o ambiente
aqui eu sou um pegajoso sobrevivente

Ontem nas esquinas
eu vi um rato praticando esquivas
na luta pela sobrevivência várias vitímas
e as mentiras minhas se fazem intimas

Uno invariável
pertencente ao verbo,negociar !
Imagem precisamos de imagem, alegria
aqui o que se faz sem sinergia
imprestável

prefiro a morte a redimir-me
pensamento arcaico corre pelas veias
filho de vários tempos, meus avós estam vivos,revoltados e feridos
nunca fui a guerra e me lembro dela como um sonho

despreocupado, desorientado

Um homem cheio de barreiras
um homem cheio de barreiras?
um ser intransponível
um ser intransponível ?

Tem fel nesse mel
casas são como um papel
onde está todo meu sentido
aos cacos, nos descombros dos muros caídos

aaaah perdição, faz de mim um ser tão cruel e sem noção
a todos que me olham sou vitoria ou enganação
observo que limito o seu limite de percepção
quando é furiosa sua ação

O tempo passou em volta da pedra
A pedra imóvel modificou o tempo
com tanta força que explodiu-se o vento
lamentações nas paredes se ouve de longe
fica perto,incerto, incorreto
desculpa falar tão raso,tão breve
compreenda, pouco a pouco ti torna-te a mim
Influências,delicadeza construtiva

Adeus! Adios! Há deus
Pai que tristeza te fez imagem e semelhança,tédio ou solidão?

Amém

Teu espaço em tela
Tê la em espaço teu
Complementa eu dela
Dela complementa eu
Em espaço teu tê la
Como confunde ser eu
No espaço teu
Fundo eu fungo meu espaço seu
Adeus meu eu
Em espaço tê la
Ela se perdeu
Primaveras sempre voltam
Confusas entre os passos seus...

Estava pensando...
O que é uma referência sem um referencial? O que eu sou sem o eu? Apenas sou projeções além da minha compreensão? Talvez meu corpo nem seja sólido e minha alma não seja fluida. Talvez energia não seja energia e vibrações sejam abraços.
Amar, não é simplesmente amar. Amar modula, refaz, conserta o torto, ou entorta em padrões belos.
Cara eu estava pensando...
Porque pensar tanto? O que é o pensamento? Um guia incerto na incerteza cotidiana, baseado em lembranças e em ideologias datilografadas?
A felicidade é um momento de plenitude, de equilíbrio, dentro dos choques moleculares dos micro milagres, que preenchem teu campo de visão, além do perceptível.
Cara eu estava pensando...
Não tenho nada pra falar, nada pra dizer, muito a conhecer e pouca ganância no viver.

Vem o cheiro contando mais historia que a pele
Batucando meu peito explode
Na crisália da consciência, dorme o empenho
Prazer na forma, entorta, a alma
Corre juventude, corre nas mãos do poeta
Batucando meu peito explode

Na palma da vida rodopio, expio, sento
Lento para tu, rápido para ti, organizo o infinito
Presente consciente, futuro consequente
No passado eu passo, com passos miúdos
batucando meu peito explode

De outono em outono fortaleço
no inverno envelheço, na primavera agradeço
AAH o verão!
Ver nunca é vão, Ver na expressão do outro, com o coração

Calma! Cante com a alma, a lagoa é escura mas a areia é branca.

Contorno torto, vive o morto
Longe de tudo, por puro desgosto
Cai ao chão, fel de salvação
Imperativa é a pura ilusão
Morrer nunca foi questão de solidão

Volta a cova sem esperança
Aquele que na morte procurou abundância
Inverno livre do verão, de amarguras as canções
De poesia morre o poeta imortal
Que com tamanha fome de viver, morreu no seu quintal

Se com gosto produz desgosto
Refaça a dança dos prodígios
Caminha aberta tua força em alerta
Com quem flerta a sorte grande
De majestades a imigrantes, produz o grito sorrateiro

Do gato desordeiro, que na noite canta no telhado
Tirando o sossego de quem nunca está molhado
Sereno e denso, rogo ao intenso.

Muito Europeu, para não ser romântico
Muito Africano, para não ser guerreiro
Muito indígena, para não ser espiritual

Meu sangue é um rio de ancestrais
O fado que toca no meu peito tem batuque na lua cheia
O vinho do copo, desce pela garganta ( que canta)
com ervas mais antigas, que os nomes.
vivo demais para ser mentira
Muito humano, para não ser muitos.

Um coração é o fim da questão
Dois pontos de interrogação se encontrando
Dualidade em choque

caminha bravo o jovem e seu chápeu
caminha bravo com um guarda-chuva
Guardando mais idéias do que chuva.
Pena, ser penoso
Selvagem, vem e vai no tic tac
Coberto de luzes, como o sangue que jorra da madeira.
Arvore, simbolo do pecado, a arvore sempre presente
no fruto, na morte, na salvação.Arcaico seria, não pensar
todos tentaram um dia subir na arvore, e observar do alto.
a visão que contempla deus no instante
Furtivo é o tempo, mas de que de importa o tempo, se tenho o instante

Absorvo o mundo,como ele parece ser
Transpiro raiva, enquanto salivo de amor.
Desejo todo dia desejar mais um pouco.


A realidade me engole e gira, sinto um furacão de construções
vida segue o som, latente como o pingo da torneira.
Torturo o prazer de ser, esperando o sumo de existir.
Bebo da fonte o que não é da fonte.

Comendo o que não tem forma, nem nome, nem sentindo
comendo o comer por prazer de comer, engulo o verbo
cuspo sentindo, sem ter serena capacidade de explicar.

Na clareira no meio da floresta a luz da lua chega mais intensa.
De filhos em filhos, cultos em cultos a luz sempre chega.
O topo das arvores cobertos por folhas densas, que conhecem os segredos dos céus
a floresta fala, quando o silêncio sensorial impera, o céu chora quando o coração padece, o rio corre, ao longe mais rápido que o sangue corre perto, o corpo maior não mais do que o menor, se completam, sem hierarquia e sim com harmonia.
Na selva não existe Rei, a lei da selva é o respeito além da vida... A construção do divino.

Nas encruzilhadas todas as velas cantam os pedidos perdidos do mundo.

eu tenho uma corda de canhamo
um teto reforçado, uma porta quebrada
um quintal escuro, habitado por fantasma de um passado quase perfeito
antes com melodia, hoje escuro, a chuva faz a musica
aqui dentro meu coração aperta por saudade, dói como nunca
me falta calor, ar, sopro, me falta cor
difícil de acreditar em como é deixa para trás a morte, como é abandonar.
Morrer de 403 maneiras em denver já não é mais brilhante, não é mais a estrela vermelha do norte
venta forte, bóreas, arrasta a paisagem, refaz o poeta... eu sempre sei a verdade escondida debaixo da pedra.
Cai no mundo, sem dó nem piedade, como hefesto manco e deformado me fundi no ferro.
Forte me torno, na montanha quase incerta, busco a paz, sem fogo, sem gelo, sem morte.
No orvalho depois das noites a rainha das belas ondas vem lapidar a pedra bruta.

Mil grilos lhe despertam e te expulsam da penumbra do céu branco, enfim sol, enfim vida...adeus morte, errado, prazer pecado.

A alma se perdeu, caminha pela praia solitária, o corpo vazio se rende ao culto pagão, que Pã não se ofenda e baco sorria, noites e dias se propagam além de duas voltas no relógio, o tempo referencial nada mais importa.
Adormecer sobre o manto de apolo e viver como um louco ao raiar da dama de prata....
As vezes o dia é tão entediante, o céu tão vasto e vazio.

Lampadas e lampejos
a alma errante que erra durante o caminho
estradas sem sinalizações banalizam nossa percepção
frequência estamos todos em frequência
arte antes caos, antes borrão, agora fortifica a existência do artista
lamentos nas cidades, choram as crianças atingidas pela peste
choram os homens de boa fé, choram esperando a salvação


O concreto não e real, o real não é concreto

A cabeça da traição é mastigada pelo diabo
amedrontados mergulham no chão gelado
figuras secas decoram paredes molhadas
badala o sino da meia noite em coro com a suplica do bêbado
viva ao velho césar, viva ao velho césar

O concreto não e real, o real não é concreto