Coleção pessoal de fernandapsa

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Te vi, meu Eu. E você me olhou de volta com compaixão e honra! Você me viu. Eu me vi! Nós nos vimos nessa descoberta cósmica, nessa troca doce e gentil de olhares figurados. E senti o que eu sempre busquei desde a minha infância: orgulho de mim mesma.

⁠Cara admiradora, hoje eu te notei e te despertei! Finalmente te vi, já rouca e cansada, quase desmaiada num canto pouco frequentado da minh’alma. Que bom! Pois posso receber milhares de congratulações… Nenhuma faz sentido quando não ouço a sua: a minha. Hoje eu te vi despertar do sono profundo e me admirar como nunca! Sou a maior admiradora de mim mesma! Viva!

Eu vinha sendo minha própria algoz todos esses anos, aguardando por uma (desnecessária) aprovação dos outros, enquanto que o que eu precisava mesmo era ouvir a minha admiração interna.

⁠No carnaval, o bom mesmo é cantar, dançar e pular com os amigos pelas ruas… É fazer essa folia sentindo o estremecer do trio batendo no peito e o calor humano correndo pelo corpo… É poder pular olhando para a imensidão do céu e sentir no cabelo uma brisa que vem do mar!

⁠O impaciente não tolera nem a própria impaciência.

⁠Paciência é algo que eu nunca tive. Será que é um dom? Ou seria uma habilidade? As pessoas nascem com o 'gene da paciência' ou é uma aptidão a ser desenvolvida ao longo da vida? Preciso saber logo - sim, tudo meu tem um certo grau de urgência.

⁠Convenhamos, nós não sabemos lidar com sentimentos! Nós não compreendemos nem os nossos, muito menos os dos outros. Alguém te ensinou a lidar com seus sentimentos? Não, né?

⁠Não sei quantas vezes eu repeli as pessoas para não sentir.

⁠Atualmente, o ato de “escrever” recebe a medalha de bronze na minha vida, perdendo apenas para o de “respirar” e o de “falar”.

⁠Uma mulher segura não tem a ver com unhas de porcelana, maquiagem perfeita, cabelo modelado, corpo sarado, nem com roupas da estação. Tudo isso agrega valor, é claro. Quem não fica um espetáculo com esse somatório de atributos? Mas tudo isso é firula! Após o primeiro impacto, se não houver a autoconfiança, você percebe que algo está faltando.
Como qualquer pessoa, uma mulher segura tem insatisfações, vaidades e metas, mas isso não a impede de se amar, porque ela sabe do próprio valor. Ela sabe que é uma mulher incrível pelas atitudes que tem, pela forma com que se posiciona no mundo, e por tudo o que acredita.
Você percebe uma mulher segura pela forma com que ela anda, que ela fala, e que até se poupa de falar. Você a nota pelas escolhas… Pela sabedoria de cada sim e de cada não, porque ela tem uma combinação fascinante: inteligência emocional e amor-próprio.
Ela sabe – como dois mais dois são quatro – que um sorriso sincero, uma gargalhada contagiante, um olhar penetrante, uma conversa agradável valem muito mais do que qualquer maquiagem impecável. Ela sabe que o jeito dela é inebriante… E que o resto é só firula.

- Trecho da crônica "O resto é só firula"

“Nossa, que monstro!”, quem nunca disse isso? Ou “Fulana é um anjo!”. Olha, sinto muito, mas anjos e demônios eu nunca vi! Fadas e monstros só vi nos meus sonhos e pesadelos mais criativos, elaborados pela liberdade da minha própria mente.

Estamos demonizando pessoas… Estamos desumanizando o outro e, assim, esquecendo a semelhança primordial e mais avassaladora entre você e eu: a nossa espécie. Não há monstros, nem anjos, nem fadas… Somos todos humanos.

⁠Minha imaginação é impetuosa... Então eu me faço perguntas, eu mesma respondo, dou dois reboliços e já apresento os contrapontos. A conversa rende por horas.

⁠Imaginar alforria os nossos pensamentos mais enclausurados. Há tanta gente encarcerada por aí, e ficamos aqui aprisionando a nossa única manifestação humana genuinamente livre.

⁠No silêncio caótico da nossa mente, podemos viver o que quisermos…

⁠Ah, esse livre arbítrio! Ele é de um gozo sofrido, não é? Ninguém quer ser privado dele… No entanto, poucos sabem o que fazer com esse poder. Mas somos livres mesmo? Já não sei. Ninguém me parece verdadeiramente livre. E como eu gosto da ideia da liberdade… Por mais que ela nos deixe confusos, ela é o nosso maior bem. Ah, e o tempo, claro! O tempo e a liberdade: que par precioso! Quando nos tiram os dois, o que nos resta, afinal?

⁠O tempo parece brincar conosco de tão depressa que ele passa. Pois já é verão mais uma vez! (...) E lembre-se que para o sol não se olha, porque o sol a gente sente… Portanto, feche os olhos e deixe que o sol aqueça o seu coração.

⁠A garota estava exalando amor-próprio e gratidão pela vida. E, quando estamos assim, nosso humor fica mais agradável. Nosso sorriso fica mais convidativo. Nós ficamos muito atraentes, já notou?

⁠Não sei se eu saberia caçar as palavras da minha vida sem uma lista, mas também não saberia ignorar as expressões e vivências aleatórias que me aparecessem pelo caminho. Pois, quero a liberdade de navegar, criar, descobrir, encontrar, agregar… Mas não, não quero agregar tudo… Quero a liberdade de deixar passar, também. Gosto de listas, mas gosto de ir além delas. E quero assim… Quero navegar por entre os portos, mergulhar em águas profundas, agregar – mas não tudo, porque nem tudo me serve ou, pelo menos, pode não servir para sempre – e, então, desagregar.

⁠Lanço-me ao vasto horizonte de todas as memórias vindouras – misteriosamente diferentes. E disparo-me, empolgada, nesse mar de possibilidades que é o viver.