Coleção pessoal de eloilucas

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Eu vivo em tempos sombrios.
Uma linguagem sem malícia é sinal de
estupidez,
uma testa sem rugas é sinal de indiferença.
Aquele que ainda ri é porque ainda não
recebeu a terrível notícia.

Que tempos são esses, quando
falar sobre flores é quase um crime.
Pois significa silenciar sobre tanta injustiça?
Aquele que cruza tranqüilamente a rua
já está então inacessível aos amigos
que se encontram necessitados?

É verdade: eu ainda ganho o bastante para viver.
Mas acreditem: é por acaso. Nado do que eu faço
Dá-me o direito de comer quando eu tenho fome.
Por acaso estou sendo poupado.
(Se a minha sorte me deixa estou perdido!)

Dizem-me: come e bebe!
Fica feliz por teres o que tens!
Mas como é que posso comer e beber,
se a comida que eu como, eu tiro de quem tem fome?
se o copo de água que eu bebo, faz falta a
quem tem sede?
Mas apesar disso, eu continuo comendo e bebendo.

⁠A lua chega na floresta
Sedenta de desejos
O lobo uiva em seu chamado
O céu e as estrelas
São testemunhas
Desse canto de amor
Sou um lobo solitário
Só amo a ti minha lua
Vivo de saudades
O vento e o orvalho gelado
Não apaga e nem congela
Meus sentimentos
Nem o meu gemido de paixão
Lua você sabe o poder
Que exerce sobre mim
Meus olhos lacrimejam te admirando
Olho para ti, uivo com todo meus pulmões
Estou tão apaixonado Lua
Não sei mais o que é real
Faço tudo por um brilho seu
É minha luta ser feliz
E olhar para você tão bela
Renovo meu amor todos os dias
Pois é aqui que quero ficar
Te admirar
Te amar
Me encantar
Você me acaricia
Sinto seu toque
Sinto seu amor
Nunca vou me cansar
De te amar

— Cordeiro, conte uma história
— Houve outrora, um homem pálido com cabelos negros que estava muito sozinho.
— Por que estava sozinho?
— Tudo que existe, precisava encontrar esse homem, então, afastaram-se dele.
— Ele perseguiu tudo?
— Ele dividiu-se em dois com um machado.
— Para que ele sempre tivesse um amigo?
— Para que ele sempre… tivesse um amigo.

(História de Kindred)