Coleção pessoal de donageo

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Não é irônico? Você sabe exatamente o que faz uma pessoa ser encantadora, o jeito como ela te cuida, a maneira como ela trata bem os outros, a maneira como ela consegue demonstrar que você é especial... Não é a beleza, as roupas de marca, os eletrônicos caros ou o nome da família que importa, é a maneira como ela sorri, te abraça, te proteja, te beija e cria em ti a sensação que nenhum outro consegue. É todo jeito, a voz, o toque, o cheiro, o todo. Sabe a parte do irônico? Essas pessoas que queremos são raras, porque na maioria da vezes queremos pra gente alguém assim, mas não nos importamos em ser alguém assim. Com nosso egoísmo de cada dia, mais preocupados em receber do que se doar.

Tem assunto que eu só consigo conversar se for na internet, como também tem assuntos que eu só consigo conversar, ou ser sincera, se for pessoalmente. Nem tudo que se escreve se fala, e nem tudo que se fala com os olhos, se escreve.

A gente tem que cuidar com carinho dos sentimentos de quem a gente gosta. A gente tem que ter o cuidado de prestar atenção aos detalhes que estão além das palavras, entender que nem tudo é simples de ser explicado por não ser simples sentir. A gente tem que prestar atenção em quem a gente gosta e perceber o momento em que a gente precisa demonstrar que se importa. Ou a gente cuida de quem a gente gosta ou a gente cuida da ausência que ela nos causa, depois que ela se vai.

É assustador como nos tornamos quando deixamos nossas mágoas guardadas saírem, elas não saem com gentilezas e afeto, elas jorram com a força da pressão que as manteve em um descontrole emocional até que se esvazie totalmente. Pessoas magoadas não desabafam, elas explodem.

Não adianta querer colocar o maior amor do mundo num coração onde não coube nem amor próprio de tão pequeno.

É mais atraente a ideia de estar apaixonado do que, quem sabe, realmente estar. É mais agradável a ideia, a imaginação que é livre, diante da realidade presa ao que apenas é, fruto do passado, imutável, incerto como o futuro. O sentimento se entende com a ideia, que nem sempre é o desejo, mas que é livre pra ser como bem entender, sem ao menos ser compreendido, livre por já ter existido sem ao menos ter sido, livre para morrer, sem ao menos ter existido. E assim somos livres, para nos apaixonar quantas vezes quisermos sem nos prendermos a paixão, é o simples a amor que nunca morre, o amor em estar apaixonado.

Ninguém se afasta de alguém porque quer que a outra pessoa a esqueça, a gente se afasta de alguém quando a gente quer esquecer, a gente quer tirar da cabeça, ou pelo menos tentar. É muito "bonito" dizer que está fazendo isso pensando nos sentimentos e no que é melhor para o outro, mas francamente, isso é para nós mesmo.

DIZ UMA LENDA…

Diz a lenda que havia uma princesa, ou melhor uma jovem, que havia sido enfeitiçada por uma bruxa muito malvada, ou era uma amiga invejosa, bom, não vou me apegar aos detalhes, mas enfim, ela teve seu coração arrancado, aprisionado num baú que foi guardado na masmorra mais alta, do castelo mais alto, da montanha mais alta, ou seja, era alto pra caraleo véi… Então a bruxa deu a chave de volta a moça, e disse que seu coração só poderia ser salvo pelo seu amor verdadeiro, e quando ela tivesse certeza de ter encontra-o entregaria a chave a ele com a missão de resgatar seu coração.

Assim foi por muito tempo a jovem procurando seu verdadeiro amor, mas sem coração os critérios ficaram bem rigorosos para se encantar por alguém. Flores, jantares, elogios, músicas do Bon Jovi, um corpo sarado, nem um príncipe encantado, que ficou doce e andava de cavalo amarelo, foi capaz de ganhar a confiança da jovem e receber a chave. Até que um belo dia, porque esses dias sempre são belos, apareceu um rapaz diferente, educado, que sabia conversas, gentil, que lhe ofereceu atenção, e todo seu tempo a escutar sobre a pobre vida da jovem até então. Encantado pela história e pelo belo par de… olhos azuis da moça, que muitas vezes pareciam estar abaixo do pescoço dela, o jovem se empenhou em ganhar a confiança e assim conquistar a chave para tentar resgatar o coração e ser seu verdadeiro amor.

Passado mais alguns dias de convivência a jovem estava já a se decidir em entregar a chave a esse rapaz tão misterioso, e tão diferente de todos que ela já havia conhecido. Ao tomar a decisão mais difícil de sua vida, a jovem resolve entregar a chave ao rapaz, que muito feliz e surpreso disse que voltaria muito em breve com seu coração para viverem o tão sonhado amor e felizes para sempre.

Durante o caminho o jovem foi surpreendido pelo guardião da torre, um ser meio vaca, meio perereca. Ao tentar confrontar o animal ele foi hipnotizado pelo som que saia de seu celular, parecia ser uma música mas não era, era funk. Então esse monstro metade vaca, metade perereca, dançava loucamente até o chão, chão, chão, chão. Hipnotizado e duro, o jovem foi uma presa fácil para o animal que comeu seu cérebro e chupou sua cabeça, várias e várias vezes como se fosse uma profissional.

Assim, a chave se perdeu. A pobre jovem perdeu sua esperança de ter seu coração de volta, perdeu a confiança em acreditar de novo em alguém, e não suporta nem ouvir falar do animal metade vaca, metade perereca. Depois de tanto sofrer, e de tanta decepção ela sumiu pra longe, para um lugar onde não precisasse mais de um coração para viver…

Dizem que ela hoje vive na internet, e algumas vezes é possível reconhecê-la postando frases de Caio Fernando de Abreu em redes sociais com a esperança de que alguém vá encontrar sua chave e conseguir enfrentar o monstro metade vaca, metade perereca . Pobre jovem.

Ou se aprende a lidar com a ingratidão alheia ou ela domina você. Pessoas serão ingratas, mas o que importa é fazer algo por se sentir bem, não para esperar reconhecimento, ou algo mais. Consciência tranquila, sentimento de fazer o certo, isso ninguém jamais poderá te tirar.

É de um nível de amizade tão além, que podemos ficar meses sem nos falarmos, que não tem cobrança, não tem mágoa, nem meias palavras, só tem a novidade, as risadas e a certeza que a não há tempo nem distâncias para os amigos que conquistamos com a alma.

Primeiro estágio de quanto se está apaixonado: Tentar se convencer de que não está. Segundo estágio: Tentar convencer o outro de que não sente nada por ele. Terceiro estágio: Se arrepender dos dois primeiros estágios tarde demais e enlouquecer.

Cobertores, aquecedores, meias, roupas de frio, podem até ajudar, mas nada substitui o calor de um outro corpo.

Então decidi me afastar, com a certeza de que assim conseguiria me manter longe de sua presença, sem me dar conta de que estaria aprisionando-o a permanecer dentro de mim. Nem imaginava, que nesse caso, ao tentar afastar alguém dos meus olhos aproximaria ainda mais das minhas vontades. Como sair correndo em desespero para buscar segurança nos braços do medo.

É o sono que melhor consegue me embriagar. Ele é quem me toma.

Eu posso desculpar a sua mentira, mas não posso prometer desculpar o seu ato de mentir.

Ou a gente aprende a lidar com a decepção, ou para de ter contato com humanos.

A gente finge no começo, mas finge pela emoção, porque no fundo a gente já sabe. Eu finjo que não estou me apaixonado enquanto você finge não perceber. Eu finjo que não vejo, você finge que não sente. A gente faz de conta, se baseando em sentimentos reais.

O que eu sinto, o que eu quero, o que eu faço, e o que eu acho, são coisas não necessariamente iguais, às vezes deixo uma das alternativa transparecer, mas nunca todas de uma só vez...

Deve ser o medo. Não entendo. Essa deve ser a beleza que agrada os olhos do instinto em querer sempre uma explicação. Não entendo e há o medo, mas o medo não se explica por si só, não responde nem se há o medo de não entender ou se é de entender. Não entender significaria apenas não chegar a uma resposta satisfatória, deixar vagar os pensamentos, talvez deixar os pensamentos se desviarem das respostas, porque entender também significa o fim dos pensamentos que levam as repostas. Não sei se quero abrir mão desse caminho. Acho que me apeguei a esse caminho, tentador caminho do quase entender, sem querer, por não querer. São tantas possibilidades, é tentador se perder na imaginação das possibilidades de um único caminho final. Acho que é por isso, por isso que não acho o caminho final do entender, talvez entender nem seja o caminho. Pode ser que tentar entender seja a única coisa que me resta, talvez "porques" sejam a minha melhor companhia e o medo do não chegar a lugar nenhum seja meu sentimento mais forte. Como conseguiria abrir mão desse sentimento? Teria outros mais fortes por conseguir minhas respostas? Seriam eles companheiros como o medo tem sido até agora? Seriam eles apenas meus e de mais ninguém? Da certeza do medo, não temo. O medo que tenho é apenas meu. Disso não há do que ter medo, porque esse é um medo, ter que entender um sentimento que não seja apenas meu. Só em pensar sinto mais medo. Porque quando um dos caminhos é cruzar o caminho de alguém que te provoca mais perguntas sem respostas o medo aumenta, o instinto da busca por respostas aumenta muito mais. Não há conhecimento capaz de entender ou chegar as respostas quando nada ser aproxima do que já se conhece, tudo que já se viu ou tocou, de algo que se leu, escutou. Eis o medo em perder o medo e buscar algo, além, quando a decisão da busca, ao limite de perder-se no caminho já acostumado a passar , arriscar, mudar o sentido, e abrir mão do medo e seguir um novo caminho, nos sentimentos de outro alguém se torna uma nova possibilidade, ultrapassando qualquer entendimento, arriscando-se a sentir. Sentir por si só já deveria ser uma resposta, mas não, sentimentos quando respostas só trazem mais perguntas. Só em tentar entender o que aconteceria, me agarro ao meu já conhecido medo. Só, somente eu, apenas eu não conseguiria. É preciso me convidar a entender, sem compromisso de nada entender, correndo o risco do sentir: você vem?

Solteiro é alguém que se ama ao ponto de não se desperdiçar com quem não merece, mas a espera de alguém por merecer.