Coleção pessoal de biacaires

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Eu não gosto de chorar com óculos, com aquelas gotas embaçando a minha visão. Eu gosto de chorar e sentir as lagrimas escorrendo pela minha face, e nem precisa ter um porquê. Não existe explicação pra tudo, sempre haverá uma contradição no saber e no sentir, no sentir a abstinência do amor. Eu não suporto não amar. Na verdade, prefiro amar e não ser correspondida do que ficar procurando aquele amor dentro de mim, aquele amor que não existe mais. Eu sinto falta de amar. Amar de verdade, de dar tudo por aquela pessoa, de se iludir com um sentimento inexistente, de poder acreditar naquele sonho. Sinto falta daquela dor que me inspirava, daquela vontade de tentar de novo e errar de novo, e quebrar a cara mais uma vez. Hoje eu eu sinto saudade de compartilhar algum sentimento, trocar algum carinho e até mesmo um sorriso inocente. Sinto saudade daquela insonia que fazia o meu eu se encontrar com meu ser. Sinto falta do meu antigo eu, daquele eu que só fazia amar e amar, e amar mais, porque amar sempre vale a pena. E eu não consigo viver sem amor.

É bem difícil, como apenas se prender à uma felicidade eterna quando ela não passa de uma boa sensação de liberdade.

Decepção é algo tão vulnerável quando o vazio te faz bem.

E como todo vício, o amor também acaba.

Ela ainda quer entender para onde tanto sofrimento a levará. Ela ainda vai descobrir que o verdadeiro desacato à felicidade é querer sofrer sozinha. Amar sozinha. Hoje ela quer sorrir. Olhar para as quatro paredes e pensar em possibilidades de fugir. Ela quer ser feliz, quer se apaixonar, se machucar e partir pra outra. Ela quer querer de menos e ter demais, possuir tudo aquilo que deseja. Fazer planos, modificar compromissos, construir expectativas, caçar sonhos. Hoje, ela quer seguir em frente, não buscar reviver os erros, e ter orgulho disso. Quem sabe amanhã, ela não mude de opinião.

Descobriu que seus sonhos se tornariam realidade. Aquela sensação a libertou para sentir o que quiser durante o próximo ano. Passaram-se dias de uma carência incoercível, onde a aflição deixava rastros de noites mal dormidas. Ela sempre acreditou que a dor era inevitável. Mas passaram-se também, dias de uma alegria extraordinária onde qualquer sorriso a fazia se entregar por inteira àquela sentimentalidade toda. Durante esse tempo ela se apaixonou. Sonhou alto. Fez planos. Construiu expectativas, frustou-se. Percebeu que chorar nunca seria a solução. Sorriu. Conheceu pessoas, se entregou, apegou-se demais e por descuido, perdeu o controle da obsessão. Indignou-se com as causas perdidas. Tirou fotos bizarras, reclamou da vida, discutiu com pessoas que ama e depois tudo passou como se nada tivesse acontecido. Envergonhou-se dos pensamentos fúteis e irreais, e das lágrimas desnecessárias. E ela imaginou momentos lindos ouvindo música, sentiu cada toque imaginário à flor da pele. Procurou propósitos para mudar, mas ela nunca conseguiu sair daquela melancolia monótona. Ela chorava, mas no fundo gostava daquele masoquismo continuo. Sentia-se viva. Preferia sentir dor a não sentir nada. E descobriu que tinha medo de amar. Medo de amar sozinha. A verdade é que ela nunca suportou a rejeição. Acreditava que tudo poderia ser dela e que faria ser. E fez, tudo e mais um pouco. Ela foi tão feliz que a alegria de uma dança na chuva não explicaria onde ela encontrava tempo para se redimir à solidão. No último dia de 2011, ela se relembrou de tudo, e sentiu saudades. '' 2011 não foi um ano ruim.'' disse e completou ao seu ego, '' Mas eu vou me surpreender com 2012. Ser mais feliz. Buscar sonhos, acreditar. Sorrir mais. Escolher o impossível e fazer 2012 valer tão a pena quanto 2011. É isso ou reviver os erros, e eu não vivo de erros, eu vivo de reflexões. - Reflexões

Eu tenho um milhão de motivos para sorrir hoje. E eu vou levando comigo esse sorriso no rosto, buscando alguém para fazer sorrir. Sem pressa, com toda paciência do mundo. No fundo eu sei o que é ser uma pessoa completa, não superficialmente, mas completa mesmo. De não faltar nada aqui dentro, de saber que não falta nada.

No fundo todo mundo perde a razão de ser conveniente.

Ambos cansaram de amar sozinho. Escolheram deixar que se apaixonassem por eles. Entretanto, ela gosta dele, mas ele não sabe. E se ele gostar dela ? Ah é, mas ela quer que ele se apaixone por ela primeiro, mas se for assim, ele também pretende esperar que ela se apaixone por ele, porque os dois tem o mesmo objetivo, não se apaixonar.