Coleção pessoal de alfredo_bochi_brum

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⁠SONHOS BANAIS
Em meio a tantos sonhos iguais
Contando à espera de um milagre
Ficam senis e tão banais
Que nem uma porta se abre.

⁠CAL"MARIA"
À espera da bonança
Uma hora a gente dança
Logo adiante também cansa
E o que sobra é a mudança.

⁠LABIRINTOS
Saudosos medos de infância
Em mitológicos centauros
Mas na firmeza da confiança
Vão se espantando os minotauros
Velhos temores são extintos
E quando tudo há de ser áureo
Vem outros novos indistintos
Mais importante é estar no páreo
Para enfrentar os labirintos.

⁠PIJAMA REAL
Afinal o que é riqueza?
Tanta insônia pela grana?
Traz coroa à realeza
Paz dos filhos de pijama.

⁠HOSPÍCIO
E são tantas doideiras
Condenadas assim
Que o certo fica à beira
Esperando o seu fim.

⁠DINAMITE
Eis que estás por explodir
E mal cabes em ti mesmo
Os problemas implodir
Um a um perdendo o medo
Sempre há brecha pra sorrir
Dinamite no rochedo.

⁠50 POR HORA
Quanta coisa a gente inventa
Estrada de andar solito
Vim buscar os meus cinquenta
Onde tudo é mais Bonito.

⁠GARGALO
Que bobagem ser perfeito
Para os erros não se aluda
O gargalo é bem estreito
E a vaidade em nada ajuda.

⁠MAL PASSADO
Então pronto já estou livre
Deixar aquecer a chapa
Mal e mal tostar o bife
Bem passada fica a estrada.

⁠JAGUARAS
Aos meus amigos Jaguaras
Grande abraço de matilha
E nem depois da coivara
Jamais seremos uma ilha.

APONTAMENTOS
Aponto nos outros o que não tenho
Muita coragem é como me atrevo
Dedo em riste o "correto" eu desenho
E vou esquecendo os erros que devo.

⁠TANTO EM CIMA QUANTO EMBAIXO

Certo quanto à gravidade
O que sobe hora desce
Planos de prosperidade
Jogue pro alto uma prece.

⁠LONJURAS
E parecia tão longe
Infinito inalcançável
Procurando não sei onde
Um acaso imponderável.

⁠MAESTRAS
Muitas lições nas derrotas
Também o são nas vitórias
No equilíbrio das rotas
É que encontramos a glória.

⁠BERÇO ESPLÊNDIDO
Trabalho que embala o sono
De um corpo meio cansado
É "sorte" que veste o sonho
Que acorda realizado.

MELODIA
Tantos sons distorcidos
Mais música aos ouvidos
Sem rusgas no "sentido"
Aprumo erigido
Prazer de paz "consigo"!

⁠ATINO
Várias coisas abomino
Que não sejam meu destino
Continuo um peregrino
Esperando ouvir o sino
Cujo som eu procrastino
Que desperte para o tino
Sob a luz de algum ensino
A mim mesmo sabatino
Em resposta aos desatinos
Experiências aglutino!

⁠APUROS
E quando você está em apuros
Em ponta de faca não dê murros
Faça tua estrada render juros
Rompa a barreira e quebre o muro
Para bem flertar com teu futuro
O melhor de ti porto seguro!

⁠PONTO CONDENADO
Ah o ponto de partida!
Culpado me ancora aqui
Rechonchudo na avenida
Me faz parecer Saci
E na perna um grilhão
Ladrão do primeiro passo
Me joga nesta prisão
Por isso não te ultrapasso!

⁠EUTRAPELIA
A magia está lançada
Sobre infundos disparates
Já é alta madrugada
E a tristeza em desbarate
Na fusão de boas risadas
Mesmo assim em arrebate
Amizade renovada.