Coleção pessoal de alfredo_bochi_brum

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⁠INVERTIDO
Há um povo atrevido
De todos falam mal
Fazem muito zunido
Ecoam seu igual
Costume bem bandido
Amarga um ser banal
Demérito invertido!

⁠"A MAR É"
Para o bom investidor
Quando tudo está em baixa
E o cenário é de terror
Eis aí a hora exata
Alçar velas a favor
Duma maré insensata
No repuxo traz o amor.

⁠HALO LUNAR
Pra ninguém mais falo
Onde está a beleza
Lua com seu halo
Anel de leveza
Faz sair do ralo
Força de certeza
O que era malo
Circundou pureza
Acordou o galo
Vigilância acesa
Como um gargalo
Trava a impureza.

⁠BOIS DE CANGA
Semelhantes ao bois nas cangas
Aprisionados pelos canzis
Ajojados pelas guampas
Regidos por causas vis
Lacranando suas estampas
Em nome de uns imbecis.

⁠ASPEREZA
E a língua é uma grosa
Só vê o que não presta
Lixa arranhando o outro
Não serve pruma prosa
Sem luz nem numa fresta
Jamais será encontro!

⁠PROSCÊNIO
Foi assim, bem ao acaso
Quando muitos só esperavam
Não deu tempo pros aplausos
E as cortinas se fecharam!

⁠EDAZ
E meio assim sem alarde
Em atitude edaz
Vai se despindo o covarde
Certeiro que é capaz
Nalgum lanhaço que arde
Pelear no rumo da paz!

PROEMINÊNCIA
Há quem duvide que eu vença
Um castelo de aparências
Que precise de anuência
Aos que julgam de indecência
Na virtude inadimplência
Liberdade na consciência
Pra valer a existência
Essa é a pertinência
Sem nenhuma incongruência
Relegando as influências
Vou mantendo a minha essência.

⁠RESPEITO
Golpe vital que bate no peito
Vai moldando um sujeito inquieto
Cada um pode ter o próprio jeito
Mas respeito é um conjunto de afetos.

⁠LEÕES NA COVA
Mesmo que não te entregues
Nas provações diárias
Cheias de leões na cova
Faças teu fardo leve
Com Força missionária
Amor em toda prova
Na labuta não negues
As ações solidárias
E tua Fé se renova.

⁠Que o espírito do renascimento nos faça valorar a preciosidade de uma vida útil e que deixe rastros de luz a iluminar o caminho de novos ciclos!

⁠COLO
Quando todos esperam reação
A muitos gestos de insanidade
Vá bater na porta da reflexão
Deitar no colo da serenidade.

⁠CHISPA
E despacito sai da cama
O velocímetro te engana
Velocidade vida afana
Já pouco importa se há má fama
Pois é no amor que a chispa inflama.

⁠MORNO
Depois que o carvão esfria
Não vira cristal o morno
Pois lhe faltou energia
E já não há mais socorro.

⁠FURNAS
Não é rude quem hiberna
Esperando o tempo certo
"A coberto" na caverna
A prudência tem por perto
Com o tempo amadura
Até tuna no deserto!

“TRISTÃO”
À deriva do destino
Ancorou em outro reino
Nos braços de alguma Isolda
Cicatrizes pressentindo
Coração com pouco treino
Que no malho se amolda.

⁠MEDO DA CHUVA
Não, eu não perdi
Medo que não tenho
Amigo do raio
Sempre resisti
E com muito empenho
Fecho a porta e saio!

⁠ARRE"MEDO"
Muitas vezes é o medo
Que freia o teu futuro
Receio de arremedo
De escombros e entulhos.

⁠NADAS
Quem se imagina tão pleno
De uma alma imaculada
Como embriaguez de Sileno
Um vazio cheio de nadas.

⁠GESTAÇÃO
Nem tudo que vem do ventre
Da gestação de um amor
Fecunda um Ser prudente
Que se acautele da dor!