Coleção pessoal de airtonjone

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Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor.

Como explicar aquele momento em que rimos do nada.
Ou o momento em que lembramos de alguém.
Como explicar a sensação de conhecer um certo alguém,
sendo que se quer havíamos visto antes?
Quando isto acontece é estranho, mas quando o outro alguém
tem a mesma sensação, ai então tudo fica ainda mais indecifrável.

A vida é assim mesmo, há coisas que simplesmente não podemos explicar, nem ao menos escolher. Coisas do tipo, quando iremos nascer ou morrer, sorrir ou chorar, de forma que também não escolhemos quando iremos cair... mas podemos escolher entre continuar caído ou aceitar uma mão amiga para nos levantar.

Não dá para escolher quando iremos conhecer a pessoa "certa", não dá para escolher quem ela será, nem tão pouco se ela será tudo o que esperamos.
Mas como disse, é a vida... Há um ditado que diz: "O homem faz a mulher"...
Mas não pode a mulher também fazer o homem? Ou melhor, ambos se fazerem, se moldarem de modo a tomar uma forma única, tornando-se um encaixe perfeito um para o outro?

Mas isto demanda tempo, paciência, perseverança, dedicação, cuidado, carinho e um pouquinho mais de tempo e paciência. Coisas estas que nem sempre estamos dispostos a conceder... Créditos a nossa sociedade imediatista que quer tudo pronto, na hora e no maior nível de perfeição possível.
Mas ai já não é a vida, a vida não nos dá tudo que queremos, ela nos dá tudo o que precisamos para crescermos, para sermos melhores, para sermos felizes, o que no fim é tudo o que queremos, tudo que precisamos.

Então, se aquela chance aparecer em meio à aquela situação estranha, acredite! Ainda que não tenha certeza, acredite! Ainda que tenha medo, acredite!
Acredite mesmo não sabendo aonde irá terminar. Acredite, acredite e aposte, pois a vida nada mais é que um imenso código binário, 1 ou 0, sim ou não, certo ou errado. Aposte, aposte e seja feliz, pois no final é tudo o que nos resta, é tudo que queremos, é tudo que precisamos.

"Tão suave quanto as ondas do mar a ir e vir,
com um perfume mais doce que a brisa da primavera,
tão quente quanto o mais intenso raio de sol do verão.
Assim me lembro do teu corpo."

Queria eu ao menos um dia,
te ter em meus braços,
descansar em meio aos teus afagos
sentindo teu doçe perfume de mulher.
Queria eu ao menos uma hora,
para te ter comigo,
te levar em uma emocionante
caminhada com destino a lugar nenhum,
falando bobagens pra te distrair em quanto
eu garoto maroto seguro a tua mão.
Queria apenas um minuto,
um minuto pra te dar um beijo
que parasse o tempo e saciace
o meu desejo antes do amanheçer.
Porém tudo que tenho, é a distância
e uma saudade que não quer passar.

Se você sabe explicar o que sente, não ama, pois o amor foge de todas as explicações possíveis.

Não adianta tentar tirar da cabeça quem se alojou no coração. Não adianta fingir que não sente na tentativa de passar a não sentir. E quer saber? Te amo. Te amo de um jeito que eu tento explicar e não sei. Palavra fica presa. Engasgo, afogo e uso palavras pela metade. Na hora H sempre falta uma vogal. Mas quer, de novo, saber? Meu coração nunca foi pela metade: sempre foi-inteirinho-seu. Plim!

Porque quando você ama sente necessidade da outra pessoa. Não por dependência, carência e outras ências. Mas porque é bom estar ali, com o corpo junto, coração do lado, ouvindo a respiração. Você se sente em casa.

Alguém muito bom lá em cima, deve ter dito: “Manda ele, manda ele para o lado dela, pra ela gastar os seus melhores sorrisos.”

Não importa, eu vou te buscar do outro lado do muro, do outro lado do mundo. Toda distância é miníma perto da minha vontade de te encontrar.

Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos. Que as pessoas saibam falar, calar, e acima de tudo ouvir. Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo. Que tenham ideais e medo de perdê-lo. Que amem ao próximo e respeitem sua dor. Para que tenhamos certeza de que: “Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade”.

A humanidade é infeliz por ter feito do trabalho um sacrifício e do amor um pecado.

Quem cedo e bem aprende, tarde ou nunca esquece. Quem negligencia as manifestações de amizade, acaba por perder esse sentimento.

AUSÊNCIA

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Os homens são como as moedas; devemos tomá-los pelo seu valor, seja qual for o seu cunho.

O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.

Crônica do amor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. (...)

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referências. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco, você levou-a para conhecer sua mãe e ela foi de blusa transparente. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano-Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai ligar e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário, ele só escuta Egberto Gismonti e Sivuca. Não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama esse cara? Não pergunte pra mim.

Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes do Ettore Scola, dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettuccine al pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desses, criatura, por que diabo está sem namorado?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó. Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é.

Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.

Eu não preciso de você nem para andar e nem para ser feliz, mas como seria bom andar e ser feliz ao seu lado.

Há certas horas, em que não precisamos de um amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...

Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável...

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:

Acho que você está errado, mas estou do seu lado...

Ou alguém que apenas diga:

Sou seu amor! E estou aqui!

Soneto 18

Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.

Às vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.