Richard Dawkins

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A natureza não é cruel, apenas implacavelmente indiferente. Esta é uma das lições mais duras que os humanos têm de aprender.

'O fato de que bules em órbita e fadinhas do dente não podem ter sua inexistência comprovada não é considerado, por nenhuma pessoa racional, o tipo de fato que solucione um debate interessante. Ninguém se sente obrigado a comprovar a inexistência dos milhões de coisas fantásticas que uma imaginação fértil e brincalhona é capaz de sonhar.'

A seleção natural é o maior guindaste de todos os tempos. Ela elevou a vida da simplicidade primeva a altitudes estonteantes de complexidade, beleza e aparente desígnio que hoje nos deslumbram.

"A natureza não é cruel, apenas implacavelmente indiferente. Essa é uma das lições mais duras que os humanos têm de aprender."

Eu me divirto com a estratégia, quando me perguntam se sou ateu, de lembrar que o autor da pergunta também é ateu no que diz respeito a Zeus, Apolo, Amon Rá, Mithra, Baal, Thor, Wotan, o Bezerro de Outro e o Monstro de Espaguete Voador. Eu só fui um deus além.

A diferença crucial entre deuses e extraterrestres parecidos com deuses não está em suas propriedades, e sim em sua proveniência.

[...] Aos especialistas em lógica não escapou que onisciência e a onipotência são incompatíveis entre si. Se Deus é onisciente, ele já tem de saber que vai intervir para mudar o curso da história usando sua onipotência. Mas isso significa que ele não pode mudar de ideia sobre a intervenção, o que significa que ele não é onipotente.

Escapar a morte é coisa trabalhosa. Abandonado a si mesmo _ como acontece quando morre _, o corpo tende a regressar a um estado de equilíbrio com seu ambiente.

O Deus do Antigo Testamento é talvez o personagem mais desagradável da ficção: ciumento, e com orgulho; controlador mesquinho, injusto e intransigente; genocida étnico e vingativo, sedento de sangue; perseguidor misógino, homofóbico, racista, infanticida, filicida, pestilento, megalomaníaco, sadomasoquista, malévolo.

Richard Dawkins
DAWKINS, R. The God Delusion (p.51). Boston: Houghton Mifflin Harcourt, 2008.

O Deus deísta é um físico que encerra toda a física, o alfa e ômega dos matemáticos, a apoteose dos projetistas; um hiperengenheiro que estabeleceu as leis e as constantes do universo, ajustou-as com uma precisão e uma antevisão extraordinárias, detonou o que hoje chamamos de 'big bang', aposentou-se e ninguém nunca mais soube dele.

Richard Dawkins
DAWKINS, R. The God Delusion (p.65). London: Bantam Press, 2006.

A existência de Deus, embora não seja tecnicamente descartável, é muito, mas muito improvável mesmo.

Richard Dawkins
DAWKINS, R. The God Delusion (p.109). London: Bantam Press, 2006.

Há algo de infantil na idéia de que outra pessoa (pais no caso de crianças, Deus no caso de adultos) tem a responsabilidade de dar sentido e objetivo a sua vida.

Richard Dawkins
DAWKINS, R. The God Delusion (p.360). London: Bantam Press, 2006.

Na prática, o que é um ateu? Um ateu é alguém que pensa de Jeová o mesmo que qualquer cristão decente pensa sobre Thor ou Baal ou o bezerro de ouro. Como foi dito antes, somos todos ateus sobre a maioria dos deuses em que a humanidade já acreditou. Alguns de nós vão só um deus além.

Richard Dawkins
TEDTalk de Richard Dawkins sobre o ateísmo militante (Fevereiro de 2002)

Darwin tornou possível ser-se um ateu intelectualmente realizado.

Richard Dawkins
DAWKINS, R. The Blind Watchmaker. London: Penguin, 2013.

Não há nada de que se desculpar por ser ateu. Pelo contrário, é uma coisa da qual se deve ter orgulho, encarando o horizonte de cabeça erguida, já que o ateísmo quase sempre indica uma independência de pensamento saudável e, mesmo, uma mente saudável.

Richard Dawkins
DAWKINS, R. The God Delusion (p.26). Boston: Houghton Mifflin Harcourt, 2008.

Ateus podem fazer maldades, mas não fazem maldades em nome do ateísmo.

Richard Dawkins
DAWKINS, R. The God Delusion (p.278). Boston: Houghton Mifflin Harcourt, 2008.

Todos vamos morrer, e é isso que nos torna pessoas de sorte. Existe uma imensa maioria que nunca vai morrer, pois nunca vai nascer. As pessoas que em potencial poderiam estar no meu lugar, mas que nunca verão a luz do dia, superam em número os grãos de areia do Saara. Entre esses fantasmas com certeza há poetas superiores a Keats. E cientistas superiores a Newton. Disso sabemos porque o conjunto de pessoas possíveis que nosso DNA permite supera maciçamente o número de pessoas que existem. A despeito dessa probabilidade chocante, somos você e eu, em toda nossa banalidade, que aqui estamos

Todos vamos morrer.
E é isso que nos torna pessoas de sorte.
Existe uma imensa maioria que nunca vai morrer, pois nunca vai nascer.
As pessoas em potencial que poderiam estar no meu lugar, mas que nunca verão a luz do dia, superam em número os grãos de areia do saara.
Entre esses fantasmas com certeza há poetas superiores a keats.
E cientistas superiores a newton.
Disso sabemos porque o conjunto de pessoas possíveis que nosso dna permite supera maciçamente o número de pessoas que existe.
A despeito dessa probabilidade chocante, somos você e eu, em toda nossa banalidade…
…que aqui estamos.

A idéia de que estamos sozinhos no Universo parece completamente implausível e arrogante. Considerando o número de planetas e estrelas que sabemos que existem, é extremamente improvável que sejamos a única forma de vida evoluída.

Há algo de infantil na ideia de que outra pessoa tem a responsabilidade de dar objetivo e sentido a sua vida

"A mínima mudança em quase qualquer lugar é suficiente para mudar todo o resto da história."

O potencial de consolo de uma crença não eleva seu valor de verdade.

É óbvio que há exceções, mas suspeito que para a maioria das pessoas o principal motivo de se agarrarem a religião não seja o fato de ela oferecer consolo, e sim o de elas terem sido iludidas por nosso sistema educacional e não se darem conta de que podem não acreditar.

Na verdade, organizar ateus já foi comparado a arrebanhar gatos, porque eles tendem a pensar de forma independente e não se adaptar à autoridade [...] Embora não formem um rebanho, gatos em número suficiente podem fazer bastante barulho e não ser ignorados".

Um dos efeitos verdadeiramente ruins da religião é que ela nos ensina que é uma virtude estar satisfeito em não compreender.