José Antonio Pagola

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“A figura do samaritano na parábola narrada por Jesus é o modelo de quem vive imitando a compaixão do Pai do céu. O “samaritano” vê o ferido no caminho, comove-se e se aproxima dele. É esta a primeira coisa a fazer: olhar atentamente os que sofrem, comover-nos e aproximar-nos. Em seguida, o samaritano inventa todo tipo de gestos: venda suas feridas, trata-as com azeite e vinho, coloca-o sobre a própria cavalgadura, leva-o a uma hospedaria, cuida dele, se compromete a pagar suas despesas. Este não se pergunta se o ferido é próximo seu ou não. Não age movido pela obrigação de cumprir um código religioso. A compaixão não brota da atenção à lei ou de respeito aos direitos humanos. Ela desperta a partir do olhar atento aos que sofrem”.

Encaremos a vida como um presente:
“De tanto nos queixarmos de trabalhos, sofrimento e penas em nossa vida diária corremos o risco de esquecer que a vida é uma dádiva, o grande dom que recebemos de Deus. Se não tivéssemos nascido, ninguém sentiria nossa falta. Ninguém teria notado nossa ausência. Tudo teria seguido sua marcha e nós teríamos ficado esquecidos para sempre no nada. E apesar de tudo vivemos. Operou-se esse milagre único e irrepetível que é minha vida. Como diz o genial pensador judeu Martin Buber, “cada um dos seres humanos representa algo novo, que nunca antes existiu, algo original e único”. Ninguém antes de mim foi igual a mim, nem jamais o será. Ninguém verá o mundo com os meus olhos. Ninguém acariciará com as minhas mãos. Ninguém rezará a Deus com os meus lábios. Nunca ninguém amará com o meu coração”.

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