Henrique de Shivas

26 - 50 do total de 143 pensamentos de Henrique de Shivas

“Não sei se sentimentos são razões da alma ou instintos disfarçados de mulher; forçando, nós, homens, a buscar amor, num consolo desprezo. Ou, na dúvida que me cabe, não sei se é loucura dizer que louco é o ser dominado pelo sentimento, ou se o é insanidade ousar dominá-los. Mas, de dúvida não me resta em pensamento... já porque a seguinte máxima me diz e me consola: - eis que respiro e sinto; nada mais importa, do que viver num colo de uma mulher carinhosa, e dormir”.

“O verdadeiro pensador é aquele que não rubrica seus pensamentos com a vaidade de seu próprio nome”.

“O galo tem um peculiar orgulho: porque, além de “comer” todas as galinhas; ainda acorda a vizinhança”.

“Querer ser livre é estar preso ao próprio desejo de ser livre. Enfim, um paradoxo que a razão ordinária não compreende”.

“Querer “ter” Conhecimento não é querer ser Livre ou procurar a Liberdade, mas estar preso ao próprio desejo de Descobrir”.

O que nos diferencia do animal é a razão. Porém, o que nos torna humanos é o sentimento. [Capítulo Segundo, aforismo XIX do livro ESCRITOS REUNIDOS]

No amor, o silêncio é a palavra que precede o beijo. [Capítulo Terceiro, aforismo VIII do livro ESCRITOS REUNIDOS]

Inserida por luizhenrique

Existem pessoas que dizem que nos amam, só para nos fazer chorar, quando delas precisamos. [Capítulo Quarto, aforismo XIX do livro ESCRITOS REUNIDOS]

Inserida por luizhenrique

Teu Beijo

Neste desejo
De beijar
O teu beijo
Amaciar
Tua pele
Nesta dura
Loucura
De saciar
Uma dor
Que vem
Do fundo
De uma paixão
Sem coração
Eu me regozijo
Com um lampejo
Impar
Do teu olhar
Neste desejo
De beijar
O teu beijo

A Inveja

Hoje eu vi nos olhos das pessoas,
O seu segredo de inveja,
De querer ser o que não é.
Suas vidas são tristes, é certo.
Seus semblantes pesam demasiadamente,
É porque em si não encontram a si mesmas,
É lá no Outro que procuraram existir.

Manifesto Geração Devaneio

Nós que amamos o devaneio, as forças-ocultas que explodem fantasia no domínio da consciência... Nós que estudamos a finco a vida, o cemitério dos ideais, a fortaleza das atitudes. Lançamo-nos trementes d’expectativa pelas estradas-obscuras da curiosidade, em uma espécie de peregrinação rumo ao desconhecido-lar dos prazeres, dos enigmas, das revelações, em busca de Bacco e todos os santos da alegria.
Nós que depredamos tudo aquilo que não compete aos nossos reais-sentimentos... Discordamos da lógica, da coerência, e fazemos uma revolução que começa com a transubstanciação de nossa própria alma-particular. Uma alma que se transmuta em vinho; um vinho que dá forças – néctar que fomenta a voz de verdades proclamadas com eloqüência-espiritual, transcendente, divinal. Uma voz que, das Trevas do Espírito, faz tremer como trovão os Firmamentos do Destino; balançando e destruindo dogmas que estão impregnados na língua da opinião – explodindo sóis!
Há uma geração de poetas que assim pensam, que assim fazem, que assim delineiam... Que assim revolucionam os domínios onde o capital ainda não comprou definitivamente a cabeça das pessoas.
O templo-budista onde a palavra desses poetas faz-se luz e escuridão são os bares espalhados pela Cidade-Perdida. Lá eles oram blasfêmias e gargalham dos ordinários conformados com uma vida de limitação, conformação e diversão controlada pela Lei.
Nós que devassamos o conceito-comum do social, aquele conceito que existe pra corromper e nos fazer seguir um caminho-determinado. Preferimos andar em ziguezague; tropeçando nos espinhos que em suas pontas brilham venenos que embriagam a alma, e elevam-na ao Nirvikalpa Samadhi das emoções.
Um brinde a todos que assim pensam, que assim fazem, que assim delineiam.
Um brinde a todos que amam a Baudelaire, a Rimbaud e todos os poetas-malditos que tanto contribuíram para formação de uma mentalidade cada vez mais forte, maciça e imortal.
Subvertemos o meio para torná-lo um meio-risível, chocante, alucinante. Viajamos pelo mundo a beber, a sorver o sonho, o delírio, a lombra.
Pulamos para cair de cabeça no duro solo dos prazeres; quase quebramos as “vértebras da sobriedade” com pulo tão ousado e perigoso.

Inserida por luizhenrique

E a roupa, e o perfume, quantos delícias não trazem para aquele que deseja, para aquele que sonha, para aquele que alucina?

Inserida por luizhenrique

A Estrela e o Navegante, e em pensar que algo tão insignificante e distante, significa para o homem o caminho de volta para casa.

Inserida por luizhenrique

O que é a timidez,se não a falta de atitude individual, quando o terreno em que estamos, não nos agrada, ou, as pessoas que estão nele inseridas não nos dão o sentimento de segurança para falar o que queremos?

A amizade é um fenômeno social onde se celebra uma nova família, e esta parece ser tão antiga quanto a própria vida.

Nem mesmo a morte é capaz d’apagar aquele amigo que ficou ainda vivo em nossas lembranças: ela que é a maior de todas as desilusões humanas.

A família é um bem precioso que merece suprema atenção e reflexão.

Amar não é estar alegre por si mesmo, mas feliz pelo outro: quem se sente feliz pela felicidade do outro é porque ama.

Inserida por luizhenrique

De todos os sentimentos, a vingança e o ódio são os únicos que não podem andar separados. Saber usá-los é próprio de um gênio.

O Tempo é um grande articula-Dor.

Como dói sentir-se inútil por não poder estender a mão.

Inserida por luizhenrique

O homem sonha o amanhã
Diante do Obstáculo
A convicção de que o coração justo
É movido por uma força muito mais forte
Que a do próprio braço.

Inserida por luizhenrique

Viver é não poder voltar atrás.

A fé é a coragem do homem quando ‘stá convicto do que sente.

Inserida por luizhenrique

O mundo é o conto de fadas dos nossos pais.

Inserida por luizhenrique