Tag veronica
Eu tenho sono e já não posso mais dormir. Eu tenho ânsia, não consigo mais comer. Eu tenho medo e já não quero mais.
Meus pés perderam a função básica de equilibrar meu corpo na minha existência. Não diria que a culpa é física porque fui em quem sobrecarreguei minha mente e me tornei incapaz de responder sobriamente por um "tudo bem?". Isso pesa. É pesado saber que não está nada bem.
Eu percebo no espelho que meu sorriso não chega aos olhos. Eu posso enganar a todos, posso até me enganar. Mas é de noite que eu me revelo como sou: sozinha.
Eu não sei citar motivos, mas alguma coisa me falta. Estou ao mesmo tempo feliz e deprimida, tenho companhia e nunca fui tão sozinha, tenho sucesso e nunca me senti tão fracassada.
Não sangra nem deixa marcas, mas escrever dói. Dói como a saudade do que não acontece, porque exterioriza sentimentos que eu escondo até de mim.
Eu sempre acho que amanhã será o dia de mudar de vez, de me assumir por completo. Mas daí o amanhã chega e tenho uma imensa preguiça de sair da minha área de conforto, porque é bem provável que ninguém entenda. E dá medo encarar o que é definitivo. E porque é mais fácil reclamar da vida do que torná-la leve de sobreviver.
Eu invejo quem ignora os motivos da dor. A inocência é linda, o não saber é reconfortante. Eu sei o que eu sinto e sei o motivo de sentir. Sei finais escritos e imprevistos.
Eu crio mil planos pra mim e boicoto todos eles. A vida é tão cheia de ciclos e fases e eu me agarro doentiamente ao conhecido. Eu evito mudanças drásticas, sabendo que são meus impulsos mais interessantes e busco o conforto da mesmisse.
Cansado não apenas de viver, mas de existir. Cansado de ser quem era. (Insurgente)
Todas as pessoas têm algo de mau dentro de si e o primeiro passo para amar qualquer pessoa é reconhecer o mesmo mal dentro de nós para que possamos perdoá-la. (Convergente)
Seus olhos encaram os meus, e percebo que não quero o contato visual que deseja porque ele me desmonta, pedaço por pedaço. (Convergente)
Fiz coisas ruins. Não posso desfazê-las, e elas se tornaram parte de quem eu sou. Na maior parte do tempo, parecem ser a única coisa que sou. (Insurgente)
Parte de mim gostaria de apagá-los da minha memória, para que eu nunca precisasse sofrer por eles. Mas outra parte teme o que eu me tornaria sem eles.
(Tris Prior - Insurgente)
Não posso falar que preciso dele. O fato é que não posso precisar dele. Na realidade, não podemos precisar de um do outro, porque quem sabe quanto tempo vamos durar nessa guerra?
(Insurgente)
Eu deveria falar alguma coisa, mas não sei o que dizer. Não posso pedir perdão, porque eu apenas disse a verdade e não posso transformar a verdade em mentira. Não posso inventar desculpas. (Insurgente)
Quero contar, mas não sei como. Só a ideia de pronunciar as palavras faz com que eu me sinta tão pesada que podia quebrar as tábuas do chão.
Agora, preciso viver com o julgamento de todos, além do meu, e com o fato de que nada, nem mesmo eu, jamais será igual novamente. (Insurgente)
Eu confio em você, é o que eu quero dizer. Mas isso não é verdade, eu não confio nele para me amar apesar das coisas terríveis que eu fiz. Eu não confio em ninguém para fazer isso, mas isso não é problema dele, é meu. (Insurgente)
O ataque não foi realizado no calor do momento.
Foi um ato calculado. (Insurgente)
Mas simplesmente porque sabe, porque já passou por isso também tenho certeza. (Convergente)