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Assim como eu, a chuva vai em suas cantorias pelas estações do ano, interrogando a vida e a que viemos...
Minha epifania
Minha epifania
Minha fina sintonia
Meu âmago
Meu encontro
Não sei se te conto
Minha descrição indescritível
De algo que aconteceu,
De algo tão sensível
Minha epifania
Minha tênue linha
Algo tão singelo
Que só eu sei
Algo sem lei
Algo que não posso dizer
Minha epifania
Que pode ser com o Senhor
E com meu amargor
Ou comigo mesmo
No dia que percebi
De tudo que se passou
De tudo que perdi
Esta é minha epifania
Algo que não vou te contar
Algo que passou na vida minha
E se a vida for feita de sonhos
Eu não quero acordar
Que lágrimas não saiam dos meus olhos
E nada apague a magia do meu olhar!
Tenho em mim
Todos os meus sonhos guardados
E fico aqui parada assim
À espera de os ver realizados?
Ou vou à luta
Caminhando por essa estrada fora
Tento gritar mas a voz não sai
Se calhar ainda não chegou a minha hora
De gritar liberdade
De ver os meus sonhos ganharem vida
E transformarem-se verdade!
Um som de dois sentimentos, uma emoção de único acorde. Simples como nossa pulsação involuntária, uma emoção incontrolada, um pensamento em branco pronto para ser colorido.
Ah! Não Posso
Se uma frase se pudesse
Do meu peito destacar;
Uma frase misteriosa
Como o gemido do mar,
Em noite erma, e saudosa,
De meigo, e doce luar.
Ah! se pudesse!... mas muda
Sou, por lei, que me impõe Deus!
Essa frase maga encerra,
Resume os afetos meus;
Exprime o gozo dos anjos,
Extremos puros dos céus.
Entretanto, ela é meu sonho,
Meu ideal inda é ela;
Menos a vida eu amara
Embora fosse ela bela.
Como rubro diamante,
Sob finíssima tela.
Se dizê-la é meu empenho,
Reprimi-la é meu dever:
Se se escapar dos meus lábios,
Oh! Deus, - fazei-me morrer!
Que eu pronunciando-a não posso
Mais sobre a terra viver.
Os crus dissabores que eu sofro são tantos,
São tantos os prantos, que vivo a chorar,
É tanta a agonia, tão lenta e sentida,
Que rouba-me a vida, sem nunca acabar.
Não queiras a vida
Que eu sofro - levar,
Resume tais dores
Que podem matar.
E eu as sofro todas, e nem sei
Como posso existir!
Vaga sombra entre os vivos, - mal podendo
Meus pesares sentir.
Talvez assim deus queira o meu viver
Tão cheio de amargura.
P'ra que não ame a vida, e não me aterre
A fria sepultura.
E as dores no peito dormentes se acalmam.
E eu julgo teu riso credor de um favor:
E eu sinto minh'alma de novo exaltar-se,
Rendida aos sublimes mistérios do amor.
Não digas, é crime - que amar-te não sei,
Que fria te nego meus doces extremos...
Eu amo adorar-te melhor do que a vida,
melhor que a existência que tanto queremos.
Deixara eu de amar-te, quisera um momento,
Que a vida eu deixara também de gozar!
Delírio, ou loucura - sou cega em querer-te,
Sou louca... perdida, só sei te adorar.
"Última Poesia"
Certa vez, eu à amei... Embora o sentimento tenha durado enquanto tolo eu era, fui feliz.
O tanto que chorei... É justificável por um rio que outrora seria um poço, mas ampliar-se com as lágrimas escorridas de meu rosto.
Aquela tão boa garota não passava de ilusão, desejava que ela fosse perfeita, como a havia criado em minha imaginação... O erro foi feito; desculpar-me talvez deveria, mas não há tempo, lamento, será esta a minha Última Poesia.
Trilhando nosso caminho,
cada um de nós seguimos
em passos firmes sobre pedras
ou em suaves tapetes de ilusões,
sem nunca esquecermos que junto
vão realidades, algumas difíceis de transpor,
mas que essa trilha seja
desenhada em sentimentos bons,
sob a luz do amor
Conseguimos abrir um portal
Transpassando níveis de imaterialidade
Ou somos uma simples arquitetura
Resumidas num retrato mais tarde
Como se fossemos troféus da morte do ego?
Tenha um canto só seu
Dentro d'alma ou numa estrela
Escolhida para ser um refúgio
Quando a vida ofendê-la
Nesse silencioso e belo canto
Encontre seu eu para se renovar
Deixe rolar todo riso, esqueça o pranto
Fique leve, tudo passa ou irá passar
Sabe por que a fofoca existe? Há pessoas que usurparam tanto a vida alheia que tornaram-se altamente estranhas de si. Assim, a única maneira de não ter que encarar o próprio “eu” é perambulando a existência do “outro”.
Sou apenas uma letra perdida
Tentando encontrar sua linha
Vagando sem ter a guarida
Da poesia que no peito se aninha
Que tal se chegar nesse espaço,
vem, aqui estou a esperar,
quero apenas te dar um abraço
e todo meu carinho te passar !
SEUS OLHOS
Embalam-me a alma de ternura
Elegância que acompanha minha trilha
Vejo neles reflexos de fadas que nunca ouvi
Em seus olhos as vi
No vagar do tempo
Vejo um fio de água descendo do seu rosto
Numa pisca já vão mil tristezas num só momento
A dor de todos os tempos
Levam-me à dejavu,
Os seus olhos negros
O encanto que reconta os seus contos
De mil maneiras de amar os outros
Triste é esse silêncio nos seus olhos
Empalidecendo seus lábios no seu semblante
A sua voz muda, gritando sua dor no augi da alma
Triste é sua dor, no silêncio dos seus olhos.
Cadê?
Quando perdemos sentimos o que temos
Através da ausência presente como uma sombra sem luz
Um tipo de desejo invertido
Catapulta o pensamento num tipo de dor
Mostra o quão distante é o finito...
é incrível quando apenas uma musica é capaz de lhe lembrar uma pessoa que já dominou o seu passado...
Não ligue para as lágrimas do seu passado
elas não significam nem metade dos sorrisos do seu futuro.
Quando você foi embora você não levou apenas parte de mim junto com você,
Você fez questão de levar minha inspiração de escrever,levou a pureza de ver beleza em tudo por mais simples que fosse.
Levou com você a emoção dos filmes,a magia dos livros,o ânimo de vida a mais.
Mas de coração eu espero que nunca lhe aconteça de alguém me prometer a mão mas nunca lhe enxugar as lagrimas com ela