Tag jornal

1 - 25 do total de 318 com a tag jornal

Sendo este um jornal por excelência, e por excelência dos precisa-se e oferece-se, vou pôr um anúncio em negrito: precisa-se de alguém homem ou mulher que ajude uma pessoa a ficar contente porque esta está tão contente que não pode ficar sozinha com a alegria, e precisa reparti-la. Paga-se extraordinariamente bem: minuto por minuto paga-se com a própria alegria. É urgente pois a alegria dessa pessoa é fugaz como estrelas cadentes, que até parece que só se as viu depois que tombaram; precisa-se urgente antes da noite cair porque a noite é muito perigosa e nenhuma ajuda é possível e fica tarde demais. Essa pessoa que atenda ao anúncio só tem folga depois que passa o horror do domingo que fere. Não faz mal que venha uma pessoa triste porque a alegria que se dá é tão grande que se tem que a repartir antes que se transforme em drama. Implora-se também que venha, implora-se com a humildade da alegria-sem-motivo. Em troca oferece-se também uma casa com todas as luzes acesas como numa festa de bailarinos. Dá-se o direito de dispor da copa e da cozinha, e da sala de estar. P.S. Não se precisa de prática. E se pede desculpa por estar num anúncio a dilacerar os outros. Mas juro que há em meu rosto sério uma alegria até mesmo divina para dar.

Clarice Lispector
LISPECTOR, C. A Descoberta do Mundo. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1984.

Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data.

O povo continua a confundir bagunça com democracia.

Sem jornalismo não há revolução.

Pior que estrangeiro falar mal do Brasil e do povo brasileiro é o próprio brasileiro se detonar ao concordar com a baboseira.

Buscamos justificar nossa falta de interesse pelo próximo, e pelos próximos bem próximos, culpando as coisas todas ao nosso redor, aquelas às quais oferecemos nossa vida subjugada. Mas nossa vida precisa ser assim, aprisionada por necessidades fúteis e distantes do que é fundamental?

O povo é a bola de pingue-pongue entre direita e esquerda.

O bom de ser feliz é que a felicidade do outro não lhe incomoda.

O povo tem o poder, porém, segue na escravidão, continua sem pão, agarrado num podão.

A questão no Brasil é a briga de forças paralelas. Cada uma quer mostrar poder maior; e o povo que se lasque, quem manda ser bobo.

A imprensa é a voz dos oprimidos e o terror dos malfeitores.

Como combater o crime se quem combate está sendo combatido?

Tem muita coisa errada: bandido e drogado recebe "bolsa" para não fazer nada e o trabalhador debaixo de chuva e de sol para ganhar miséria. Muda isso Brasil!

Quem não lê jornal não está informado. E quem lê está desinformado.

Desconhecido

Nota: O pensamento é erroneamente atribuído a Mark Twain, mas acredita-se que ele seja uma mistura de pensamentos de Orville Hubbard e Ezra Taft Benson.

...Mais

A questão é que não há educação, então, criam a punição - é mais fácil punir do que educar. Punir não exige pensar.

Nos Brasil a mentira e mau-caratismo é sempre prato do dia. Que herança!

Os anúncios contêm as únicas verdades que merecem crédito em um jornal.

Por uma Cidade Livre

Enfim o povo brasileiro deixará de sangrar junto ao arrastado processo de impeachment. A iminência do afastamento definitivo de Dilma reserva para o fim deste mês o dia em que viraremos esta página, orgulhosos de termos ido às ruas para dizer “Basta!” a um governo federal pouco afeito à democracia; que presume independência dos poderes sem que haja o aluguel de parlamentares. A comprovação do crime que imputará a pena da presidente é branda ao ignorar tantos outros malfeitos que passaram incólumes pelo Senado e que justificariam, tanto quanto ou mais, a cassação do mandato.

Todo modo a satisfação de termos protegido nossa república e sua jovem democracia não nos dá o direito de descansar ao mirar Brasília. Faz-se necessária enorme atenção para que o novo governo, hoje interino, possa escutar e atender aos anseios das ruas. O caminho da liberdade não pode retroceder.

Tampouco é possível que esqueçamos o primordial: nossa comunidade. As eleições municipais são aonde as mudanças mais profundas se iniciam. Elegermos pessoas comprometidas com uma cidade livre é o que nos proporciona, por exemplo, clamar para que essa liberdade se traduza em um novo pacto federativo, em que os municípios legislem com maior autonomia levando em conta sua gente e suas particularidades.

Não por acaso me preocupa observar a interferência nacional que o PT, partido do atual prefeito, envia para nosso município no intuito de reelegê-lo. São José dos Campos e seu próspero orçamento de cidade empreendedora e industrial não podem servir como suporte àqueles que governam para os de camisetas vermelhas e iludem os descamisados. Não é para manter o projeto fracassado e rejeitado de um partido, além da sinecura de seus militantes, que pagamos — a contragosto — altíssimas taxas e impostos que retornam em burocracia e precariedade no serviço público.

Percebam. Minha intenção não é pintar o pior dos quadros no que diz respeito à gestão pública. Houve acertos, ainda que em menor número perante os erros. Acontece que os escassos pontos positivos, mesmo que preponderantes, não justificam ou mitigam o gravíssimo cenário de comprometimento do prefeito com as ordens externas da direção partidária. A reeleição de Carlinhos traria à cidade figuras que enxotamos de Brasília há poucos meses. Os exonerados de Temer ocupariam nossas secretarias municipais.

Este compromisso ideológico acima dos interesses municipais impede que alcancemos uma cidade livre. Não há como evitar casos como o kit escolar, por exemplo, quando é necessário preencher com forasteiros os cargos comissionados das secretarias responsáveis pelos processos licitatórios.

Dias atrás, um caminhão responsável pela iluminação passou na vizinhança e ignorou o poste apagado. Parada pelos cidadãos, a equipe disse não haver ordem de serviço. O problema escancarado e a burocracia atravancando. Eis uma mazela corriqueira causada pela obesidade de uma administração lotada de militante incapacitado.

Não por acaso os novos movimentos sociais cumprem o anseio popular ao levar aos candidatos o pedido das ruas: menos dinheiro nas mãos de políticos. Se a atual lógica do transporte coletivo, por exemplo, não vem funcionando e tende sempre a subir o preço, porque não ser receptivo aos serviços privados, como Uber? Ideias como essa vencem o lobby de classes egoístas, ensejando um cidadão tão livre quanto nossa cidade merece ser.

Um bom jornal é uma nação falando consigo mesma.

Mulher, ouça: és tu a parir, criar e educar o homem. O que acontece depois para tê-lo e condená-lo como inimigo?

Você é do tamanho dos sonhos que você coloca em prática!

Acautele-se. A estrada é longa e pode haver percalços.

Os petistas e seus aliados transformaram caráter ilibado, honestidade, respeito e humildade em sinônimo de ditadura.

Esse ParaTrás é uma piada.

Tem mais, a tal da pensão da anistia foi conluio para apoderar do dinheiro brasileiro.