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O homem vangloria-se de ter imitado o voo das aves com uma complicação técnica que elas dispensam.
Quando as aves falam com as pedras e as rãs com as águas - é de poesia que estão falando.
De que valem tantas cores, para enfeitar os fundos de uma casa? De que valem asas forte e saudáveis, se não podem ser abertas ao vento? De que vale ter um céu inteiro e não poder voar livremente? Essa é a realidade de muitas aves no Brasil. Animal silvestre não é bichinho de estimação e muita gente acha que ter um em casa, só para satisfação pessoal, não tem problema nenhum, claro né, até por que essas pessoas não estão sofrendo, implorando com os olhos a vida que lhes foi tirada, o DIREITO de ser livre!
Assim como no inverno mais profundo muitas aves partem para outras regiões mais quentes, o homem deveria fazer o mesmo, partindo também para dentro de si mesmo e buscar um lugar mais quente que é aquele te o conduzirá a Deus
Todas as noites
eu crio asas...
Crio sonhos com as aves do céu!
Crio esperanças.
Durmo pensando na vida.
E ao despertar do dia...
Renasço com um novo suspirar.
Mais intenso que ontem.
Mais esperançoso que hoje!
E muito mais lapidada...
Recordou-se que ali já esteve, mesmo não sabendo o que era estar ali, e à princípio sendo guiado pelos seus dissimulados sensores epiteliais notou sua própria existência tênue, calorosa e agradável.
Com receio de que aquele ínfimo momento se extinguisse quebrando aquele devaneio, permaneceu de olhos fechados, apenas existindo no meio de tudo aquilo.
Ouvira sinos de outono na copa das árvores, ecos de aves canoras ao longe, movimentos de raízes tocando a terra ao balanço de brisas prolongadas como suspiros de moça.
Tudo era melodia naquele delicado momento em que aprender à se amar.