Poemas de Morte

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A discórdia almoça com a abundância, janta com a pobreza, ceia com a miséria e dorme com a morte.

Para aplicar a pena de morte, a sociedade deveria ostentar a autoridade moral de não ter contribuído em nada para fabricar esse criminoso.

A morte é o descanso das repercussões sensórias, do titerear dos impulsos, das divagações do intelecto e dos serviços à carne.

Quando chega a morte, não é da nossa ternura que nos arrependemos: é da nossa severidade.

A morte é de certa maneira uma impossibilidade, que de repente se torna realidade.

A vida é o princípio da morte. A vida só existe em função da morte. A morte é acabar e começar ao mesmo tempo, separação e união mais estreita consigo mesmo.

Acontece com a velhice o mesmo que com a morte. Alguns enfrentam-nas com indiferença, não porque tenham mais coragem do que os outros, mas porque têm menos imaginação.

Se é mesmo verdade o que os sábios nos dizem e se existe um lugar que nos acolhe (depois da morte), talvez o amigo que acreditamos extinto tenha apenas nos precedido.

No meio da vida acontece que a morte surge e mede o homem. A visita é esquecida e a vida continua. Mas o fato está feito, silenciosamente.

Sabe-se que enquanto vivemos estamos mais ou menos expostos à inveja, mas depois da nossa morte os nossos inimigos deixam de nos odiar.

A morte é o repouso, mas o pensamento da morte é o perturbador de todo o repouso.

A vida, para os desconfiados e os temerosos, não é vida, mas uma morte constante.

O grande político conhece-se pelo fato de os seus pensamentos viverem depois da sua morte ou da sua derrota.

O avarento gasta mais no dia da sua morte do que gastou em dez anos de vida, e o seu herdeiro mais em dez meses do que ele na vida inteira.

A velhice poderia ser a suprema solidão, não fosse a morte uma solidão ainda maior.

Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Sarah Westphal

Nota: Trecho do poema "Quase", muitas vezes atribuído erroneamente a Luis Fernando Veríssimo.

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.

Oswaldo Montenegro

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Ferreira Gullar. Trecho do poema "Metade".

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A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.

Norman Cousins

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Pablo Picasso.

Se vale a pena viver e se a morte faz parte da vida, então, morrer também vale a pena...

Nenhum homem que tenha vivido conhece mais sobre a vida depois da morte que eu ou você. Toda religião simplesmente desenvolveu-se com base na trapaça, no medo, na ganância, na imaginação e na poesia.

Edgar Allan Poe
JOYCE, John A. Edgar Allan Poe, 1901.

Nota: A citação apareceu em uma biografia de Poe escrita por John A. Joyce, mas a evidência era indireta, por isso, a autoria não está confirmada.

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