Coleção pessoal de RandersonFigueiredo

Neste mundo realmente tudo é possível, ⁠até tigres-de-bengala já foram vistos em academia de pilates

Não se atira pedra em macieira esperando que caia figo⁠

Antes mesmo de se fazer enxergar, a realidade primeiro se faz sentir ⁠

Não é aconselhável brincar com balões cercado por cactos⁠

O olhar do outro sempre será o leitor do livro carregado pelo semelhante, mas que revela a própria história ⁠

A grande tragédia da atualidade, é que os heróis ao buscarem cultivar a paz, primeiro procuram plantar granadas para logo em seguida desejarem colher flores

⁠Costumamos enaltecer nossos heróis, mas esquecemos de honrar quem verdadeiramente lutou com bravura no campo de batalha

É necessário lustrar a prataria, mas antes de mais nada é preciso ter muito cuidado para não quebrar a louça⁠

Só o cravo é capaz de deixar todas as outras flores com inveja, ao escolher a rosa, num encontro marcado ⁠no altar e com visão panorâmica da lapela do noivo

⁠Nem mesmo o coaxar dos sapos é capaz de intimidar o brilho da luz do vaga-lume à beira da lagoa

⁠⁠A fé é o grande escudo que me protege quando estou a nu e aos poucos me reveste pelo poder da prece

O palíndromo é a forma mais elegante de ser enfático ⁠

⁠Excesso de confiança é uma imensa fortaleza localizada em região árida, mas erguida com cubos de gelo

⁠Quando Deus é visto pelo descrente como um delírio, o universo imediatamente o apresenta sob forma de milagre

⁠Sempre será doce a vida da formiga que não se atenta ao canto da cigarra

⁠Religião é perceber que existe um grande banquete a ser dividido;
Religiosidade é se colocar à disposição para divisão entre os que têm fome;
Espiritualidade é saber que já está saciado, ao comer do pão que alimenta a alma

Quem acende o pavio sabe onde está o barril de pólvora

⁠O amor verdadeiro é uma flor única, quem a conhece ⁠já contemplou muitos jardins

⁠Vista de longe a vida é uma grande comédia, só não ri quem não entende a piada

Nunca estaremos protegidos ao sermos vaidosos, é uma cama confortável, que deitamos ao relento ⁠