Coleção pessoal de protestapoeta

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"O prazer humano nos trouxe aqui! Também!"

"Podemos ser mais inteligentes e bons do que Deus ou as palavras de Deus? Bem, vamos tentar: vamos trocar o DE A OUTRA FACE QUANDO BATEREM EM UM LADO DE SEU ROSTO... Sim, vamos substituir por: NINGUÉM DEVE BATER NO ROSTO DE NINGUÉM, SOMENTE POR LEGITIMA DEFESA!"

"Pense: as pessoas que morrem na tentativa desesperada de atravessar o mar para buscar uma vida melhor, com mais segurança e humanidade... Estão migrando, fugindo, de causas naturais ou causas ideológicas, religiosas, políticas? O homem, espécie especial! Contradição mutante: tanto cérebro, mas, voltado para o brutal e para o irracional!"

"A afirmação de não existência da Ética a não ser coexistindo ela com a Religião é uma falácia!"

"A dubiedade de "não matarás" e "apedrejem a adultera ou o filho desobediente"... Por si só demostra uma construção ética frágil, ou, até mesmo antiética!"

"Uma teoria de tudo? Só se já conseguiram medir, contar, sistematizar, prever, dividir, somar, experimentar, o tudo...!"

"No tudo está até mesmo o nada? Se é que o nada existe... Ou o nada é só pensamento sobre o nada?"

"O Positivismo é um dos filhos do Iluminismo!"

"O Positivismo, como corrente filosófica, influenciou sobremaneira a América do Sul... Muito aqui, no meu país! Desde a infância, nos primeiros anos escolares, a frase ORDEM E PROGRESSO (de inspiração positivista) é apresentada aos pequenos brasileirinhos."

"O Positivismo colocou a ciência como mito? Em sua fase religiosa, no mínimo, a exaltou sobremaneira... Tornando-se um dos maiores críticos da Religião Cristã!"

"Todas as imagens que temos de nós mesmos, são: reflexos, cópias, representações, obras artísticas... Não há como nos vermos com nossos próprios olhos!"

Você nunca conhece realmente as pessoas. O ser humano é mesmo o mais imprevisível dos animais.

Que canto há de cantar o que perdura?
A sombra, o sonho, o labirinto, o caos
A vertigem de ser, a asa, o grito.
Que mitos, meu amor, entre os lençóis:
O que tu pensas gozo é tão finito
E o que pensas amor é muito mais.
Como cobrir-te de pássaros e plumas
E ao mesmo tempo te dizer adeus
Porque imperfeito és carne e perecível

E o que eu desejo é luz e imaterial.

Que canto há de cantar o indefinível?
O toque sem tocar, o olhar sem ver
A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.
Como te amar, sem nunca merecer?

Que canto há de cantar o indefinível?
O toque sem tocar, o olhar sem ver
A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.
Como te amar, sem nunca merecer?
Amar o perecível,
o nada,
o pó,
é sempre despedir-se.

Te amo como as begônias tarântulas amam seus congêneres, como as serpentes se amam enroscadas lentas algumas muito verdes outras escuras, a cruz na testa lerdas prenhes, dessa agudez que me rodeia, te amo ainda que isso te fulmine ou que um soco na minha cara me faça menos osso e mais verdade.

Eu sempre me fascinei com o matemático indiano Srinivasa Ramanujan. Ele dizia que para resolver seus intricados teoremas era movido apenas pela beleza das equações.
Na poesia também é assim. É uma espécie de exercício do não dizer, mas que nos dilata de beleza quando acabamos de ler um poema.

Lobos? São muitos.
Mas tu podes ainda
A palavra na língua
Aquietá-los.

Mortos? O mundo.
Mas podes acordá-lo
Sortilégio de vida
Na palavra escrita.

Lúcidos? São poucos.
Mas se farão milhares
Se à lucidez dos poucos
Te juntares.

Raros? Teus preclaros amigos.
E tu mesmo, raro.
Se nas coisas que digo
Acreditares.

É crua a vida. Alça de tripa e metal.
Nela despenco: pedra mórula ferida.
É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.
Como-a no livor da língua
Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me
No estreito-pouco
Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida
Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.
E perambulamos de coturno pela rua
Rubras, góticas, altas de corpo e copos.
A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.
E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima
Olho d’água, bebida. A vida é líquida.

Como me sinto? Como se colocassem dois olhos sobre uma mesa e dissessem a mim, a mim que sou cego: isso é aquilo que vê, essa é a matéria que vê. Toco os dois olhos sobre a mesa, lisos, tépidos ainda, arrancaram há pouco, gelatinosos, mas não vejo o ver. É assim o que sinto tentando materializar na narrativa a convulsão do meu espírito, e desbocado e cruel, manchado de tintas, essas pardas escuras do não saber dizer, tento amputado conhecer o passo, cego conhecer a luz, ausente de braços tento te abraçar.

Alguns doutos em ciências descobriram que quanto maior o intestino, mais místico o indivíduo. E quem mais místico que Deus? Grande Intestino, orai por nós.