Coleção pessoal de marialu_t_snishimura

221 - 240 do total de 489 pensamentos na coleção de marialu_t_snishimura

O quebra - cabeça

Certa vez veio - me a seguinte ideia:
- Nossa vida é um quebra-cabeça!
Quem não sabe jogar, fica na platéia,
Fica a ver, que o outro o jogo vença!

No jogo vence quem sabe encaixar
Cada peça no seu devido lugar!
Na vida vence quem sabe lutar,
Ama a própria vida sem se queixar!

Se o objetivo é sempre uma meta,
O sonho consiste em se realizar
E o quebra-cabeça é a descoberta!

Á quem a própria vida sabe decifrar,
Criar estratégia na própria conduta,
De repente, aprende sozinho a jogar!

A arte

A arte é a parte do encanto criado:
Ás vezes serenidade, outras vezes
um arrebatamento do algo na alma,
sem intento de nada, só expressão!

Ao talento cabe tudo, até o pecado,
ou o silêncio, ou um grito de vozes!
O que importa é a paz que acalma
os sentimentos dentro do coração!

A arte tem um que de Deus e oração;
Há saudade, amor, encanto, intuição,
tem filosofia, sabedoria e realidade!

Veste-se de sonho e também ilusão;
Traz também a beleza ou a reflexão,
ou qualquer coisa de uma liberdade!

O presente

A vida é o maior e melhor presente
Recebemos gratuitamente de Deus
No nascimento, dos pais, de repente,
Nunca deixe de agradecer aos seus!

Os meninos e seu instrutor ensinou,
Quão é importante á vida, o resgate!
Que o mundo inteiro se mobilizou,
Para que salvos fossem do embate!

As mãos de Deus estava com eles
Á dar-lhes a força e a perseverança
Para resistir a fome, as intempéries!

A lição do resgate é a esperança
E Deus vem ensinar seus valores:
-No nada, nele tenhamos confiança!

Perambulando no verso

O que não se inventa, não existe,
Assim a coragem faz a ousadia!
Inventos até de estranha moradia,
N'alguma arquitetura persistente!

Retortos esparsados deste edifício,
Plange o concreto fazer sacrifício!
Á saquear atenção de quem passa,
Ao comum, a estrutura ultrapassa!

Então no ápice do meu argumento
Com o espanto pelo lado de dentro
Na construção versar pensamento,

Que também tem um jeito bêbado!
A minha alma no próprio encontro,
Perambulo no verso sem segredo!

O fazer - se no espaço

I

Cala-te a dizer asneira
Á escrever dispersão!
Para que ser maneira,
ser ser cheio de ilusão?

Um comum no nada,
nunca nem apareci,
em luz programada...
na televisão nem fui!

Não! Cala - te a boca!
Chega de criação vil;
Irão chamar-te louca!

Então! Pequeno tolo
Gosta do incomum,
silêncio em consolo?

II

No meu ínfimo ato
de tão íntima razão.
Faço nesta questão
ciência de meu fato!

Posso e decido-me!
Não sou obrigada
ser igual a um você
de incomum... nada!

Calar-me ou dizer!
Em suma decisão,
decido cada fazer!

Meu querer do.. ser
Não devo satisfação!
Faço-me sem conter!

III

Cada letra que escrevo
tem o ar que eu respiro:
Sou céu, ou um relevo,
ou Saturno, ou espirro!

Não importa o que sou,
se desvairada, tola, ou...
qualquer crítica do ego,
que faz qualquer um cego!

O que importa é ser um!
Este, no quanto posso,
igual não há nenhum!

Cada um no seu passo,
se astro ou ser comum...
faço-me neste espaço!

Ócio criativo

I

Do ócio das vagas horas
Um conceito de aprumo
Concedeu ás memórias
Seguir algum novo rumo!

O apreço logo se fez belo
D'alguma coisa de efeito
Elaborar sem preconceito
Artefatos ou um castelo!

Sei lá desta tua habilidade
Mas, sei dizer de um fazer
Este da minha capacidade,

Não é convencimento o tal,
Fazer do afinco de querer
Deste jeito sem ser metal!

II

É um autodidatismo o ato
Que se descobre na ação,
Ficar só no ver, é papo...
É preciso fazer co'a mão!

É nisso que reside o sentir
O de se colocar no lugar
Daquele que prega o provir,
Que devemos progredir!

Meu convite de aceno real
É para toda alma sem idade
Á descobrir um novo ideal!

Cá dizer aos nossos neurônios,
Que a nossa criatividade
Espanta até, maus agouros!

Estampa

Minha relação com o tempo
Desafios em mim estampo
Fazendo minha doce pintura
Ou pelejando na dura escultura!

O resultado não tem importância
Se meu treino no tempo desfio,
Podes ser tu critico, em mim confio,
Pois tenho polido alguma elegância!

Nesta arte igual escrita faço o gosto
Aquele sentir d'alguma sensibilidade
Onde moldo e pinto talvez meu rosto!

Assim é possível fiar tranquilidade,
Desfazer qualquer tipo de desgosto,
Quiçá, a estampa da mera liberdade!

Saibam ser pais e ser filhos de verdade

Se um pai sabe ser verdadeiro,
Ser amigo e ser conselheiro!
Não importa como o filho veio
Se da geração ou do coração!

Uma vez por Deus escolhidos
Os filhos serão sempre filhos
Obstantemente, pai sempre pai
Ambos na sua missão apraz,

Para ambos a responsabilidade
Mas, há pais que só os filhos fazem
Para abandonarem sem moralidade

E filhos que não cumprem sua parte
Desonra o pai e vivem na vadiagem,
Estes não são filhos nem pais de verdade!

Ousadia

A pintura é uma escrita na tela
Onde contorno minha ousadia
Para passar a hora com alegria
Esquecendo qualquer mazela!

Oxalá, pudesse alguém dizer:
- Para que serve esta pintura?
Queria poder tudo responder,
Contudo, prefiro a compostura!

A resposta de mim, já tenho
Não tenho que provar nada
Neste simples eu que componho!

E assim sendo, é sempre bom
Descobrir - se nesta caminhada,
Talvez em mim, mais um dom!

Resgate

As missões fizeram lições e desbravamento
Na história está contada e não se pode negar!
E uma coisa acenta - me trigueiro um espanto:
- Onde se perdeu a história do padre a explorar?

Se tudo tem uma razão, veja só o que vou contar:
- O Padre José de Anchieta e os jesuítas por cá,
Fundaram Itaquaquecetuba, á faciltar, diz Itaquá
Mas, na cidade nunca do padre se ouviu falar!

Que povo sem memória e sem conhecimento!
Por que não há levante, um grande monumento
Alguma coisa que lembre a relevância histórica?

Deixaram a mediocridade fazer a destruição
Mas, ao meu ver tem um jeito e uma salvação:
Alça do historico de tudo faz a cidade turística!

A penitência

Crescer é nada além de uma arte,
Parece fácil o rumo certo que há!
Mas, tu escolhes as voltas que dá
Na sua forma viva de fazer parte!

A vida no vasto sobre bela terra
É um íntimo de experimentação,
Que em cada peito se encerra
Na fala ou no silêncio da emoção!

Não é deste mundo o julgamento
Na hora certa, cada um saberá
O veredicto do seu testamento!

As linhas disso estão lá com Deus
Alguns nele escreve sem o: ô... "Será"?
Se tortos, pedem perdão só no adeus!


II

Se ficam retos e belos depois disso,
Não nos cabe saber o triste desfecho.
Se a alma irá ao céu ou ao inferno
E que fim haverá a alma após isso!

Renascerá então, por sete vezes, talvez...
Até que, o algo "torto", fique bem reto,
Que o espirito apreenda cá o correto
E toda alma evolua na sensata altivez!

Renascerão todos até alcançar evolução,
Viverão a narrativa romântica desta vida,
E moldar-se-ão na reza rija, por salvação!

Não é insensata a vida nesta existência,
Posto a viver, cá em vão para perfeição?
Então... a vida terrena é uma penitência?

Formiga ligeira

A formiga na jura da mudança
Porque tinha em si esperança!
Mas, na via que corre a conversa,
No rumo se segue a controvérsia,

Perdera o rumo da trilha da escolha
Escondida ficou debaixo da folha,
Pois, já desviaram - se do caminho,
O rumo já longe do centro do ninho!

Será que não há mais salvação,
Á qualquer ponto desta trincheira?
Recolheram - se na acomodação,

Perderam - se em meio a barreira
Supostamente na euforia ou ilusão
Ficou a formiga a pensar ligeira!

Alquimia humana

Lapideis em si uma pedra bruta
Recolhe de dentro seu tesouro
Redescobre - te no verde louro
Na alquimia humana da labuta!

Carregue - se d'alguma ousadia;
Aquela de querer balançar a lua
Numa corda de cipó, por garantia
Pra fazer algazarra durante o dia!

A vida não é nada mais que isso:
Uma mistura homogênea de tudo
Uma felicidade incoerente do riso,

Neste tempo humano do absurdo!
Pois, viver é ser não mais que leve
No contínuo fazer do próprio mundo!

Contexto democrático

Ao percorrer a linha do tempo
A vida biologica da existencia
Tem também muita importância
O ser mato que nasce no campo!

Neste contexto democrático
Reparte o solo todo fenômeno:
Do simples ao ser fantástico,
Um grande e um pequeno!

No âmbito deste ponto de vista
Viva como bem lhe convier
Desde que não saia da pista!

Realize aqui tudo o que puder
Faça do sonho, uma conquista
Para depois não se arrepender!

Arre! Minha gente

Na nervura branca da ressalva
Surgira a flor mais pura e alva
Entre o verde louro sobressai
Até que a tinta desbota e sai!

Enquanto isso na menuta
Da admoestadora conduta
Os pincéis vão no deslize;
No movimento fazer reprise!

Outra vez a treinar de novo
O letreiro deixo lá no poste
A mercê, por conta do povo!

Já que o campo é faroeste
Há luta até na casca do ovo
Arre! Luta boba, minha gente!

Fios que tecem

Meus cabelos quando crescem
Às vezes, no corte da mudança,
Outras vezes ao vento balança,
Outras, linhas de fios que tecem!

Gosto deles de qualquer jeito
Se assentado no liso perfeito,
Ou ao acaso com friz, eletrizado.
Não gosto deles todo chapado!

Fica com aspecto de lambido
Do tipo de cuspe de boi babado
Prefiro do jeito que ele nasceu!

Afinal o cabelo é todo meu
Se ele te causa desagrado
Vá fazer chapinha no seu!

Olhar de japa

À este olhar de japa
Nada do intento escapa
Ela vê o fim escondido
No íntimo mais profundo!

Não tente moldar intenção
Com dizeres de reticências
E seus status sem razão
À provocar maledicências!

Meu olhar é sincero e puro
Assim também é meu ato
O mal não gosto e não aturo!

Se minha amizade quer de fato
Não se traia a ser imaturo
Pois, decifro qualquer intento!

Perfume de infância

O perfume no jardim
Espalhou o jasmim
Brincando por ali
Logo o perfume senti!

Que infância bela,
Tínhamos eu e ela!
Eu e meu pé de flor
Cúmplice de amor!

Eu dizia assim:
- Flor de jasmim,
Traz um príncipe pra mim!

O jasmim me ouviu
Um príncipe me buscou
E a bela flor por lá, só ficou!

Vão do nada

Abre a cortina e expia tua liberdade;
Voe por onde possa sentir- te pleno
Nada é tão urgente quanto fazer - te
É tão mais prudente sentir-te sereno!

Não vivas ansiosamente pelo futuro
Nem tenteis resgatar-te no passado
O presente é mais que suficiente a ti,
Viva plenamente o instante no aqui!

Não apegas - te do lugar e das coisas
Nem ao monte daquilo que te afeiçoas
Aquela exigência do que dita a moda,

Dispensa está regra que incomoda,
Valoriza as pequenas coisas boas
Afinal, o tudo é o ser no vão do nada!

Asas da saudade

Asas de matizes perambulam
Voam soltas na sua liberdade
Juntas as cores tremulam
Adeja a bandeira da saudade!

Eu pequenina e as borboletas
Éramos soltas nas brincadeiras
Até pairavam em minha mão
Quisera eu voar saindo do chão,

Iria eu pousar numa pétala
Colher mel igual a elas
Ou recolher uma estrela!

Borboletas ainda lindas
Azuis, vermelha ou amarela
Nelas minhas asas coloridas!