Coleção pessoal de I004145959

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⁠Viver plenamente implica experimentar todas as emoções, inclusive o desespero diante de perdas ou fracassos. O ideal de felicidade que evita o sofrimento é desastroso.

⁠O desejo incessante por bens materiais como carros, joias ou viagens é como uma ciranda interminável.

Assim que realizados, novas aspirações emergem, alimentando tanto o capitalismo moderno quanto nossa incompletude.

A felicidade atrelada à satisfação dos desejos é um paradoxo numa cultura obcecada pela busca constante por mais e mais.

Nenhum objeto traz plena gratificação.

⁠A 'felicidade' tornou-se uma mercadoria de ocasião.
No entanto, o que realmente necessitamos é de contentamento na vida em sua plena dimensão.

A desvalorização da escola pública e dos profissionais de educação, arte e cultura é nítida, manifestando-se na diminuição de salários e na ridicularização social.

Atribuir a culpa exclusivamente à população é uma simplificação capitalista.

⁠Às vezes, usamos a falta de tempo como um pretexto para encobrir a pouca importância que atribuímos a alguém em nossas relações interpessoais.

⁠A ambição busca melhoria e crescimento, enquanto a ganância busca apenas acumular recursos para si, levando à corrupção ética.

⁠O machismo estrutural reflete a disparidade de percepção entre características similares atribuídas a homens e mulheres.

Por exemplo, enquanto um homem com personalidade forte é elogiado, uma mulher com características semelhantes pode ser rotulada como áspera.

⁠É um erro crasso querer usar nossa experiência pessoal como parâmetro universal.

⁠Uma vida longa acarreta passar por perdas ao longo do caminho, refletindo a complexidade e os desafios da experiência humana.

⁠Os seres humanos têm uma baixa tolerância à indiferença devido à sensação de exclusão, rejeição e desvalorização que isso provoca, resultando em desconforto emocional.

⁠Concentrar-se no presente ajuda a reduzir a ansiedade ao direcionar a atenção para o momento atual, aliviando preocupações com o futuro ou remorsos do passado.

A reverência como virtude está perdendo espaço na sociedade contemporânea, em detrimento da ênfase na fluidez das relações interpessoais, na busca pelo sucesso individual e na desvalorização dos valores tradicionais como humildade, respeito e admiração.

A internet não dissipou distâncias; em vez disso, criou guetos virtuais onde indivíduos se isolam em comunidades fechadas, limitando a troca de diferentes perspectivas e perpetuando bolhas de concordâncias.

⁠As novas tecnologias digitais intensificam as exposições, fragilizando identidades e aumentando a infelicidade devido à comparação constante, à pressão por uma imagem idealizada e à busca de validação externa.

⁠Muitas vezes falamos sem realmente prestar atenção ao que dizemos.

Quando alguém nos repete o que falamos, isso nos dá a oportunidade de refletir sobre nossas palavras.

É uma forma de autoconhecimento através do feedback proporcionado pelo outro.

⁠Constantemente nos deparamos com cenas em que o auxílio é negligenciado, enquanto o foco está na publicação de conteúdo nas redes sociais.

⁠Na era pós-moderna, o uso de analgésicos como "escudos emocionais" cresce, em resposta à crescente negligência moral que a sociedade acarreta.

⁠No âmbito social, orbitamos em torno da intolerância aos desejos dos outros, especialmente os femininos, onde a angústia e o desconforto são evidentes.

⁠Historicamente, a mulher foi retratada como símbolo de tentação e culpada pelas transgressões e descontroles refletindo os padrões patriarcais arraigados na sociedade.