Coleção pessoal de bruno1011

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Nada resiste no nada
nas profundezas sem ti
despida na alvorada
dos tempos em que te vi
naquela velha estrada
infinita no passado
esquecida e desvelada
em traços da noite escura
sombria e nebulada
onde te vi assustada
fria e desamparada
por esta vida largada
agora que a ti tenho
prometo por minha vida
pra sempre minha querida
nunca mais serás ferida.

Ouço sem o teu saber
sentindo o teu sentir
tão forte este fluir
o deste teu existir
ainda sabendo que
talvez nunca, amor
sabendo tu desta dor
uma dor, que não acaba
um barco que não naufraga
neste meu mar que sufoca
um silencio que me esmaga
e um frio que me racha
gelando e assim quebrando
este amor que se afoga
que hoje por ti chamando
esse amor já implora.

Que os demónios infernais
fluorescam no infinito
nestas trevas abismais
onde jaz o descrito
no sangue que aqui escorre
nadando na negra morte
aprofundada essa sorte
das trevas que aqui moram
que ficam e assim demoram
vibrando no vil pecado
nas sombras aqui fechado
num frigido mar salgado
completamente isolado
abismalmente afogado
num sentimento gelado.

Lá nos confins do infinito
além dos desertos sagrados
erguem-se aguas furtadas
nas frias montanhas do tempo
crescem os jardins celestes
no entardecer das estrelas
nascem as flores silvestres
e ficam os solos agrestes
chovem gotas milenáres
eclodem os corpos estrelares
dessa holifica criação
surge a maçã de Adão

Neste dia de outono
Ainda com olhos de sono
Bem no centro de Lisboa
Visando aquela canoa
Sentado numa esplanada
Numa cadeira cansada
Por aves acompanhado
Fica o poeta inspirado
Nutrindo felicidade
Nos ares desta cidade
A brisa fresca da tarde
Suflada na sua face
Se um café não tomasse
Perante tanta beleza
Dormindo talvez ficasse
Se o dia não acabasse
E o anoitecer não chegasse
Um pensamento somente
Fico aqui, eternamente.

Minha rainha querida
és parte da minha vida
princesa do meu caminho
contigo não estou sozinho
Deusa da minha estrada
pra sempre serás amada
Donzela de corpo quente
que amas tão loucamente
pra ti vivo realmente
num sonho quase indecente
Odalisca deste castelo
contigo tudo é mais belo!

Desejo-me em ti
desde o momento em que te vi
contemplando o abrir de teus braços...
observando o andar de teus passos...
admirando a frescura desse sorriso,
a expontaniedade das tuas palavras,
a natureza graciosa da tua imagem...
como te mostras sem medos, com coragem
a simplicidade com que brilhas demasiado..
o teu olhar dominante e vibrado..
a vontade que me deste de viver..
no desejo imenso de te conhecer!

Sou aquele sonho que morreu
que alguem um dia perdeu
e que hoje pode ser teu
que alguem um dia amou
mas depois assim o largou
sou um poeta bem profundo
a tua espera neste mundo
e hoje eu sinto-me seguro
sabendo que serás o meu futuro
por ti falo de coração
acaba com esta solidão
e para deixar esta mensagem
precisei imenso de coragem.

Na beleza
do teu andar
me fazes sentir
a brilhar
És o desejo
e quando te vejo
um beijo que sinto
e que não desminto
com a tua graça
que não se disfarça
uma felicidade
sem ter idade
num ambiente
sempre contente
só pra contemplar
esse teu olhar
ainda distante
mas sempre vibrante
De todas as escolhas
possíveis
és aquela das
sucessíveis
sou um homem
caranguejo
e hoje espero
por esse beijo
e aguardo
cheio de vontade
que comigo
tenhas cumplicidade
nos desejos
hoje sonhados
que um dia
serão realizados.

Eu sou
A emanação intemporal
Do amor incondicional
Um desejo permanente
No teu inconsciente
Um beijo molhado
Com sabor a pecado
A chama que te acende
A luz que te apaga
Sou o todo entre o nada

Solta o tempo um beijo sagrado
no pensamento de estar a teu lado
campos de lirios por entre delirios
flores ao vento e amores perdidos
ficam os prados com trevos deitados
e as estrelas brilhantes e belas.

No final do arco-iris
nascem dálias de luz
com pétalas delicadas
e folhinhas perfumadas
d'um aroma que se seduz
No final do arco-iris
nasce o sol devagarinho
crescem flores amarelas
como lindas cinderelas
contempladas com carinho.
Estas palavras de sonho
foram escritas para ti
saidas do meu coração
bem bonitas que elas são
os poemas de um verão
foram cartas que escrevi.

Poeta do reino dos sonhos
Que hoje vive incongruente
Pulsando um coração fulgente
Nas apocalipticas fronteiras
Acompanhado pelas guerreiras
Da orgulhosa temeridade
Combatendo eternamente
os fantasmas do passado
perdidamente apaixonado
levando espadas de amor
rompantes de tanto calor
luta nos mares da paixão
a catastrófica solidão
la vai o poeta guerreiro
grão sucessor e herdeiro
da odalisca perdida
que um dia lhe será querida.

Bela que tu és em teus encantos
ao som da tua voz dançam os anjos
é como uma melodia sem sentido
é como um soneto ao meu ouvido
e agora deixaste-me a pensar...
será que contigo irei ficar?
é mesmo a história da minha vida
leva-me contigo minha querida...
deste coração nasce o sentimento
e fico contigo no pensamento...

Resplandece o principe poeta
Magnanimo por entre as chamas
perdido nas asas da paixão
lutando por sua cinderela
entre as belas a mais bela
Como um guerreiro sagrado
rumando contra o passado
No cavalo alado do amor
desaimando sua espada
dissertando sua amada
firmando a sua verdade
rompantemente cantando
vibrantemente entoando
perene em sua vontade
poemas do seu coração.

Gratificante és na tua essência
Sinto-me ungido em complacencia
Na marcha ascencional desta paixão
purgando-me as impurezas da alma
Das causas perniciosas do passado
subvertido por falsas virtudes
profundamente exilado na calma
encarnando teu perdão fraterno
reconsolidado pelo teu amor
latente pela eternidade.

Perispírito
Presbito da arte das palavras
Incorporado pelo teu amor
Do tempo que hoje prescindo
Habitas no meu perispírito
abnegado da tua presença
Abismal dor em mim descambou
propagada pela tua ausencia
presciente da tua existencia
esperarei incorrendo em demencia
na deletéria esperança de te ter
de preciosa que és minha flor.

Na quinta dos plátanos verdes
sombria de madrugada
numa alvorada gelada
erguida por entre pilares
entre tempos milenares.
Palácio de muitos andares
nascida de velhos reinados
das guerras de tempos passados
de escravos ali maltratados
que nunca puderam ser nobres
pois nasceram entre os pobres.
Naquela herdade imponente
foi ensinada muita gente
os jovens jogavam à bola
e livros levavam prà escola.
Entre frases e poemas,
alí nasceu a esperança
onde ficou esta lembrança
daqueles tempos de criança.

No campo dos meus amores
vivem poetas e cantores
há ovelhas e pomares
floreado com mil cores
numa cabana lá perdida
mora aquela rapariga
de olhos verdes cintilantes
que brilham como diamantes
de pernas brancas como leite
senti mesmo um deleite
é uma bela camponesa
com elegancia de princesa
numa manhã de primavera
encontrei-a à minha espera
foi quando tudo começou
até que este sonho acabou.

Lá vai o poeta
Sozinho no tempo
Perdido no espaço
Com o sentimento
Sem o teu abraço
Foi-se o momento
Ficou o cansaço
Sem eira nem beira
Naquela esplanada
Sentindo o vazio
Sem a sua amada
De olhar fulgente
E o corpo quente
Sabendo somente
Na verdade nada
Passa um segundo
Contemplando o mundo
E naquela hora
A dor o devora.
Passa mais um dia
Sem a companhia
Numa sinfonia
Muda e vazia.