Biografia de Federico García Lorca

Federico García Lorca

Federico García Lorca nasceu em Fuentes Vaqueros, em Granada, Espanha, no dia 5 de junho de 1898. Matriculou-se nas Faculdades de Direito e de Filosofia e Letras, mas seu interesse era a literatura e a música. Em 1918, publicou seu primeiro livro “Impressões e Paisagens”, que obteve boa receptividade por parte da crítica.

Em 1919, mudou-se para Madri, onde morou na Residência dos Estudantes. Conheceu vários artistas e teve seu talento reconhecido. No dia 22 de março de 1920, estreou no teatro com a peça “O Malefício da Mariposa”. Em 1921, publicou “Livro de Poemas”. Em 1923 terminou o curso de Direito, mas nunca exerceu a profissão.

Em 25 de junho de 1929 viajou para Nova York, onde viveu nove meses. Nessa época escreveu poemas que só foram publicados após sua morte. De volta à Espanha, em 1931, criou e dirigiu a companhia teatral “La Barca”, que percorreu diversas aldeias do país. Escreveu “Bodas de Sangue” (1933), uma história de ciúme e morte entre camponeses de Andaluzia. A peça “A Casa de Bernardo e Alba” (1936), foi encenada em diversos países.

Em 1934, já era considerado um dos mais famosos poetas e dramaturgos espanhóis. Em 1936, no auge de sua produção literária, foi executado por militares franquistas, no início da Guerra Civil Espanhola. O poeta faleceu em Granada, no dia 19 de agosto de 1936.

Acervo: 22 frases e pensamentos de Federico García Lorca.

Frases e Pensamentos de Federico García Lorca

Todas as coisas têm o seu mistério, e a poesia é o mistério de todas as coisas.

Olha à direita e à esquerda do tempo, e que o teu coração aprenda a estar tranquilo.

Federico García Lorca
Dona Rosita, A Solteira

Como não me preocupei de nascer, não me preocuparei de morrer.

Se as minhas mãos pudessem desfolhar

Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.

Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.

Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!

Federico García Lorca
Obra Poética Completa

a noite esporeia
suas negras ancas
cravando-se estrelas