Tag ivete

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Pra que falar?
Se você não quer me ouvir
Fugir agora não resolve nada
Mas não vou chorar
Se você quiser partir
Às vezes a distância ajuda
E essa tempestade um dia vai acabar

Só quero te lembrar
De quando a gente andava nas estrelas
Das horas lindas que passamos juntos
A gente só queria amar e amar
E hoje eu tenho certeza
A nossa história não termina agora
Pois essa tempestade um dia vai acabar

Quando a chuva passar
Quando o tempo abrir
Abra a janela e veja: eu sou o sol
Eu sou céu e mar
Eu sou seu e fim
E o meu amor é imensidão

Quem é essa aí, papai?
Tá cheia de assunto, hein?

Mantenha sempre seu estômago forrado de lama, sempre há de surgir sapos e sapos para você engolir.

Eu vim pro mundo a passeio, eu vim me divertir aqui!

Inserida por usuario499048

No compasso dessa vida que não para nunca.

Inserida por usuario499048

Fructus et Ventris

Nos dias que orbitavam a Primavera
Vi uma fotografia; talvez um vídeo na Televisão...
E em um misto de realidade e fantasia
Da ribalta que é a vida em si
Surgiu um ventre sagrado e fértil
Saliente e lindo.

Duas vidas em muitas, agora respiram
O amniótico, o quente e a proteção
Epílogo de uma fase
Gênesis, novo testamento, em três corações

As luzes que agora veste
São as síntese das sínteses
De luzes, não das ribaltas
E sim de zilhões de sóis
Luzes celestiais.

Me aproprio de Bilac:
"Ora direis, ouvir estrelas?
Certo perdeste o senso..."
E, num ato intransigente e até de "heresia"
Penso
Que ouço uma estrela que carrega em seu ventre duas estrelas – encanto
Em cantos!

Assim, como numa oração
Rogo às luzes e a exaltação
Que os brados que virão
Sejam fortes e viçosos como o Juazeiro

Que sejam impávidos colossos
Com a mais plena ternura da mais terna rosa
Versos – vãos ou não
Advindos de um coração inquieto e em total ebulição da emoção plena

Deseja que as duas luzes, não pequenas
Sementes do Juá, cores da imensidão
Floresçam vigorosamente qual a árvore encantada do sertão ou do ser tão do mundo
Que por ora é o cais, o porto e a proteção.

Vindas do bem,
Bem vindas à luz maior
Que o juá cresça ainda mais
E que neste enviesado mundo
As vidas sejam as mães, os pais
A paz.


À Ivete Sangalo, mãe Marcelo, mãe Brasil, Mãe terra, fogo, água e ares.
Com todo amor,

Luciano Calazans, Salvador, Bahia, 01/10/2017

Inserida por Maestroazul

⁠Cinema mudo


Ficarás emudecido e, se não falas,

terei que interpretar o silêncio,

investigando os trejeitos e o olhar.

Aguardarei, sui generis.

Ficarás quieto, desejando-me,

como o ramalhete de Astromélias

à espera da seda e do laço


Seguirás desejando-me,

como o mar à espera de torrentes flumes

e o solo à espera da mãe-d’água.


Seguirás desejando-me, como sementes

à espera da embriaguez dos céus,

como o campônio à espera da boa safra,

como um pobre garoto à espera da noite de Natal.



E nada mais importará.

Seremos ausência, o mortório que faz apagar,

momentaneamente, as tempestades

das evitáveis tragédias humanas:

o vírus, a fome, toda essa cólera, esse dia.



Não houvesse tantos medos,

resignadamente esperaria.



O breu taciturno findaria e a aurora carminada,

certamente, imperaria, e a sua voz terna,

finalmente, verteria como enxurrada

por todo o meu corpo,

mas não tenho tempo, o radicalismo,

o caos e o ódio imperam.

Inserida por Ivete-Nenflidio