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AMARELO

"Em mim haverá paixão até que a última flor de ipê caia e enfeite o chão..."

Ela tem alma de Ipê Amarelo

Há sempre um pôr-do-sol,
uma noite enluarada,
uma rosa desabrochando,
um ipê ou uma paineira florida,
um pássaro cantando,
um arco-íris no céu,
esperando para ser visto.
Desligue-se dos problemas
e tente vê-los. Se não houver
nenhum deles por perto, feche
os olhos, tente ver e sorria.

De um ipê amarelo,
sempre brotam sóis,
Mesmo com chuvas.

⁠Saí de rolê
Tava meio xoxo
Que belê, um ipê roxo!

Ipê florido -
a rã tem companhia
de pétalas amarelas

SONETO DO IPÊ

O cerrado se prepara para a primavera
No chão cascalhado, a florada anuncia
Os ipês amarelos ornando de luz o dia
E o horizonte se vestindo de quimera

Sai o inverno, setembro, vem a ventania
E mal surgia, e caem sem assim quisera
Em implacável jornada, acatando a era
Atapetando o chão de matizada magia

E neste, veste e despe, a beleza gera
Espanto da sina acirrada em tirania
Do ipê ser algoz na sua pouco espera

No processo que penaliza a flor fugidia
Em ser uma desgarrada na atmosfera
Faz-se o prosseguir a vida em romaria

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho de 2016
Cerrado goiano

⁠Dentro de mim tem um Ipê
Amarelo vivo
Eternamente Florido!

Ipê rosa

Teus lábios tocam, suave,
a minha tez cansada,
na floração de um ipê.
E ao gosto desse beijo,
nesse sopro augusto ainda frio,
me olvido um instante o caos latente.
Sou agora as pétalas róseas caídas ao chão.
Tu, amado, indistinguível entre o azul do céu,
os ramos floridos
e a admiração gratuita que me toma de assalto,
transforma-te em mim, olhando o estupor da visão do ipê.
N'aquele instante,
breve e belo,
tu és meu.

MAJESTOSO IPÊ ROXO.
Márcio Souza.
Este lindo ipê roxo,
Que há anos vi nascer,
Hoje, em pleno mês de agosto,
Veio de novo a florescer.

Em plena seca escaldante,
Todo cheio de esplendor,
Não há quem não se encante,
Com a beleza de tuas flores

Obra prima da Natureza,
Com pétalas roxas aveludas,
Dando-nos a todos a certeza,
Pelas mãos de Deus foram pintadas.

Uns dizem que ser a cor do amor,
Outros que representa a paixão,
Pois tuas fortes e vivas flores,
Têm as cores do coração.

E ao olhar tua florada,
Cada vez mais eu me encanto,
Penso logo em minha amada,
A quem adoro e amo tanto.

Com tuas flores indo embora, derramadas pelo chão,
Sentirei doces saudades por não ver as tuas cores,
Mas as guardarei com certeza, dentro do meu coração,
Porque tu, meu Ipê Roxo, me despertaste o AMOR!
Márcio Souza.
Foto de Márcio Souza.

Inserida por marsouza42

Ainda não sei
qual a cor do meu ipê.
Mas não importa...



Haicai

Inserida por alehgria

IPÊ AMARELO (soneto)

No teu fugaz aflorar. És partitura
Duma melodia cálida fulgurante
De etérea figura num semblante
No ápice duma passagem pura

Se ergue na paisagem, vibrante
Em efígie no cerrado, escultura
Tão cróceo de aparata candura
Num teor pomposo e insinuante

Ave ipê! Natureza na sua mesura
Aos olhos se faz guapo arruante
Ao poeta estro em embocadura

E neste Éden de aptidão gigante
Ao belo, a quimera se aventura
Numa viagem de visão alucinante

Luciano Spagnol
Agosto de 2016

Inserida por LucianoSpagnol

Meu ipê

Em êxtase de cores prenunciam os ipês a primavera.
Caem folhas,
eclodem as flores
e a cidade se pinta em mil tons.
Meu coração é um pé de ipê.
Ele flori ao primeiro vestígio primaveril,
flores de amor, de amor novo,
daqueles sentidos sem consumação.
Um ipê florescido degela a frieza de qualquer rigoroso inverno.
E meu coração-ipê não cabe em mim,
ele avistou a incidência de um sol que me abraça
no célere equinócio do teu dia,
átimo exato da minha noite.

Inserida por warleywaf

Balanço sem criança
Rede sem preguiça
Bandeirolas de roupas
Ferrugem na decomposição
Tapete verde em desuso
Camada de girassóis ao chão
São ipês amarelos da remissão
Um click que pára o tempo
Pára o espaço
Esboça a forma
A pintura que não borra
A doce magia da criação
Moldura nítida da memória
Em traços finos da emoção

Inserida por MARTAPACHECO

SER ERRADO

restou
de um rebuliço cálido
um vão / inane / cavo
espaço amorfo y vago
espaço vasto / "ecooso"
espaço sideral de novo
nem certo nem errado
légua portátil (de carregar no bolso)

a margem perdeu função
antes deixasse o chão
a água se engoliu
se era verde : partiu!

praxes do meu Cerrado
há seca y
ipês
desabrochados

Inserida por FabricioHundou

"As flores do ipê são mais uma das grandes maravilhas que a natureza nos oferece, para encantar o nosso olhar e tornar o nosso caminho mais alegre e colorido. ( Léo Pedacci)

Inserida por pedacci

apenas um breve

no invernado do cerrado, ipês, flóreo
num gesto leve, pintando o dia

a surpresa do encanto deste arbóreo
redigi no devaneio, sutil poesia

matizado o chão de fugaz fragilidade
onde decanta a vida em romaria

e a natureza recita-se em suavidade
num cântico breve de doce magia

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

IPÊ ROSA (soneto)

Cálice róseo de fugaz formosura
Donde vem teu matizado, o tom
Que o árido cerrado te escultura
No agreste, num veludo crepom

Sois volúpia em flor, tal bravura
Doidas da "sequia", audaz dom
Onde catou a tua cor, ó candura
Belo buquê em poema tão bom

Teus segredos ao olhar rouxinol
Em um canto dum verso e prosa
O teu frescor abrigo no avido sol

Ó almas feitas, casta, tal estriga
Copiosas a esvoaçar ipês, rosa
Na savana goiana toada cantiga

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

IPÊ AMARELO

É fim de agosto, o solo está sedento
Pedindo a volta das águas ausentes
As folhas secas, ao sabor dos ventos,
Descem ao chão forrando a terra quente

Mas chega o tempo dos encantamentos
De exultar-se em cortinas amarelas:
Revela-se o ipê em opulentos
Quadros de flores, fulgurantes telas

Vem colorir então qual áurea tocha
No ápice da sua majestade
Ao desdobrar-se em fúlgida beleza

Embevendo olhares, desabrocha
Dando leveza aos campos e cidades
Pintando de amarelo a natureza!

Oldney Lopes©

Inserida por Oldney

Ciclo
Uma após a outra
num balé de veste e despe
lá se foram as flores dos ipês
que venham as águas
as folhas verdes
e as flores da primavera
em outras árvores
os ipês já cumpriram o seu papel...

⁠Ipê

A vontade da riqueza
E da pureza do amarelo
Se nossa alma fosse um castelo 
Onde se vê as belezas do Ipê. 

Eu já vi do branco, do rosa e do roxo na sede.
Eu lembro do amarelo e do verde.
Um arco íris de cores para ver
E se encantar com a beleza do ipê. 

Vestuário de magia e alegria 
Lugar de boas fotografias 
Para namorar e entre família guardar.
Uma árvore de Ipê para ver da varanda. 

Quem sabe eu possa lá te abraçar 
Nas sombras do Ipê te namorar.
Escrever de amarelo nossa história.
Esse vento balançando nossa memória. 

Quanta riqueza a gente tem para adquirir 
Momentos na fazenda a gente curti
Olhando nossos ipês florindo a tarde que ri
E dentro da alma arde seu amarelo infinito por mim. 

Um broa de fubá na mesa do café.
Um terço do dia bem vivido e rezado.
E o pé de Ipê faz sombra para os namorados.
Como é bonito essa doce lembrança agora registrado. 

Na próxima estação lá estarei a namorar
A baixinha mais bela que meus olhos avistar.
Ela é dona desse ipê que não sabe o porque.
O mundo gira pra ela saber... 

O tempo feito de mistério são muitos amarelo.
Ele muitas vezes ainda vai forte florescer.
E a gente ali vivo para tudo ver e sem saber.
Sonhos se realizando debaixo das flores do ipê.

Inserida por Itaoe



Aleluia!
O ipê-branco não é branco
É róseo-alba, tabebuia

Inserida por Jfasina

⁠O lilás do ipê
Colorindo o cinza céu -
Folhas pelo chão

Inserida por DanyBorges

⁠Quando a saudade tem forma, quando a saudade tem cor, quando a saudade tem flor, a saudade é um ipê...

⁠O ipê florado no cerrado
Orvalhado, é um aparato
Um alvorecer encantado...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Abril - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol