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O historiador e o poeta não se distinguem um do outro pelo fato de o primeiro escrever em prosa e o segundo em verso. Diferem entre si, porque um escreveu o que aconteceu e o outro o que poderia ter acontecido.
Não existe neutralidade em história. Neutro, para historiador, é só sabão de coco. Toda opinião é política.
A História é uma maneira de revermos o PASSADO, suas influências e consequências no PRESENTE, com vistas a criação de um FUTURO melhor.
O historiador só percebe que está escrevendo história quando ele toma consciência do fazer história. Se um dia Kant disse que é impossível apreender toda a realidade mas apenas o fenômeno, ou seja, aquilo que aparenta aos nossos sentidos. Assim, o historiador ao falar de algo terá que lançar sua subjetividade quer seja num documento histórico, quer seja no bairro de sua casa, quer seja sobre sua história. Sendo assim sempre faltará algo nessa colcha de retalhos produzida pelo historiador.
Qual a diferença entre historiador e professor de história? Sinceramente, não deveria haver tendo em vista que os dois foram formados para a pesquise, ensino e extensão. O professor de história em sala de aula tem toda autonomia para continuar seu trabalho na pesquisa e extensão. Não é só porque ele esta com um livro didático que este lhe tira o ser historiador. Muito pelo contrário, historiador e professor de história estão juntos, por estarem munidos do saber histórico adquirido na academia de ensino superior.
A história não é feita apenas pelo historiador. Esse é o grande erro, pois na verdade é o historiador que é feito pela história. Quanto mais ele se atualiza e fortalece seu currículo, a instituição o denomina de historiador.
O historiador deve reescrever a História não para que as coisas mudas da natureza falem, mas sim para dar voz às pessoas que foram derrotadas ao longo da jornada humana.
A história é permeada de fatos e acontecimentos, contudo o interessante está não apenas nesses dois acontecimentos mas no olhar daquele que escreve a história. Interessante é percebemos que a cada tempo os sujeitos históricos moldam a história.
O historiador é um homem que põe os factos nos seus devidos lugares. Não é como foi; é assim mesmo.
O historiador que ainda não surgiu.
Sim, este que ainda não descobriu o Brasil.
Pedro Alves Cabral.
Ficou com a moral.
E o índio, onde está o pergaminho.
Tribos e tribos.
Idiomas tantos.
Artes, cultura.
Onde estão os velhos livros.
O que esconde a história.
O registro da memória.
Milenar geração.
A pergunta que não quer calar.
Historiador, onde tá tu, pode nos revelar.
Quem é o indio?
Talvez o negro, desde o Egito, sabe contar.
O que esconde.
Raça pura.
Grande mistura.
Irmãos tão diferentes.
Ramos de toda gente.
Sete, Noé, uma só gente.
Se a terra escrevesse um diário.
Nos contasse cada passo.
De onde veio cada genuíno traço.
Triste saber, que da Terra, pela Terra, sangra o campo.
Tempos e tempos.
Bombas, espadas, sinais nos ventos.
Pranto e vingança.
Herança.
Tronco, chicote, prostituição, perseguição.
Escravos e senhores da nova geração.
Historiador, venha revelar.
A saga do tempo.
Irmãos.
Civilizações.
Tormentos.
Nem mesmos os reis israelitas.
Os imperadores romanos.
Não foram, até hoje capaz de sanar.
A dor do semelhante.
A cada variante.
Artificialmente o homem lobo do homem insite em tragar, violar, massacrar.
Pronto, mais uma vez historiador, a semente moderna, de onde parte a raiz que nasce o ódio, de que familia é esta planta, onde está, estão localizados, quem manobra a palavra santa.
Giovane Silva Santos
Historiadores são que nem maridos traídos: são os últimos a saber e ainda por cima uma história mal contada.
A função de um historiador é algo belo, mas não é sobre alimentar o ego, mas se satisfazer por fazer o trabalho bem feito, que promove justiça e reparação.
A parte mais importante do trabalho do historiador é com documentos – o historiador vai atrás de documentos e a maior parte desses documentos são vozes anônimas.
Os historiadores exercem um grande poder e alguns deles sabem disso. Os historiadores recriam o passado, alterando-o para se adequar às suas próprias interpretações. Dessa forma, também mudam o futuro.