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Os homens são como os rios
Um dos preceitos mais enraizados e mais geralmente admitidos é o de acreditar que os homens possuem em si qualidades imutáveis: há homens bons ou maus, inteligentes ou estúpidos, enérgicos ou apáticos, e por aí adiante. Ora, os homens não são assim. Podemos, apenas dizer que um homem é mais vezes bom que mau, mais vezes inteligente que estúpido, mais vezes enérgico que apático, ou o contrário; mas classificar um homem, como sempre fazemos, de bom ou inteligente e um outro de mau ou estúpido é um erro. Também os rios, todos de água, são umas vezes mais estreitos, outros rápidos, outros largos ou calmos, transparentes ou frios, caudalosos ou tépidos. Ora, os homens são como os rios. Cada um traz consigo a semente de todas as qualidades humanas, de que revela, em certos passos, umas características, noutros, outras, chegando mesmo, em certas ocasiões, a mostrar-se sob uma forma completamente oposta à sua natureza íntima, que, não obstante, mantém.
(in Ressurreição)
A vida é cousa tão séria, os seus problemas são tão graves, que a ninguém assiste o direito de rir. Quem ri é estúpido — de momento, pelo menos. A alegria é a forma comunicativa da estupidez.
(Aforismos e afins)
Sabedoria Social
O sensato quando não tem argumentos capazes de se contrapor, ou se convence ou se cala, o insensato, por sua vez, ataca o argumentador.
A pior ofensa ao tolo, ao hipócrita ou ao estúpido é a indiferença, o silencio e o desprezo, porque quem não tem conteúdo se ofende quando alguém o confronta, quando ignorado, tem breve sensação de domínio até perceber o desprezo!
By Nyckos - Valdenor Nicos Pereira, adaptado de Paul Valéry y e Augusto Branco
Deus ensina todos os dias a alegria de viver na Luz, mas alguns continuam morrendo nas sombras da obtusidade.
Prometeu:
“Se me calo, não é por orgulho, ou desprezo; mas o furor devora minha alma quando me vejo preso a esta rocha. No entanto, a quem mais, senão a mim, devem os novos deuses as honras que desfrutam? Não falemos mais nisso; seria repetir o que já sabeis. Ouvi, somente, quais eram os males humanos, e como de estúpidos que eram, eu os tornei inventivos e engenhosos. Eu vo-lo direi, não para me queixar deles, mas para vos expor todos os meus benefícios. Antes de mim, eles viam, mas viam mal; e ouviam, mas não compreendiam. Tais como os fantasmas que vemos em sonhos, viviam eles, séculos a fio, confundindo tudo. Nã sabendo utilizar tijolos, nem madeira, habitavam como as próvidas formigas, cavernas escuras cavadas na terra. Não distinguiam a estação invernosa da época das flores, das frutas e da ceifa. Sem raciocinar, agiam ao acaso, até o momento em que eu lhes chamei a atenção para o nascimento e ocaso dos astros. Inventei para eles a mais bela ciência, a dos números; formei o sistema do alfabeto, e fixei a memória, a mãe das ciências, a alma da vida. Fui eu o primeiro que prendi os animais sob o jugo, a fim de que, submissos à vontade dos homens, lhes servissem nos trabalhos pesados. Por mim foram os cavalos habituados ao freio, e moveram os carros para as pompas do luxo opulento. Ninguém mais, senão eu, inventou esses navios que singram os mares, veículos alados dos marinheiros. Pobre de mim! Depois de tantas invenções, em benefício dos mortais, não posso descobrir um só meio para por fim aos males que me torturam".
(Prometeu Acorrentado)
A diferença ente os humanos e os animais, é que os últimos nunca permitem que um estúpido lidere a manada.
Tudo o que precisava para sonhar acordado, era ouvir sua canção. Quando me imaginava bailando com ela, um sorriso estúpido era estampado na sua boca. Eu me sentia como o homem mais feliz do mundo porque ao menos a tinha ali em meus sonhos.
Não se deve perder tempo com o estúpido:
Ensinar o imbecil é como emendar cacos, ou acordar alguém que dorme sono profundo. / Falar ao imbecil é como falar a quem está dormindo; no fim ele pergunta: «O que é que foi mesmo?» / Chore pelo morto, porque ele perdeu a luz; chore pelo imbecil, porque ele perdeu o bom-senso. / É menos triste chorar pelo morto que agora descansa, porque a vida do imbecil é pior que a morte. / O luto pelo morto dura sete dias, mas para o imbecil e para o injusto dura a vida inteira. / Não gaste palavras com o insensato, e evite andar com o estúpido. / Fique longe dele, para não se aborrecer e não se sujar lidando com ele. Afaste-se dele e ficará tranqüilo, e a insensatez dele não irritará você. / O que é mais pesado que o chumbo? Qual é o seu nome, senão «insensato»? / Areia, sal e barra de ferro são mais fáceis de carregar do que um insensato.
Eclo 22, 7-14
A pior prisão é a estupidez que arremessa a mente na escuridão impedindo-a de enxergar a luz da razão.
Podemos parecer eruditos quando a referência está do lado de fora, mas somos tão estúpidos quando mudamos de posição.
Amor e Justiça
Por que superestimamos o amor em detrimento da justiça e dizemos dele as coisas mais belas, como se fosse algo muito superior a ela? Não será ele visivelmente mais estúpido? – Sem dúvida, mas justamente por isso mais agradável para todos. O amor é estúpido e possui uma abundante cornucópia; dela retira e distribui seus dons a cada pessoa, ainda que ela não os mereça, nem sequer os agradeça. Ele é imparcial como a chuva, que, segundo a Bíblia e a experiência, molha até os ossos não apenas o injusto, mas ocasionalmente também o justo.
Assim como "em terra de cego caolho é rei", em terra de insensatos a estupidez é uma atitude de nobres.
Generalizar continua sendo o caminho mais rápido pra uma resposta, e também o mais estúpido e irracional.
Lidar com cliente estúpido é fácil, você só precisa entender que às vezes você está errado e às vezes ele está certo.
"A estupidez é caleidoscópica: varia de acordo com o ângulo."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)