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Por isso, quando você der esmola, não mande tocar trombeta na frente, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Eu garanto a vocês: eles já receberam a recompensa. / Ao contrário, quando você der esmola, que a sua esquerda não saiba o que a sua direita faz, / para que a sua esmola fique escondida; e seu Pai, que vê o escondido, recompensará você.
(Mateus 6, 2-4)

O amor não foi feito para ser mendigado o nome disso é esmola.

O problema da esmola é a humilhação.

Hipócrates disse: Seja o alimento o teu próprio remédio;
Hipócritas dizem: Seja a esmola, por remendo, o teu único remédio.

Inserida por flgomes

"No Brasil de então
Nada mais é imoral
Tudo se tornou banal
Para o alienado cidadão
Que acha ser normal
Viver de esmola, violência e corrupção."

Celso de Freitas-24/03/2013

Inserida por CCF

A esmola é um gesto de partilha, e deve ser o sinal da compaixão que busca a justiça, relativizando o egoísmo da posse. Dar esmola para ser elogiado é servir a si mesmo e, portanto, falsificá-la.

(nota de rodapé)

Inserida por pensandogrande

Jesus não é o criador da esmola. A ideia de esmola já fazia parte do judaísmo. Há várias referências a esmola no livro dos Provérbios e Eclesiástico. Jesus pregou isto sim um desapego aos bens materiais. Ao jovem rico que o procurou para se orientar deu o seguinte conselho: vai vende tudo o que tem e dê aos pobres, depois venha e me siga. Jesus é categórico no que diz respeito a pobreza: "Os pobres SEMPRE os tereis convosco, e quando vocês quiserem poderão fazer bem a eles. Quanto a mim nem sempre me tereis". Essas palavras foram ditas a Judas que hipocritamente lastimava que uma mulher tivesse desperdiçado um vidro de perfume, derramando-o na cabeça de Jesus. Dizia Judas como muitos que não fazem nada pelos pobres: “Esse perfume poderia ser vendido e o dinheiro dado aos pobres...” Judas, além de traidor era ladrão como escreveu o evangelista João em seu evangelho. Tomava conta das economias dos apóstolos e os roubava. Como Judas, há muita gente preocupada com os pobres, mas não fazem nada por eles. Políticos principalmente. É mais fácil socorrer o coletivo que o particular. O coletivo tem a admiração do povo, do eleitor e dá voto. Pobreza e riqueza são efeitos. Cada um que trate de encontrar o porque de sua pobreza e procurar sair dela. Com bolsa família e acomodação não vai sair jamais. O problema do desnível social só vai ser solucionado quando todos tiverem o mesmo grau de inteligência e criatividade. E isso governo algum poderá dar a ninguém.
(comentário a uma postagem no face)

Inserida por FrancisIacona

Ainda na Praça do Russel encontro com 'Biafra' 7h25. Pode ser visto bem cedo com uma espécie de lata de tinta - um pouco mais profunda - onde guarda suas coisas conectada a um pneu de bicicleta, que serve como uma alça para carregar sua bolsa no ombro.No meio da tampa, vejo colado uma foto do cantor Biafra. Tudo toscamente feito. Ou nem feito. Biafra aprendeu a não descartar as coisas tão rápido. Por isso, seu latão, ou melhor, sua bolsa, é composta também por uma série de pregos martelados ao redor da tampa, dando a forma da desgraça. Nos espaços entre os pregos, observo formigas num entra e sai como se o latão fosse um apartamento de formigas. Ele diz: "Ah se elas comerem toda a minha maça. Tive que usar os pregos como solda, e meu baú deixou de ser impermeável", justifica. Pergunto se ele pode abrir seu armário para eu observar melhor. "Minha vida é um livro aberto, pegue você mesmo". Abro o latão e uma camisa do Botafogo, número 7. Em seguida, formigas. Logo depois, a maça, um pente, uma faca pequena e uma carteira do exército com sua foto, 19 anos, servindo no Forte de Copacabana. Apenas isso. Pergunto sobre a blusa do Botafogo enquanto guardo tudo novamente no latão e ele responde: "Não gosto de futebol. Achei essa camisa jogada no aterro e peguei". Pergunto sobre o pente: "Tem uma moça que gosta de mim, e como não sei quando ela aparecerá novamente é bom estar sempre com ele aí." Não pergunto sobre a maçã, pois, por precaução, já me antecipo: "você não tem cara de assaltante Biafra, ou, se tem, agora não tem mais porque sou eu, então a maçã é pra comer e a faca pra cortá-la. Ele nada responde. Pergunto sobre a foto do Exército no Forte de Copacabana e ele diz que é apenas uma foto. "Isso aí é melhor não lembrar". Pergunto se ele deseja que eu coloque novamente as formigas no latão e tento quebrar uma potencial lembrança ruim. Ele reponde então que poderia fazer um latão pra mim, pois teria me achado "um cara legal" e "diferente". Digo que meu negócio é mulher e ele cai na risada. Mas, depois da brincadeira, observo a mega elefantíase ou algo que não seja menos do que isso em uma das suas pernas. "Pô, Biafra, e eu que sou diferente? O que você arrumou aí na perna, cara, já foi num hospital?" Ele reponde: "Fui no Rocha Maia, UPA, num monte de lugar e todo mundo olha e diz que tenho que ir a outro lugar. Desisti faz tempo, Ninguém encosta." Digo apenas "entendi" e sigo meu caminho. Fato é que nunca mais conseguirei escutar as palavras lata, latão, tinta ou latas de tinta, e não lembrar do Biafra. Quis tocar no assunto "Deus", mas só deu tempo de escutá-lo dizer que é algo difícil de acreditar. E completou: "Não pra você rapaz, e sim pra mim". Possivelmente não terá nem um enterro em cova rasa pago pela municipalidade, pois a mesma não quis nem tratar a sua perna. Uma coisa, porém, é certa: irá para o mesmo lugar onde vão os reis de verdade.

Inserida por AlessandroLoBianco

Sua vida vai passando despercebida pelas ruas do Catete. Diferente de nós, ninguém reza por ele, ninguém chora por ele, nem velas serão acesas para ele... Contudo, graças ao passaporte da bem-aventurança, irá logo logo para o céu, igual a todos nós!

Inserida por AlessandroLoBianco

Ainda sobre o Catete, comecei a ver um "cara de rua" direto... Vive nas imediações do Museu do Catete. Negro, boa complexão física, aparentando uns 50 anos. Usa, habitualmente, roupas rasgadas deixando à mostra, por desgraça, vamos reforçar, o que os nudistas exibem por prazer. Seu corpo é infestado de parasitas e por isso vive se coçando. Tem aquelas tromboses com lepra nos tornozelos e grita poemas a seu modo, ali em frente a lanchonete Big-Bi; xinga as crianças que saem do palácio e o provocam, ou pára em frente ao palácio e perde a compostura xingando o governo pelo que ele acusa de "roubalheira nas eleições". Dorme na calçada, ou, quando chove, se vê obrigado a dormir sob as coberturas da Rua do Catete, da Rua Pedro Américo, ou adjacentes... Não dá pra deixar de reparar que ele é extremamente admirador do palácio... Por vezes pára, e fica com uma cara de pão doce, imóvel, olhando o imóvel. Vive por isso fazendo versos em homenagem ao palácio. Versos gozadíssimos, cujas rimas param algumas pessoas mais perceptivas... O seu nome, ou apelido, não consegui descobrir ainda. Sempre que tento, quando ele está mais calmo, recitando os versos em frente ao palácio, é sábado ou domingo, quando as crianças ficam provocando o pobre homem, que, ao perceber a gozação, inicia uma série decorada de palavrões impossibilitando-me de qualquer contato. Ainda lembro de alguns versos: "Tcham, tcham, tcham, ninguém faz nada por mim, tchan tchan tchan também quero casas". São uns versos meios bizarros mesmo, no estado bruto. Esse "tcham", é pra entender que ele canta seus versos. A melodia, se bem me lembro, é quase igual ou semelhante em todos os versos, sobre tudo, sem estribilho. Ele bebe, vive de esmolas, e quando as recebe agradece com bons modos, os restos de comida de quem sai da lanchonete e mitiga sua fome. Mas, desde que não discordem do que ele diz durante a aproximação. Se alguém der uma esmola, e ainda der um conselho, é certo a descompustura e, de acordo com o grau do conselho ( "o senhor tem que parar de beber", "cadê a sua família, procure sua família", "procure um trabalho") ele chega, por vezes, a atirar no doador da esmola a própria esmola recebida. Até agora apurei que, assim como eu, ele também tem seus momentos de introversão. Reparei que é sempre quando está chovendo. Nessas ocasiões, quando passo por ele, está sentando na calçada com uma parada tipo um pregador de varal, daqueles antiguinhos de madeira, e com ele inicia um rápido movimento entre os dedos, fazendo com que o pregador deslize ao longo do polegar até o indicador. Assim está sempre quando chove. Parece que fica curtindo sua desgraça, ruminando o passado possivelmente melhor do que o presente, e certamente bem melhor do que o futuro sem esperanças. Sem esperanças porque não podemos ser hipócritas; um ser humano alheio a tudo e a todos. Sua figura marcante de miserável de rua se apresenta bem nítida e ninguém liga. Sua vida vai passando despercebida pelas ruas do Catete. Diferente de nós, ninguém reza por ele, ninguém chora por ele, nem velas serão acesas para ele... Contudo, graças ao passaporte da bem-aventurança, irá logo logo para o céu, igual a todos nós!! Feliz Carnaval.

Inserida por AlessandroLoBianco

Pensão.

Ex.
Mola?
Esmola?

Inserida por FrancismarPLeal

Nesse Natal

Nesse Natal não quero brinquedo
Não quero bicicleta
Nem bola, nem esmola na sinaleira
Sou moleque brasileiro
Não conheço geladeira
Validade, já nem sei mais minha idade

Pra que bolo se não tenho
Com quem dividir
Se não tenho o que vestir
Para esquentar minha alma?
Nesse Natal não quero foguete
Não quero champanhe
Nem um amigo secreto
Nem foto
Para guardar de lembrança

Sou solitário, não tenho o par de tênis completo
Mas pareço um pé de pato bam, bam
No gasômetro, no parque
Pinto e bordo ligeiro...
Arrepio suspiro?
Para esquentar minha alma...

Nesse Natal não quero morrer
Quero um abrigo
Não quero chocolates
Mas uma palavra de carinho
Nem um inimigo
Porque somos filhos de Deus
E não estamos sozinhos

Nesse Natal quero
Um pai que se vista de Noel
E seja real, não desleal.

Inserida por NelsonMartinsPoeta

A esmola é ofertada por pena e, às vezes, por ostentação; a caridade é praticada por amor. Uma apela à razão, a outra, ao coração.

Inserida por Aldamora

Humildade não é aconselhar com suas crenças limitantes; não é dar "esmola de compaixão". Humildade é falar ao outro de igual pra igual, e não de cima pra baixo.

Inserida por LexKwy

“Vendo em torno de mim mãos que davam esmolas”.

Inserida por Filigranas

Se vir eu dando esmola,estou querendo aparecer. Ou expor o pedinte indigno por si só.Não há necessidade que não seja prevista.

Inserida por Kllawdessy

Quando a esmola é muita o pobre desconfia, mas só se não for época de eleição.

Inserida por josecoutinho

A esmola tende a se tornar um mecanismo ponderável de distribuição da renda nos países do terceiro mundo.

Inserida por josecoutinho

Não existe Glória...
Pra quem vive de esmola
e escora.

Inserida por Paulamonteiro

“Em tempo de eleições, se a esmola for muita, faça como o santo, desconfie, ou melhor, não vote no benfeitor”

Inserida por RutraLarama

Um País em que parte do eleitorado vota na esperança de obter uma bolsa esmola, por si só, já mostra seu desenvolvimento social.

Inserida por Bargado

Enquanto houver esmolas, o mendigo sempre vo(l)tará.

Inserida por frodo_oliveira

Meritocracia nada mais é do que fazer por merecer, saber aproveitar as oportunidades, lutar por aquilo que deseja na vida e sobretudo não viver de esmolas do Estado.

Inserida por guimaraesjunior

Às vezes a caridade é apenas um instrumento ilusório de remissão.Um escambo.Cessam as serventias, perdem-se os valores! No "Crime do Professor de Matemática" Clarice Lispector resume com perfeição:
"Como alguém dá uma esmola para enfim poder comer o bolo por causa do qual o outro não comeu o pão."

Inserida por jahernandez

Sem esmolas e sem cartolas.
Agora somente excelentes escolas.

Inserida por iaraschmegel